Cap 1

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Tava tudo tranquilo aqui no morro já tinha um tempo é isso já estava agoniando meu velho, não me lembro da última vez que os coxa tentaram subir e nem que algum otario dos morros vizinhos tentaram invadir. Isso era um mal sinal. Apesar da Rocinha ser um dos morros mais pesados quando o assunto é armamento e vapor meu pai nunca saía do modo atento.

Nanda - se continuar vai furar o chão - falei enquanto meu pai ia de um lado pro outro.

Vilão - não perturba meu juízo, tem louça pra lavar não? - falou grosso

Nanda - credo, tô só descontraindo. - fui saindo de casa

Vilão - vai pra onde Fernanda? Satisfação não dá mais não ? - me gritou

Nanda - vou dar uma volta, o clima aqui tá pesado demais e eu não vou ficar aqui levando patada

Vilão - fica aí moscando na rua, já tô com pouco problema pra ter que te pegar num morro vizinho num acha não? - falou da porta

Nanda - não posso abrir a boca dentro de casa que te irrita, não posso por a cara na rua, posso fazer o que ? - falei voltando pra dentro impaciente

Vilão - cadê tuas amiga? Chama pra chegar aí, mais não quero gritaria aqui dentro não, manda um dos mlk buscar alguma coisa pra vocês comer que eu vou dar um pulo lá na boca e jaja tô aí - acenti com a cabeça enquanto ele ia saindo pegando a glock colocando na cintura e batendo um radinho pro passarinho

Passarinho - fala aí patrão

Vilão - adianta uma parada pra mim, Fernanda vai juntar com umas pirralha aqui em casa, chama mais dois pra ficar na ronda e busca um bagulho pra elas comer.

Passarinho- jaé patrão, tô descendo.

Vilão - passarinho tá encostando aí, qualquer coisa me bate um rádio - beijou minha testa e saiu

Liguei pra Júlia e pra Mayara subirem aqui em casa e fui tomar um banho, minha vó tava fora esse final de semana, foi visitar uma irmã que tava doente em BH, a tia Raissa nunca fica em casa então quando meu pai não tava aqui, o que é quase sempre eu tava sozinha .
Terminei meu banho peguei o celular e desci, deu uns 10min ouvi me gritarem no portão, sai e era o Ph e o Passarinho.

Passarinho - Fala aí Nanda, trouxe o rango pra você. - me entregou duas pizzas

Nanda - Vlw Diego, oi Pedro.. - ph também era um dos vapores do meu pai, bonitinho até, me dava um mole lascado e eu já quase não gosto.

Ph - eai nanda, tá sumida pô - falou me dando um beijo beirando o canto da boca

Passarinho - deixa o patrao pegar você com essas intimidade, cê ta ligado que a Fernando pra nois é homem. - falou rindo dando um soco no ombro do ph

Ph - tô ligado, mais aí nanda não seja por isso, viro até bixinha se for pra te dar uns bjo - falou alisando meu rosto

Nanda - Pedro Henrique, Pedro Henrique... tá perdendo o medo mesmo né? Se situa não pra ver, meu pai enche sua boca de formiga. - falei rindo

Ph - para que tu gosta Fernanda- falou piscando - mais firmezinha vou meter o pé. - subiu na garupa do passarinho e saíram rasgando morro a cima

Júlia - piranhuda- ouvi gritarem - da logo uns bjo no menino e para de doce que meu pau é diabético - Júlia falou entrando com a Mayara

Nanda - Pedro Henrique é bonitinho mais não passa de um flerte, faz meu tipo não - fui colocando a pizza na mesa e pegando os prato

Mayara - se for assim passa pras amigas que eu pegaria o ph fácil fácil -  falou toda dada.

Nanda - todo seu mona. - me servi e sentei

Júlia - ela só tem olhos pro G3 may, quer saber mais de ninguém não- falou rindo

Mayara - mais o G3 nem dá moral, parece águia de zoi tampado olha pra ninguém, nunca vi ele com ninguém aqui do morro. - falou pegando o refri

Nanda - ah não fala do meu marido, ainda caso com aquele homem senhor - falei me abanando

G3 - eu ouvi meu nome aí - entrou na cozinha do nada e eu fiquei vermelha - tão rangando ? Cheguei em boa hora

Mayara - Não morre mais - falou pegando um prato pra ele

Julia - Tá fazendo o que aqui menino? - perguntou e eu continuei socando pizza na boca e fingindo a sonsa, só a presença dele já me deixa sem graça.

G3 - furei o plantão ontem, de castigo o patrão me deixou de baba de vocês hoje - falou devorando o pedaço de pizza

Julia - não por isso, não tá feliz aqui pode se retirar -  falou

G3- fica na tua aí Júlia - deu um pedala na cabeça dela - eai Nanda, gato comeu tua língua foi ? - pronto aí eu não abri a boca mesmo e ainda quase engasguei com a pizza

Mayara -  Não comeu, mais eu sei que tem um gato o qual ela queria mesmo que comesse, mais não a Língua - gastou com a minha cara e eu chutei ela por baixo da mesa - aí me chuta não, é verdade - riu mais

Nanda - Inimigo pra que né ? - enfim falei.

G3- Ih qual foi ? Tão falando de que ? - G3 mais perdido que tudo porque oque tem de gostoso tem de lerdo.

Julia - ainda bem que tu é bonito meu filho porque porra, tu é burro demais - Júlia falou

Terminamos de comer eles foram pra sala escolher um filme e eu fiquei guardando a louça, G3 entrou na cozinha

G3 - o nanda, tem pipoca aí não ? - falou abrindo os armários

Nanda - tá de ronda ou veio acabar com a minha dispensa G3? - falei rindo pegando a pipoca

G3- Oloco, negando comida Fernanda. - fez cara de pena

Nanda - Já te alimentei, tu é abusado demais, a gente da a mão cê quer o braço - coloquei a pipoca no microondas

G3- quero o braço não, quero outra coisa - falou baixinho quase num sussurro, mais numa altura suficiente pra que eu escutasse, olhei pra cara dele não crendo no que tinha ouvido

Nanda - que tu falou aí ?

G3- falei nada, tá doidona ? - deu um pedala na minha cabeça - já escolhemos o filme adianta essa pipoca ai - falou saiu da cozinha

Não tô louca eu ouvi o que ele disse, tá gastando com a minha cara num é possível, nunca me deu moral e agora me notou?

A filha do chefe Where stories live. Discover now