• Capítulo 58

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Rugge: não, eu não estou brincando com você!- estávamos falando um pouco alto por causa da música.
Kah: sinto muito se não saiba. Isso é meio óbvio!
Rugge: já que não quer me responder isso, me responde outra coisa. Ainda sente algo por mim?- ele pergunta fazendo meu coração se acelerar e toda barreira que criei para ser fria e seca com ele está se quebrando aos poucos. Eu não posso deixar que isso aconteça e me render aos braços dele novamente depois de tudo- Gosta ou não gosta?- ele se aproxima mais de mim e respiro fundo para o responder que não, não sinto mais nada.
Kah: não, esquece isso Ruggero. Esquece se um dia tivemos alguma coisa- falo e ele parece sem reação pelo o que eu disse.
Rugge: você não está falando sério né?
Kah: estou- não consigo olhar para ele de jeito nenhum, não sei porquê.
Rugge: eu não acredito!
Kah: não posso fazer nada se não acredita. Essa é a verdade.
Rugge: então olhe bem no fundo dos meus olhos e diz que não sente mais nada por mim. Fala que quer que eu vá embora e nunca mais apareço na sua vida Karol!- ele afirma e eu o olho exatamente para dizer isso, mas não consigo emitir nenhum som. Estou muito nervosa e ainda chateada, mas eu amo ele. Sei que sou capaz de perdoá-lo, mas sinceramente não quero me machucar. Antes que eu possa falar algo a música da boate para e as luzes são apagadas me fazendo pular de susto. Ruggero me agarra pela cintura e estranho ao não ouvir nenhum grito. Geralmente todos gritariam, mas só ouço tiros soarem pela boate. Me afasto do Ruggero ao me ver agarrada nele- Droga, porra!
Kah: o que está acontecendo?- franzo o cenho.
Rugge: como assim você não sabe o que está acontecendo?- ele ri irônico- Você é da gangue do Esteban e não sabe?- ele bufa e arregalo os olhos. Então esse é o plano que Esteban teve? Em um movimento rápido Ruggero pega em minha mão e me leva para debaixo da grande mesa onde serve as bebidas.
Kah: não encosta em mim!- afirmo irritada e ele revira os olhos.
Rugge: estou te protegendo!- ele afirma e reviro os olhos.
Kah: e você não vai fazer nada?
Rugge: meus capangas estão fazendo por mim, não posso ficar tão exposto assim. Só vim para falar com você, mas você não coopera- ele diz me deixando chateada. Estou triste por não deixá-lo falar o que queria, mas não posso me render a isso.
Kah: está percebendo a mesma coisa que eu? Não está tendo nenhum grito- falo apavorada vendo tiros soarem pela boate o tempo inteiro.
Rugge: só tem capangas aqui, não sabia disso?- não, eu não sabia disso. Droga! Acho que foi por isso que não encontrei a Chiara. Provavelmente ela não conseguiu entrar- Pelo visto não sabe de nada mesmo hein- ele bufa.
Kah: para de falar assim, está me deixando nervosa porra!- afirmo e ele revira os olhos. Ele sai debaixo da mesa e saio logo em seguida.
Rugge: volta para onde você estava, aí estará segura. Quando os tiros começarem a diminuir saia pela porta de emergência. Você sabe aonde é- assinto.
Kah: mas e você?- pergunto preocupada.
Rugge: eu me viro Karol.- ele diz e deixa um beijo carinhoso em minha testa- Tchau- ele fala e se vira. Deixo um sorriso bobo escapar e logo ouço uma voz me gritar muito alto. Olho para trás vendo Esteban.
Esteban: KAROL PORRA! ATIRA NELE!- ele grita e arregalo os olhos. Droga! Esqueci que Esteban queria que eu atirasse em Ruggero, mas não consigo. Ruggero já está correndo e Esteban me olha chateado- ATIRA PORRA!- ele grita se aproximando de mim e mais tiros soam pela boate. Pego minha arma no suporte da perna e tiro meu salto logo após correndo atrás do Ruggero. Droga! É melhor eu fazer isso, ou melhor, quase fazer para que Esteban não desconfie de nada e que não faça nada de ruim comigo depois. Corro o mais rápido que consigo e antes que o Ruggero saia pela saída de ermegência aperto o gatilho atirando em sua direção. O tiro quase pega nele, mas graças a Deus ele sai antes pela porta de emergência. Droga! Não acredito que fiz isso, mas tive que fazer para que Esteban não percebesse nada de errado. Suspiro chateada comigo mesma e vejo Esteban correndo em minha direção- Parabéns! Não acertou nele, mas foi muito bem. Pensei que iria amarelar- ele sorri contente.
Kah: não iria te desapontar- sorrio forçadamente.
Esteban: agora vamos, antes que as coisas piorem- assinto.

Love Barriers [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora