• Capítulo 36

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Agus: é nítido. Os olhares de vocês, quando cuidam um do outro em momentos difíceis e até mesmo nas brigas.
Kah: droga! Eu não queria ter admitido isso!
Mike: não há problema algum. O Ruggero é cabeça dura, mas lá no fundo ele é legal.
Kah: eu tenho a certeza que ele estava brincando comigo.
Agus: acho que não. Na verdade nem da primeira vez ele estava. Eu conheço o Ruggero muito bem e da primeira vez ele estava tentando provar para si mesmo que não estava sentindo nada, por isso disse aquilo tudo.
Kah: será que então ele gosta de mim? Eu não quero me iludir meninos. O Ruggero é muito difícil!
Mike: eu tenho a certeza que sim. Por mais que ele seja babaca a maioria das vezes venho percebendo que ele se preocupa com você. Quando você estava trancada no banheiro com a Candelária ele ficou desesperado. Malena nos contou.
Agus: e depois ainda ele dormiu com você para te dar apoio. Ele nunca faria isso!
Kah: acho que preciso pensar um pouco, senão minha cabeça vai explodir com tantas revelações.
Mike: entendemos você. Só queremos que saiba que estamos aqui para tudo!
Agus: sim, disso pode ter certeza- sorrio.
Kah: obrigada meninos. Eu amo muito vocês!- os abraço.

Horas depois·

Rugge on·
Caramba! Nem acredito que hoje mais cedo falei tudo aquilo para Karol. Ok, devo admitir e dessa vez não vou ser trouxa e dizer que tudo é uma mentira. Ela me faz bem, muito bem. Eu nunca me senti assim com nenhuma outra pessoa, e também eu gosto dela como pessoa mesmo. Como já disse por diversas vezes, admito que ela não "lambe" meu chão igual as outras mulheres fazem. Se eu vou mudar? Eu estou tentando, mas também não é fácil e nem dá para mudar de uma hora para outra, mas pelo o menos estou menos agressivo, pelo menos eu acho. Depois que cheguei resolvi esfriar a cabeça e fui para a sala treinar e socar o saco de boxe. Acabei relembrando de tudo que aconteceu e um sorriso bobo escapou de meus lábios. Depois de um tempo vi que já estava na hora de ir para boate, então fui tomar um banho e colocar uma roupa. A Karol poderia muito bem ter deixado de ir, porém adoro ver sua cara emburrada enquato serve as meses, amo ver como se defende quando algum homem tenta algo e adoro ver ela andando com aquele vestidinho. Assim que termino de me vestir a chamo e ela já estava pronta com um sorriso de orelha a orelha. Fomos no meu carro e durante o trajeto tivemos uma conversa agradável, e assim que chegamos ela foi trocar de roupa.

Kah on·
Eu e o Ruggero acabamos de chegar na boate. Eu e os meninos conversamos tanto que quase perdi a hora de ir, mas enfim, eu amo muito conversar com o Agus e o Mike. Eles me fazem muito bem! Assim que troco de roupa vou atender algumas mesas. A Gio faz muita falta! No lugar dela entrou uma outra menina. O nome dela é Júlia. Trocamos algumas palavras, mas nada demais. Agora acabei de servir uma mesa e voltei para o balcão. Júlia me olhou e sorriu. Ela parece ser legal, mas claro que nunca irá substituir a Gio.

Foto da Júlia:

Júlia: você está aqui há muito tempo?Kah: quase dois meses- sorrio fraco

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Júlia: você está aqui há muito tempo?
Kah: quase dois meses- sorrio fraco.
Júlia: gostei daqui- ela sorri e morde o lábio inferior olhando em volta.
Kah: já eu odeio esse lugar!
Júlia: por quê? Tem tantos gatinhos aqui, principalmente o chefe, o Ruggero.- ela passa a língua entre os lábios e eu reviro os olhos quando ela desvia o olhar e olha para cima- Uma pena que ele sempre está com uma mulher em cada canto. Pelo menos foi o que percebi nos poucos dias que estou aqui.
Kah: o quê?
Júlia: não viu? Ele está com uma mulher sentada em seu colo. Não julgo a mulher, pois se eu não estivesse aqui trabalhando faria o mesmo!- ela afirma rindo e eu me viro. Meu olhar vai direto para a área VIP e realmente tem uma mulher sentada no colo do Ruggero passando a mão em seu peitoral. Droga, como fui idiota! Eu sabia que o Ruggero não ia mudar. Talvez ele pode até gostar de mim, mas isso só lhe interessa em certos momentos. Olhei para o lado e tinha um cara ao seu lado. Sou despertada dos meus pensamentos por Júlia me chamando e logo me viro a olhando- Aconteceu alguma coisa?- ela pergunta estranhando.
Kah: não, não aconteceu nada. Na verdade só acho esse Ruggero um idiota!- reviro os olhos e ela ri.
Júlia: já eu acho ele um gostoso, mas gosto não se discute né. Agora vou entregar um pedido- ela sorri antes de se virar e sair e eu bufo. Droga! Não gostei dessa garota! Me viro novamente e meu olhar sobe para a área VIP. Ruggero olhava para mulher sorrindo e depois voltava a falar com o homem ao seu lado. Que burra que eu sou! De repente uma ideia vem em minha cabeça. Por que eu não vou até lá? Eu poderia muito bem ir até lá e fazer "companhia" ao cara que está ao seu lado. Sorrio com minha ideia. Pode ser loucura, eu sei, mas quero mostrar para o Ruggero que ele não pode ficar me fazendo de trouxa. Mas uma coisa que eu nunca fiz e nunca irei fazer é sofrer por macho. Rapidamente subo as escadas e vou em direção de onde eles estão.
Kah: boa noite!- dou meu melhor sorriso e os três olham para mim. O homem na qual eu ainda não conheço, a mulher e o Ruggero.
Rugge: o que quer?- ele pergunta rude e eu me esforço para não revirar os olhos.
Kah: de você? Nada. Só vim perguntar ao seu amigo se ele precisa de companhia, visto que está sozinho- sorrio debochada.
Rugge: nã...- ele foi interrompido pelo o homem
Xx: será um prazer!- o cara sorri de lado e sorrio de volta logo me sentando ao seu lado. Seu braço passa pela minha cintura e olho para Ruggero que está nos olhando de cara fechada. A mulher em seu colo tinha uma expressão confusa em seu rosto.
Kah: algum problema?- pergunto ao Ruggero.
Rugge: nenhum.- ele dá um sorriso forçado e eu me esforço para não rir. Confesso que estou gostando de vê-lo assim! O cara que está do meu lado na qual eu ainda não sei o nome deixa um beijo em meu pescoço e confesso que isso me deixou muito desconfortável- Ok, já chega! Karol, vem comigo- ele pega a mulher pelo os braços e a empurra para frente fazendo ela ficar em pé e logo depois se levanta.
Xx: o quê? Você vai me deixar aqui sozinha?- a mulher pergunta indignada.
Rugge: sim. Agora vem Karol- ele me puxa pelo braço me fazendo levantar.
Kah: me solta Ruggero!- afirmo e ele bufa soltando meu braço. A mulher já tinha saído e o homem nos olhava sem entender nada- Eu não vou com você a lugar nenhum!
Rugge: você vai sim. Nem que eu tenha que te pegar no colo!
Xx: algum problema?- o cara se pronuncia.
Rugge: não, agora vem!- bufo e me viro saindo de lá e indo para uma parte mais afastada da boate, e Ruggero me segue- Que merda você pensa que está fazendo?- ele pergunta e me viro para ele.
Kah: me divertindo, não posso mais?
Rugge: você estava me provocando, isso sim.
Kah: sim, eu confesso que estava, pois você é um babaca!
Rugge: nós não temos nada, então você não tem o direito de reclamar!
Kah: ah, o mesmo se adequa a você e quer saber? Eu vou voltar para minha companhia- falo passando por ele, mas ele me segura pelo braço me impedindo.
Rugge: nem ouse fazer isso Karol.
Kah: por que senão o que você vai fazer? Me bater, me cortar?- pergunto estressada e ele bufa.
Rugge: olha, você me deixa louco ok?- ele diz passando a mão pelo seus fios de cabelo nervoso.
Kah: ah, eu que te deixo louco? Tem certeza?
Rugge: tenho. Eu não sei como agir perto de você.
Kah: eu digo o mesmo.
Rugge: só acho que você exagerou quando foi lá.
Kah: não, eu não exagerei. Eu só estava sendo educada com o cara ao seu lado.
Rugge: fez isso por que tinha uma mulher no meu colo né?- ele pergunta e eu fico quieta. Eu não vou admitir isso!- Qual é, não temos nada! Não é porque eu disse aquilo mais cedo que vou deixar de fazer minhas coisas- ele diz, sinto meus olhos marejados e respiro fundo. Eu sabia! Nunca vamos nos dar certo.
Kah: ok Ruggero. Eu também não sou obrigada a deixar de fazer minhas coisas. Agora cala a porra da boca que eu vou voltar da onde eu estava e nem ouse me impedir!- afirmo irritada, mas ele novamente não me deixa passar- Que merda você tem na cabeça? Você acha mesmo que vou ficar vendo você se esfregando nas outras mulheres? Já que você pode eu também posso. Como você disse, não temos nada!
Rugge: tá bom, eu acho que exagerei.
Kah: você acha?- debocho.
Rugge: ok, eu exagerei Karol. É que eu não sei o que falar quando estou com você e não sei como agir. Tudo que eu falo e faço você só me julga.
Kah: eu não te julguei em momento algum. E outra, só estava fazendo companhia para o cara ao seu lado.
Rugge: dá na mesma.- reviro os olhos- Olha, eu estou tentando mudar ok? E aos poucos eu vejo que estou conseguindo. Pelo o menos eu não estou agredindo ninguém fisicamente, a não ser aos meus inimigos, mas se eu não o fizer eu morro!- ok, tenho que admitir, mas do mesmo jeito, ele continua agredindo com palavras e isso dói bem mais do que uma agressão física- E para mostrar que mudei eu te pergunto se quer ser minha companhia da noite- ele estende a mão e eu o olho surpresa.
Kah: é sério?- ele assente- Não quero que se sinta obrigado.
Rugge: você sabe muito bem que eu não preciso disso- ele diz ainda com a mão estendida e parte de mim diz para eu ir, mas outra não. Não posso ceder sempre aos encantos do Ruggero.
Kah: bom, obrigada, mas hoje não!- ele me olha sem entender.
Rugge: o quê?
Kah: isso mesmo que ouviu. Eu não posso aceitar tudo que diz. Você me machuca diariamente e não posso concordar com tudo.
Rugge: tudo bem- ele suspira.
Kah: acho que vou voltar a trabalhar.
Rugge: o que acha de irmos para casa?
Kah: ok então. Vou me trocar- ele dá um sorriso fraco, suspiro e saio de perto dele indo me trocar.
[...]
Kah on·
Ainda estou na boate. Acabei de me trocar e já estou saindo do quarto feminino. Achei ótimo a sugestão do Ruggero de irmos para casa, até porque eu odeio esse lugar! Se estou arrependida de não ficar aqui com ele? Não. Como eu disse, ele vive me agredindo com palavras e não posso ceder a tudo que pede. Estava pensando no que aconteceu a poucos minutos atrás enquanto andava pelo corredor quando sinto ser puxada bruscamente por alguém que logo tampa minha boca. Levanto o meu olhar e arregalo os olhos.

Kah: você? O que faz aqui?- sinto meu coração se acelerar e ele me puxa para dentro do banheiro logo após trancando a porta. Merda! É o Esteban.

Love Barriers [CONCLUÍDA]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora