• Capítulo 53

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Esteban: ok, não tem problema falar sobre ele, desde que não seja em excesso- ele diz e assinto respirando fundo.
Kah: o Ruggero me ensinou a lutar um pouco, mas ele não queria que eu me envolvesse em nada sobre a gangue, então sempre me ensinou pouco, mas o necessário.
Esteban: que bobagem!- ele ri- Gostaria de fazer parte de gangue?
Kah: teve um dia que cheguei a pensar sobre isso, só que Ruggero não quis que eu entrasse- falo me lembrando do dia quando acabamos de lutar e lhe perguntei se podia entrar na gangue e ele negou. Sei que nunca me quis na gangue dele para me proteger, mas acho melhor parar de pensar sobre isso!
Esteban: e gostaria de entrar agora? Nossa gangue tem espaço para mais uma.
Kah: por que está sendo tão gentil?- ignorei sua pergunta por outra que estava com curiosidade em saber.
Esteban: porque não vejo motivo de ser grosso com você.
Kah: então por que era antes?
Esteban: porque não te conhecia.
Kah: e agora me conhece?- franzo o cenho e ele me olha- Desculpa! Acho que exagerei nas perguntas.
Esteban: não, tudo bem. E respondendo sua pergunta eu te conheço, mas não tanto como você mesma, óbvio. Agora me responde, gostaria ou não de entrar na gangue?- o que ele quis dizer sobre me conhecer? Com certeza minha mãe deve ter falado várias coisas para ele. Penso em sua pergunta e não sei se deveria aceitar. Esteban é rival do Ruggero e aí sim irei estar o traindo. Apesar que provavelmente ele não me considere nem um pouco fico mal em fazer esse tipo de coisa. Fora que os meninos ficariam mais chateados ainda- Ok, estou vendo que está com muitas dúvidas, então pode pensar. Não irei te pressionar!- ele afirma e eu assinto. Melhor assim, preciso pensar.

Dia seguinte·🌞

Kah on·
Ontem eu e o Esteban lutamos por um grande período. Ele me ensinou várias técnicas e disse que eu absorvo muito rápido. Conversamos e posso até dizer que ele é legal, mas melhor não me precipitar, porém pelo menos ele não está fazendo nenhum mal a mim. Quero entender o motivo disso, mas preciso deixar quieto por enquanto. Ontem também vi várias lutas de seus capangas e hoje mais cedo ele passou no quarto que estou e disse que se eu quisesse lutar com ele novamente eu poderia, então aqui estou eu mudando de roupa que ele conseguiu para mim. Ele disse que amanhã eu poderei sair para fazer algumas compras e fiquei feliz com isso. Assim que terminei de me arrumar sai do quarto e fui até a sala de luta, mas parei em frente a porta assim que ouvi uma conversa entre Esteban e Candelária.

Cande: Esteban, eu ainda não acredito! Como assim você propôs que ela entrasse na gangue?
Esteban: cala a boca! Como eu já disse uma vez, você não tem nada a ver com as minhas decisões!- ele afirma impaciente.
Cande: eu não posso aceitar isso!- ela está muito irritada.
Esteban: não estou pedindo para aceitar nada! Candelária, para de chilique que já está ficando feio!
Cande: por que quer tanto ela na gangue?
Esteban: porque percebi que ela tem potencial e absorve as coisas muito rápido.
Cande: e você já contou para seus capangas dessa novidade?
Esteban: não, porém tenho certeza que eles não irão se importar. Eles gostaram da Karol ontem.- ele diz e ela grita de raiva- Fora que eu sou o chefe, então quem manda aqui sou eu! Se não está feliz é só ir embora, mas lembre-se que se for vai pagar muito caro assim como o Ruggero está pagando e ainda irá pagar.- ele diz e eu franzo o cenho. Ruggero me contou uma vez que era da gangue do Esteban, mas que depois de alguns anos resolveu sair. Ele disse que teve que criar sua própria gangue, pois Esteban o persegue muito. Parece que na gangue de Esteban tem que fazer um pacto de que se entrou não pode mais sair e Ruggero saiu, mas acho que isso tem em outras gangues também, então talvez seja disso que esteja falando com Candelária. Nem deu tempo da Candelária retrucar, pois Esteban me viu- Oh... Karol, está aí há muito tempo?- ele pergunta e entro dentro da sala.
Kah: ah... Não, cheguei agora- falo com um sorriso forçado e Candelária me olha com raiva.
Esteban: ok, está pronta para hoje?- assinto.
Cande: o quê? Ela vai lutar de novo?- ela revira os olhos.
Esteban: sim, mas não precisa ficar com ciúmes Candelária. Daqui a pouco luto com você- ele a provoca e eu franzo o cenho. Ciúmes de mim? E ainda mais com o Esteban? Essa garota é louca!
Cande: não seja idiota! Não estou com ciúmes de você. Só não vou com a cara dessa daí!
Kah: eu tenho nome- retruco e ela semicerra os olhos em minha direção. Desde que a vi na casa do Esteban ou no galpão não levantei a voz para ela em nenhum momento, mas essa garota já está me irritando!
Cande: ok Karolzinha, já que vocês vão lutar eu proponho antes uma lutar entre mim e a Karol- ela diz e eu olho para Esteban que me olha. Confesso que estou com muita raiva dessa mulher, mas ela luta tem tempo. Lógico que eu irei perder!
Esteban: se não quiser não precisa aceitar Karol.
Cande: lógico que ela não vai. É medrosa!- ela provoca e eu a olho irritada.
Kah: eu aceito, mas com uma condição, sem jogo sujo!- afirmo e ela ri sarcástica.
Esteban: ok, vão para o ringue e coloquem essas luvas.- ele pega as luvas dentro do armário e nos entrega. Preciso mentalizar em tudo que já aprendi com Ruggero e com as novas técnicas que Esteban me ensinou ontem. Eu posso até apanhar, mas ela também vai! Colocamos nossas luvas, logo após entramos no ringue e Esteban entrou junto com a gente- Estão prontas?- Candelária assente e eu engulo seco nervosa. Esteban me olha e eu assinto- Irei contar até três.- assentimos outra vez- Um... Dois... Três- ele diz por fim, Candelária olha para mim com um sorriso de canto logo após correndo em minha direção e antes que eu pudesse me defender ela me dá um soco no rosto. Porra! Doeu muito! Sinto minhas costas irem em contato com a parte que nos protege de não cair para fora do ringue e quase caio.
Cande: não acredito que será assim tão fácil. Anda, levante! Cadê a Karol valentona que vi aquele dia no banheiro?- ela me provoca e olho para o Esteban, só que dessa vez cheia de raiva. Ele assente com a cabeça como se estivesse me incentivando e olho para Candelária novamente logo após correndo em sua direção e dando-lhe dois socos através das minhas luvas em sua barriga. Ela tenta revidar com um soco na minha cabeça, mas antes que pudesse acertar eu me protejo. Posso ver que ela me olha com raiva dessa vez. Candelária parte para cima de mim e entramos em contato com o chão do ringue. Ela está em cima de mim tentando me acertar com socos. Ela me dá alguns socos na perna enquanto eu dou em sua cabeça, só que Esteban logo nos separa.
Esteban: levantem-se!- ele afirma e Candelária sai de cima de mim com a ajuda de Esteban. Me levanto logo após e ela não espera Esteban dizer mais nada, apenas vem para cima de mim e eu lhe dou um soco bem dado no rosto fazendo ela cambalear para trás. Me aproveito disso e lhe dou socos no rosto e barriga e ela tenta se proteger, então nem todos os meus socos chegam em contato com seu corpo. Ela me dá um soco forte na minha perna e logo após em meu rosto me fazendo cair e gemer de dor. Puta merda! Logo ela fica em cima de mim, mas consigo reverter a situação ficando por cima dela e lhe dando vários socos em seu rosto. Prendo suas pernas com as minhas pernas para que ela não possa me chutar e continuo batendo nela- Ok, por hoje é só!- ele se aproxima, mas não ligo. Continuo batendo em Candelária. Ela me irrita desde o dia que nos conhecemos e estava me provocando ainda por cima. Ela merece tudo isso! Esteban me puxou pelo braço vendo que eu não iria sair de cima de Candelária e ela teve que levantar com sua ajuda com as pernas que pareciam bambas.
Esteban: bom, acho que a Karol já te provou que tem muito potencial Candelária. Terá que aceitar isso!- ele pisca para ela e ela me olha irritada.
Cande: você ainda vai me pagar muito caro garota!- ela afirma irritada antes de sair mancando pelo chão do ringue, logo após sai da sala e olho para Esteban que logo me olha.
Esteban: você foi ótima! Parabéns!
Kah: ótima? Eu estou toda machucada- vejo meu braço direito sangrando um pouco e minhas pernas um pouco machucadas também.
Esteban: não mais do que ela, acredite!- ele ri- Só está com esse arranhão um pouco fundo no braço, também pelo soco que ela te deu no rosto ficou com um roxo na bochecha e também descabelada.- ele ri outra vez e eu o acompanho. Legal saber que ele tem senso de humor pelo o menos- Hoje não precisará treinar comigo mais, mas antes que eu me esqueça, já pensou sobre a proposta que te fiz de entrar na gangue?- ele pergunta me fazendo gelar e penso um pouco sobre a pergunta de Esteban outra vez. Eu sei que iria estar traindo o Ruggero, porém ele já traiu minha confiança várias vezes. Não que seja certo pagar com a mesma moeda porque não é, mas ele nem me considera, então não acho que ligue. Fora que tenho que parar de pensar como ele ficaria. Tenho certeza que nem deve estar preocupado comigo ou algo do tipo. O que mais me deixa aflita é magoar os meninos, mas tenho que aceitar a proposta de Esteban, assim poderei ficar mais perto dele para saber sobre a morte do meu pai- Já vi que não pensou- ele suspira.
Kah: não... Eu pensei sim- respiro fundo.
Esteban: sério?- assinto- Que bom então. Qual foi a sua decisão?
Kah: eu quero entrar para sua gangue Esteban- finalmente digo e ele me olha sorrindo.
Esteban: tem certeza? Não quero que se sinta obrigada!
Kah: eu não estou sendo. Eu aceitei porque eu gosto de lutar e quero aprender cada vez mais novas técnicas.
Esteban: ok. Você mais um vez fez a escolha certa. Estou orgulhoso de você!- ele sorri para mim e sorrio de volta. Quem diria que um dia ele estaria sendo gentil comigo.

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