• Capítulo 16

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Kah on·
Quando ia fechar meus olhos para dormir vejo a porta se abrindo com tudo dando a visão da minha...

Kah: mãe? O que faz aqui?- me assusto e ela fecha a porta.
Caro: fiquei sabendo do que houve- ela diz se aproximando.
Kah: mas como?
Caro: não importa Karol. Olha aqui, por que me desobedeceu? Estava de castigo.
Kah: espera, está mais preocupada com isso do que comigo?- pergunto incrédula.
Caro: é óbvio que estou preocupada com você, mas a questão é que se você tivesse me obedecido não teria acontecido nada disso.
Kah: talvez você tenha razão, mas sabe, estou cansada. Cansada da maneira que me trata. Parece que não se importa comigo. Te desobedeci porque não achei justo esse castigo sem fundamento algum. Atrasei trinta minutos aquele dia e você ficou brava por bobeira.
Caro: não interessa Karol. Aqui a mãe sou eu e sou eu que manda- ela fala e eu bufo.
Kah: não percebe que essas suas atitudes só faz me se distanciar mais de você?
Caro: sou sua mãe e sei muito bem o que eu faço.
Kah: e eu também sei o que faço da minha vida. Poxa, eu ainda tento uma amizade com você, mas você não colabora.
Caro: eu? Quem me desobedeceu foi voc, mas quer saber? Vamos parar de falar nesse assunto, nada aqui vai fazer mudar meu jeito.- ela diz me fazendo fechar os olhos. Que raiva! Por que minha mãe tem que ser assim?- Mas enfim, como está?
Kah: ótima- falo seca e depois a olho.
Caro: ótimo, e ah, não quero que vá nunca mais nessas baladas.
Kah: não adianta eu retrucar mesmo- dou de ombros e ela bufa.
Caro: só quero o seu melhor.
Kah: estou vendo- debocho.
Caro: ok, não vou mais discutir. Vou sair para falar com médico sobre seu estado e depois volto- ela diz e se afasta indo em direção a porta. Ela sai do quarto e eu bufo. Eu só queria ter uma mãe compreensiva. Tudo bem que estou errada em ter a desobedecido, só que o problema é que eu não tenho liberdade para nada. Minha mãe encrencava só de eu ir ao cinema com minhas amigas, porque para ela eu tinha apenas que estudar. Realmente, eu estou cansada disso tudo.

Meses depois•

Narradora on•
As coisas por aqui mudaram um pouco. Já está no meio do ano, o pessoal da escola entrou de férias e Ruggero saiu da escola na semana que a Karol ainda estava no hospital. O motivo? Bom, ele não desistiu do seu plano louco e agora ele criou uma gangue que já está a todo vapor, inclusive já conseguiu vários aliados. Como proposto levou seu pai e seu irmão para o interior e seu pai acabou descobrindo o porquê, e claro que ficou chateado com o filho, mas mesmo assim não hesitou em sair da cidade para proteger seu filho caçula. Agus e Mike com o tempo saíram da escola para ajudar Ruggero com os serviços. Eles mudaram para o outro lado da cidade e Agus claramente não deixou Lina. Ela acabou descobrindo a pouco tempo sobre a gangue, mas mesmo assustada prometeu a Agus que não iria falar a ninguém, mesmo sabendo que é errado. Valu está se encontrando com Mike que desconfia o porquê dele ter sumido na escola, mas o mesmo sempre arranja uma desculpa. Esteban descobriu sobre os planos de Ruggero por meio dos seus capangas e seus olhos se enchem de vingança. Karol continuou com os estudos sem entender o porquê do sumiço dos meninos. Ela acha estranho, pois ela e Mike eram amigos e lógico que está preocupada com o sumiço deles. Ela se recuperou e agora sua mãe está com uma ideia de mandá-la viajar. Karol não entendeu muito bem, já que sua mãe queria que focasse nos estudos, por isso está desconfiada dessa mudança repentina da mãe, mas mal sabe ela que está prestes a ser enviada para um lugar que nunca imaginou.

Há dias atrás•

Caro on·
Estava nesse exato momento discutindo com Esteban em seu galpão. Ele acha mesmo que vou entregar minha filha a ele?

Caro: você ficou louco? Não vou te entregar a minha filha.
Esteban: você que decide, ou por bem ou por mal. Foi o nosso combinado.
Caro: na verdade, era. Você não cumpriu com o acordo.
Esteban: o quê?
Caro: isso mesmo, não matou o Ruggero- falo e ele bufa.
Esteban: eu não o matei porque sua filha entrou na frente. A culpa não foi minha!
Caro: ok, então não sou obrigada a entregá-la.
Esteban: claro que é. Eu ainda só não matei o Ruggero porque acabei de descobrir aonde ele está. Ele tinha sumido e você sabe muito bem disso. Agora ele está com uma gangue aí.
Caro: e daí? Ele acabou de começar, nem deve saber como administrar.
Esteban: aí que você se engana. Tenho que admitir que o Ruggero é muito bom no que faz. Tanto é que para entrar na minha gangue teve que passar por um monte de desafios que só ele sobreviveu.
Caro: foda-se Esteban. Vamos fazer o seguinte, agora que o Ruggero está longe de nós não precisamos mais nos encontrar, ok?
Esteban: nada disso Caro. Você que começou com isso tudo e não vai ficar assim . Agora eu também quero vingança contra o Ruggero. Você não vai querer mesmo depois do que ele te fez?- ele pergunta me deixando pensativa.
Caro: ok, você tem razão. Ele tem que pagar bem caro. Não sei porque pensei em desistir- depois do que ele fez comigo irá pagar bem caro. Não posso deixar passar em branco.
Esteban: então nosso acordo está de pé?
Caro: diz em matar o Ruggero?
Esteban: e a Karol para mim.
Caro: por que essa obsessão por ela?
Esteban: primeiro, eu preciso que alguém faça alguns serviços para mim e tenho certeza que você nunca os faria. E outra, ela é bem gatinha- ele fala me fazendo arregalar os olhos.
Caro: O QUÊ? Ficou doido? Para de dar em cima da minha filha!
Esteban: não estou dando em cima, estou falando o que ela é, mas não posso ficar de conversinha Caro, tenho mais coisas para fazer. E aí, o nosso acordo está de pé ou não?
Caro: quais tipos de serviços a Karol vai fazer?
Esteban: uns aí.
Caro: para de me enrolar e fale logo!
Esteban: provavelmente irá trabalhar em alguma das minhas boates.
Caro: o quê? Ficou louco?
Esteban: é isso ou nada.
Caro: eu não sou obrigada a entregá-la, fora que você também quer matar o Ruggero.
Esteban: talvez, mas quem tem essa obsessão louca de matá-lo é você, não eu. Se você não entregá-la eu não irei matá-lo- ele diz e eu respiro fundo pensando.
Caro: promete que não vai machucá-la?
Esteban: não, mas se ela aprontar aí...- o interrompo.
Caro: não tem essa Esteban. Promete ou não?- pergunto preocupada. Apesar da minha relação com a Karol não ser das melhores tenho medo se algo acontecer com ela.
Esteban: ok, ok. Não irei, mas ela vai ter que se comportar. Então, acordo feito?- ele estende sua mãom
Caro: ok.- aperto sua mão- Quero vê-lo morto!- afirmo referindo ao Ruggero e ele assente sorrindo.

Dias atuais•

Kah on·
Estou nesse exato momento terminando de arrumar minha mala para ir viajar. Minha mãe estava com uma ideia há dias atrás de eu viajar, ela disse que eu tenho que curtir. Estou achando muito estranho já que ela queria que eu focasse 100% nos meus estudos, mas é claro que não sou doida de recusar. Estou querendo sair um pouco da cidade para descansar, mesmo sabendo que só vou para o outro lado da cidade. Meus amigos? Bom, os meninos sumiram, não sei o que houve. A Lina se encontra com o Agus ainda, mas a mesma não sabe o motivo deles terem largado os estudos. Fiquei um bom tempo preocupada, mas parece que eles estão bem. As meninas também irão viajar para um lugar bem próximo do meu, o que vai permitir de nos encontrarmos. Termino de arrumar minha mala e já ouço a voz da minha mãe me gritando provavelmente da sala.

Caro: KAROL? VAI DEMORAR?- ela pergunta e eu grito falando que já estou indo. Fecho a minha mala já pronta e coloco meu sapato. Assim que dou uma última olhada no espelho desço as escadas com a minha mala vendo minha mãe, meu padrasto e minha irmã mais nova em frente a porta.
Kah: bom, tchau né?- pergunto sem jeito.
Clara: tchau Kah. Vou sentir sua falta!- ela afirma, me abraça e retribuo o abraço sorrindo.
Kah: se comporte viu?- sorrio, saímos do abraço e ela assente.
Caro: você também se comporte, ok?
Kah: ok- suspiro e ela sorri.
Caro: tchau.- ela me dá um abraço rápido- Qualquer coisa me ligue- ela diz em um tom de aflição e eu assinto. Do jeito que ela fala parece que eu vou viajar e nunca mais voltar. Credo!
Kah: tchau Phelippe- falo e ele acena para mim com a mão. Dou um último sorriso para todos antes de abrir a porta e passar por ela vendo o táxi já me esperando do lado de fora. Olho para trás vendo minha irmã sorrindo e acenando para mim e sorrio. Não sei o que está acontecendo, mas estou sentindo uma aflição e a expressão da minha mãe me faz sentir mais ainda, pois parece que ela está com medo de algo. Balanço a cabeça me livrando desses pensamentos e o motorista do táxi me ajuda com as malas as colocando dentro do porta-malas. Entramos no carro, já lhe pago e em seguida o moço da partida em direção ao meu destino.
[...]
Kah on·
Abro meus olhos lentamente e me remexo no banco do carro. Caraca, eu dormi mesmo? Só eu mesma para dormir dentro de um táxi né. Me espreguiço e vejo o motorista parar o carro e me olhar.

Kah: o que houve?
Motorista: já chegamos.
Kah: mas já?- ele assente.
Motorista: mas tem certeza que é aqui?- assinto. Minha mãe tinha me dito que o taxista iria me deixar em frente ao hotel aonde irei ficar e que seria em frente ao mar, mas eu não estou vendo nada.
Kah: você está no endereço que te entreguei?- ele assente- Então sim, é aqui. Muito obrigada!- ele assente, eu saio do carro e olho em volta vendo uma rua totalmente deserta- Tem certeza que é aqui?- me viro perguntando pqra ele e o mesmo assente. Droga! Será que minha mãe colocou o endereço errado no papel? Isso daqui não tem nada a ver com o que ela me falou há uma semana atrás. O problema é que eu nem me interessei em procurar e saber mais na internet. Bufo e pego minhas malas no porta-malas. Assim que fecho a porta do porta-malas o taxista dá partida no carro me deixando completamente sozinha e olho para os lados aflita. Eu poderia muito bem ter entrado dentro daquele táxi novamente e mandá-lo voltar para minha casa. Por que eu não pensei nisso antes? Olho para o lado aflita e vejo uma van preta se aproximando. Porra! Isso está parecendo um filme. Que desespero! A van logo para na minha frente me fazendo arregalar os olhos e quando eu pensei em fugir vários homens desceram da van se colocando em minha frente, dos meus lados e atrás. Merda! O que está acontecendo? Que desgraça!

Yy: fica paradinha aí!- um afirma e eu congelo. Eu poderia gritar, mas em um lugar deserto como esse seria a mesma coisa que nada. Vejo um homem se aproximar de mim e percebo que é o único que está sem máscara.
Xx: olá, Karol né?- sua voz rouca soa fazendo meu medo se aumentar. Ele se aproxima de mim e eu recuo um passo- Calma, não precisa ter medo de mim!- como não? Ele vem em uma van preta, para bem em minha frente descendo com mais seis homens e ainda me conhece sendo que eu não o conheço. Como não ter medo?
Kah: como sabe meu nome?- finalmente pronuncio sentindo um frio na barriga.

Love Barriers [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now