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~ jude montoya

(...)

— SUA SORTUDA ELE É UM GOSTOSO! — E essa era Nia, berrando no meu ouvido pelo celular, enquanto eu caminhava em direção ao trailer onde minhas coisas estavam. Eu tinha esquecido as marcações com observações que fiz para a cena que gravariamos amanhã, e precisava mostra-las a Howe Taylor, a atriz que faria Maddy, a amante de Dudley, em uma cena onde eles planejam a morte de Edward, interpretado por Sam.

— Amiga... Foi coisa de uma noite. — Falei para faze-la parar de criar a fanfic que com certeza estava fazendo mentalmente agora.

Mesmo que para minha surpresa, Sam esta manhã não só respondeu minha mensagem pedindo desculpas. Como falou que "mal pode esperar para me ver de novo". Mas eu não podia criar expectativas em cima disso.

— Sério isso? Você mesma disse que ele quer te ver de novo. — Pontuou. —Ou é você que não quer sair com ele de novo? Amiga você não pode deixar seu sofrimento por Jack ser um bloqueio de machos gostosos! E porra! Sam Carvert!

— Eu não tenho um bloqueio. Só não sei se é o momento para sair com alguém. — Confidenciei.

— Amiga, você não terá a resposta, se não tentar, e pode se arrepender depois de não ter dado nenhuma oportunidade. — Ela disse, e isso era verdade.

— Você está certa.

— Eu sei. — Fez uma pausa. — Agora tenho que ir amiga. Tenho dentista daqui a pouco. — Resmungou em um lamúrio, me fazendo sorrir. Nia detestava médicos, dentistas e afins.

— Tchau, amiga. — Falei, vendo Sam entrando furtivo no trailer, com aquela expressão maliciosa.

Finalisei a chamada, e o encarei, enquanto este fechava a porta do trailer e passava a trinca.

Ergui as sobrancelhas.

— O que faz aqui?

— Eu não resisti. — Murmurou chegando mais perto. Muito perto.

— Carvert... — Sibilei, quando suas mãos foram para minha cintura, e o lugar pareceu quente demais.

— Vou te beijar agora. — Anunciou, e eu não tive tempo, pois ele já tinha o feito, me beijando com tudo, me agarrei a ele, passando os braços ao redor de seu pescoço, o sentindo me sentar na mesinha do trailer.

— Vão nos pegar — Falei dentre os beijos, cruzando as pernas em volta dele.

— Não vão. — Murmurou, descendo os beijos para meu pescoço, e a partir daí, parei de pensar. Deixando que Sam me beijasse mais um pouco, e talvez um pouco mais, e mais um pouco, antes de saímos dali como se não tivéssemos feito nada.

E foi assim, que se seguiu aquelas semanas, o trabalho era muito, o tempo era curto, as gravações seguiam a todo vapor, mas nos intervalos destas, nos tempos livres, eu estava com Sam.

Ele sempre arrumava um canto para me roubar um beijo ou dois quando estavamos no set, e quando tinhamos tempo, estavamos na sua cama ou na minha. Jantamos outras vezes e usamos o tempo para nos conhecer melhor. Falei sobre minha mãe, Nia, meus outros amigos, como comecei no cinema, sobre Cuba, e contei sobre Jack e as crianças, e como tudo acabou. E foi bom ouvir Sam concordar comigo, sobre Jack passar por cima dos meus sentimentos.

Ele falou sobre sua família na Inglaterra, sobre crescer em Londres, sobre seu tempo em Eton e a formação no RADA, falou sobre mídia, fãs, e também sobre como a fama mexeu com ele no início, como ele se teve um tempo entre más companhias, com bebidas, mulheres, drogas, mas que tudo estava no passado, e também, que ele tinha aprendido com tudo isso e a escolher melhor quem ficava perto dele.

Comum de DoisWhere stories live. Discover now