• Capítulo 44

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Dia seguinte·🌞

Rugge on·
Acordo sentindo os raios solares invadirem pela janela e entrar em contato com meu rosto. Sinto algo duro em meu peito, abro os olhos vendo que a Karol dormia em meu peitoral e seu braço envolvia minha cintura e automaticamente sorrio. Me declarei para ela ontem no qual não me arrependo, pois realmente gosto dela. Dessa vez não estou mentindo e nem brincando com os sentimentos dela. E o que deu em mim em fazer isso? Eu também não sei, mas resolvi seguir o conselho do Agus de deixar o meu orgulho de lado e o agradeço, pois deu muito certo. Não sei o que vai acontecer daqui para frente com a gente, mas espero que eu não a machuque mais, o que acho que vai ser um pouco difícil, mas eu prometo que vou tentar. Depois da minha declaração e da nossa conversa acabamos transando. Como ela não quis que fosse na casa do meu pai a ideia seria ir a um motel, mas nosso desejo estava tão insaciável que acabou sendo no carro e depois da nossa noite fomos para o meu quarto e caímos no sono.

Kah on·
Sinto a claridade do sol batendo nos meus olhos e resmungo. Me concentro para dormir novamente, mas foi em vão. Abro meus olhos percebendo que estou com a cabeça no peitoral do Ruggero e meu braço em volta a sua cintura enquanto sentia algo massagear meu cabelo. Olho para cima e o vejo fazendo carinho em meu cabelo com seus dedos.

Rugge: desculpa. Te acordei?- nego- Bom, de qualquer forma temos que ir para casa novamente- ele para de massagear meu cabelo e resmungo mentalmente.
Kah: sim, eu já vou me trocar- me levanto para poder ir ao banheiro, mas ele me puxa pelos braços e sela nossos lábios em um selinho demorado.
Rugge: agora sim pode ir- ele sorri e eu reviro os olhos rindo. Eu gosto quando ele está assim, bem humorado e sem ser grosseiro.
[...]
Kah on·
Acabamos de chegar na casa do Ruggero depois de algumas horas. Depois que acordei fui me arrumar e me despedi do Bruno e do Leo. Foi um pouco difícil e não é que eu esteja exagerando. Apesar que nos conhecemos há poucos dias fiquei o tempo todo com eles e me apeguei bastante, e agora já estou sentindo falta. Assim que entramos pela porta da sala com nossas malas vimos Agus, Mike, Valu e Lina sentados no sofá. Eles se levantaram rapidamente assim que nos viram e eu e o Ruggero nos aproximamos deles.

Lina: eiii garota- ela me abraça empolgada e eu retribuo.
Valu: conta como foi a viagem- Valu me abraça também empolgada enquanto os meninos cumprimentam o Ruggero.
Kah: calma gente. Não aconteceu tantas coisas assim- falo abraçando os meninos.
Mike: eu duvido que não- ele pisca para mim e antes que eu possa o responder Agus toma a frente.
Agus: deu para relaxarem um pouco?
Rugge: sim, bastante afinal.
Mike: que bom. A gente sabia que seria uma boa ideia vocês saírem um pouco para se distrairem- sorrio para ele e depois olho para as meninas.
Kah: é muito bom encontrar vocês. Não imaginava que quando chegasse estariam aqui- digo para as minhas amigas.
Valu: como nos dedicamos um pouco mais na escola nas semanas passadas a tia da Lina está mais de boa, já que também estamos chegando no fim do ano, então agora está mais sossegado para sairmos.
Kah: é sempre muito bom ter vocês aqui- elas sorriem.
Lina: mas então, aconteceu alguma coisa de importante?
Kah: é...- aconteceu, penso. Aliás aconteceram muitas coisas, principalmente com o Ruggero, mas não sei se devo dizer, principalmente agora.
Rugge: não aconteceu nada de especial, apenas ficamos com meu pai e meu irmão- ele me interrompe e sinto um nó se formar em minha garganta. Eu sei que ele não iria contar, ainda mais aqui, mas poxa, não precisa também agir tão indiferente assim.
Lina: bom, o que acha de irmos para o seu quarto Kah? Te ajudamos a guardar as coisas- assinto e saímos em direção ao meu quarto. Assim que chegamos percebi que tinha esquecido minha necessaire no sofá da sala, então falei para as meninas que já voltava e elas assentirem. Voltei para sala e avistei apenas Mike e Agus. Estranhei pelo fato do Ruggero não estar mais com eles.
Kah: o Ruggero não estava com vocês?- as palavras saem da minha boca sem que eu permitisse e por um lado me arrependo. Droga! Mas agora já foi.
Mike: ele já está voltando. Foi colocar as coisas dele no quarto.
Kah: ah sim. Eu só vim pegar minha necessaire- falo pegando ela no sofá.
Agus: mas antes de ir para o quarto, nos conte. O que aconteceu na viagem? Te conhecemos e percebemos que ficou nervosa na hora que a Lina perguntou. Sabemos que aconteceu algo- ele diz e eu suspiro. Droga! Por que eles tem que me conhecer tão bem?
Kah: não aconteceu nada de especial- falo firme. Eu confio muito neles, mas não sei como o Ruggero reagiria se soubesse que contei.
Mike: então por que ficou nervosa antes?
Kah: acho que foi impressão de vocês- tento convencê-los.
Agus: estamos cientes que não.
Mike: Kah, não vamos te obrigar a contar. Se não se sentir confortável não precisa falar.
Kah: não é isso, é só que...- respiro fundo- Vou contar para vocês, mas não podem contar a mais ninguém!
Agus: claro, pode falar.
Kah: é que eu e o Ruggero acabamos nos beijando de novo depois dele ter se decla...- sou interrompida por uma voz na qual conheço muito bem atrás de mim.
Rugge: você não ia arrumar suas coisas?- sua voz é séria e ele se posiciona ao meu lado.
Kah: ah... Sim, só vim pegar minha necessaire que esqueci no sofá.
Rugge: acho que já pegou então- ele diz e respiro fundo. Não sei porque ele está agindo assim comigo. Uma hora ele é carinhoso e cuidadoso e depois é rude e grosseiro. Não sei qual é o seu problema!
Kah: qual é o seu problema?- não consigo guardar essa pergunta para mim.
Rugge: o meu problema? Acho que não sou o problema aqui!- ele afirma e os meninos observam nossa conversa.
Kah: tem certeza? Uma hora você está sendo amoroso, me beijando e se declarando para mim e outra hora você está sendo grosseiro- falo irritada e vejo seu rosto ficar vermelho.
Rugge: porra! Será que você não pode ficar quieta pelo o menos uma vez na vida?- ele pergunta e tento controlar minha respiração para ficar calma e aí entendo porque ele está tão seco e irritado comigo.
Kah: já sei o que acontece com você e eu não vou calar a boca porque você quer! Se você tem vergonha de mostrar seus sentimentos por mim, se é que sente para os outros eu não quero participar disso. Não quero que na frente dos outros me trate que nem lixo e quando está só nós dois me trate com carinho, mas como se nada tivesse acontecido!- explodo segurando as lágrimas- Para mim esse jogo acabou!- afirmo e me viro saindo rapidamente dali.
Rugge: KAROL.- ele me grita- KAROL, PORRA! VOLTA AQUI!- ele me grita novamente, mas o ignoro totalmente e vou até o final do corredor entrando rápido para sala onde fica o ringue e só aí me permito chorar. Não queria chorar na frente dele. Não estou exagerando, só estou cansada de ser tratada assim. Pensava que ele realmente tinha mudado, mas pelo o visto, não.

Rugge on·
Droga! Não sei porque agir assim, mas simplesmente não consigo controlar. Estava indo tudo muito bem para ser verdade. Passo minhas mãos pelo meu cabelo nervoso e estava indo atrás dela, só que os meninos acabaram de me segurar.

Rugge: me soltem! Droga!- afirmo irritado e eles me soltam.
Mike: é melhor você não ir atrás dela agora Ruggero.
Agus: deixa ela esfriar a cabeça, você também precisa.
Rugge: acontece que não sei o que vai acontecer depois quando ela esfriar a cabeça. Não quero saber o que pode acontecer!
Mike: essas são as consequências.
Rugge: qual é? Vão ficar me dando lição de moral agora?- antes que eles pudessem me responder ouvimos passos atrás de nós.
Lina: o que houve gente?
Valu: está tudo bem? Ouvimos gritos lá do quarto.
Agus: está tudo bem sim meninas, apenas um mal entendido.
Valu: aonde está a Kah?
Mike: não sabemos também, mas ela não saiu da casa. Deve estar em algum cômodo.
Lina: a gente vai procurar por ela então- os meninos assentem e elas saem.
Rugge: merda! Agora todo mundo vai ficar sabendo o que está acontecendo!
Agus: e qual é o problema? Qual o problema de sabermos que tinha se declarado para Kah?
Rugge: não é que seja um problema, mas eu queria que fosse uma coisa nossa.
Mike: o que adianta ser uma coisa de vocês e você tratar ela mal na frente dos outros?
Rugge: é que não sei como agir.
Agus: você não é mais criança Ruggero, precisa aprender. Essas suas atitudes machucam os outros.
Rugge: eu sei tá ok? Só não queria que ninguém soubesse.
Mike: mesmo triste tenho certeza que a Karol não contaria. Se ela contou foi por que não disse a ela que não podia, certo?- assinto frustrado.
Rugge: eu quero resolver as coisas com ela.
Agus: não acho que agora seja um bom momento, deixa ela pensar um pouco.
Rugge: nunca pensei que seria tão difícil gostar de alguém- eles riem.
Mike: você só está no começo.
Rugge: então nem quero saber como é o depois.
Agus: não diga isso. Você está se adaptando ainda e já nos surpreendeu e tenho certeza que a ela também se declarando- olho para eles e suspiro. Sei que fui um idiota, mas não consigo controlar minhas ações e minhas palavras. Estou em adaptação ainda, mas eu não quero machucá-la mais. Me dói vê-la triste.

Horas depois·

Rugge on·
Pressiono meus olhos para poder dormir, mas merda, não estou conseguindo de jeito nenhum! Estou morrendo de calor, minha garganta e boca estão secas e ainda por cima não consigo esquecer o que aconteceu hoje mais cedo. Agora são duas horas da manhã e já estou tentando pegar no sono tem uma hora e alguns minutos e não consigo de jeito nenhum. Se eu me resolvi com a Karol? Ainda não. Fiquei conversando com os garotos e aproveitei para conversar sobre a gangue. Pelo o que tudo indica o Esteban fugiu depois de incendiar meu galpão, mas isso não vai ficar assim. Os meninos já conseguiram ver outro lugar, graças a Deus. Depois fomos jantar e foi meu único contato com a Karol, mas ela nem sequer me olhava. Tentei chamá-la para conversar e puxar assunto por diversas vezes, mas ela me ignorou em todas. Sei que errei feio, mas porra, precisa disso tudo? Me levanto da cama já não aguentando mais ficar deitado, vou até a cozinha beber água e encontro a Karol de costas bebendo água. Não consigo conter o sorriso. Talvez essa é a hora de me reconciliar, né?

Love Barriers [CONCLUÍDA]Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ