Cap - 6

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Peguei a bebida pras meninas e voltei pra mesa, fiquei tranquilo olhando tudo e bebendo minha ceva. Passou umas horas, o que era um pagode já tinha virado baile, o funk rolava solto e as mina se acabando de jogar. Nunca fui de ficar com graça com a mina aqui do morro, pra mim nenhuma tem conteúdo então não me serve de nada. Mais claro que como homem tenho minhas necessidades, mais pra isso eu tenho quem me satisfaz, mais é aquilo, tudo no sigilo, não devo pra ninguém mais não quero meu nome em página de fofoca do morro.

Tava lá olhando as mina dançar até notar que tinha uma doida que se destacava. Maldita. Essa Fernanda tá de parabéns, cada dia mais gostosa e vou te falar ? Se não fosse a minha consideração pelo Ph eu já tinha chegado.

- tá moscando aí sozinho porque ? - Júlia encostou do meu lado.
- tô só observando - tomei um gole da cerveja com os olhos ainda grudados na Fernanda, era involuntário.
- mais um pouco a mina cai desidratada de tanto que você tá secando - dispersei e encarei a Júlia
- tá viajando? Falando de que ? - fiz o jão sem braço
- não sou cega e nem besta, tá ai secando a Maria Fernanda - riu pegando minha cerveja e virando de uma vez. - chega nela pô
- tá vendo coisa onde não tem já - falei voltando a olhar pra Fernanda - Teu irmão é amarradão na mina e eu vou chegar na mina ? Sou talarico não Júlia, respeita eu.
- Já falei pro Ph que ele ali não tem chances mais o besta não desencana, a mona é cega por um doido ai - falou rindo e me encarando com um tom irônico
- osh se o Ph não tem chance porque ela curte outro mano porque tá me mandando chegar na mina ? - falei encarando ela de volta, a diaba piscou pra mim e saiu rindo

Fiquei uns 10 ali matutando no que a Júlia falou até me ligar
- porque o mano sou eu - pensei alto, sorri sozinho arrumei a peita, os cordão, e fui em direção onde elas estavam dançando.

- Desde quando tu dança Giovanni ? - Júlia me olhou rindo
- Desde quando tu sabe da minha vida Júlia ? - devolvi a alfinetada - e tu chama isso aí de dançar ? - comecei a imitar a Júlia balançando a bunda
- Todo duro - Maria Fernanda falou rindo
- Me ensina então pô - falei perto do ouvido dela por conta do som
- Vem - puxou minha mão, se colocou na minha frente e começou a jogar
- Olha e aprende - piscou pra mim

A maldita jogava na minha frente, a princípio achei que ela tava me zoando na inocência mesmo, depois peguei a maldade dela quando a mesma começou a dançar perto demais, sarrando em mim. Fiquei tranquilão, a visão de onde eu tava era privilégiada. Aquela bunda enorme da Maria Fernanda se esfregava em mim.

Nanda

Tava mais pra lá do que pra cá, a desculpa da bebida era ótima pra eu chegar no G3 sem morrer de vergonha logo em seguida. Estava dançando na frente dele, vez ou outra o provocava me esfregando nele.
- Vou buscar bebida vocês querem ? - May falou
- Uma beats amiga - falei
- Ceva - G3 falou
- Duas cevas miga - Júlia disse

Mayara saiu indo buscar mais bebida e eu continuei lá com eles, Mayara voltou e eu sem pensar duas vezes abri minha beats e a virei de uma vez

- O doida vai ficar ruim aí - G3 falou rindo perto do meu ouvido
- Tu cuida de mim ? - perguntei no ouvido dele com uma voz manhosa
- Maria Fernanda.. te controla - ele falou colocando a mão na minha cintura
- Tô de boa pô - mordisquei a orelha dele e ganhei um apertão na cintura que me fez arrepiar. - Tá barulho demais aqui, vem

Peguei o G3 pela mão e sai puxando pra rua de cima da quadra, lá tinha uma viela escura quase ninguém passava ali.

- Que tu tá querendo? - falou encostando no muro quando parei de arrastar ele rua a cima
- Amanhã eu não vou lembrar disso mesmo pra sentir vergonha - Lasquei o beijo nele.

E ele correspondeu. UFA .
Puta beijo bom, calmo e intenso, sua mãe subiu pela minha nuca entrelaçando seus dedos nos meus cabelos e apertando, a outra estava na curva da minha lombar quase na minha bunda, me puxando pra ele. Eu estava praticamente com o pé fora do chão, vai ser alto assim na puta que pariu. Paramos o beijo pela falta de ar com selinhos, por mim morreria ali.

- Então tu vai ficar com vergonha amanhã se lembrar disso? - falou me encarando colocando meu cabelo atrás da orelha.
- Tá me deixando com vergonha AGORA - falei rindo
- Tava aí toda cheia de marra e atitude e agora tá ai toda derretida porque? - riu - precisa de vergonha não - me encarou durante uns segundos e me beijou de novo..

Ficaria ali horas sem nenhum problemas, o beijo dele era intenso o suficiente pra me fazer esquecer de que estávamos na viela e de que o qualquer pessoa podia passar ali e ver.

- Melhor a gente sair daqui - falou entre o beijo.
- Devem tá sentindo a nossa falta lá na quadra - parei o beijo.
- Tu quer voltar ? - falou fazendo carinho no meu rosto
- Querer não quero, mais tu sabe que.. - ele me interrompeu
- To ligado - me deu um beijo no pescoço - Ph vai pra ronda hoje, a tia tbm não tá lá em casa, tu podia dormir com a Júlia - falou destribuindo beijos no meu pescoço, já tava toda mole
- Vou vê, te aviso agora vamos descer antes que eu mude de ideia. - puxei ele pela mão

Passamos na banquinha que tinha na esquina e compramos um dogao pra mim, tinha que dar uma migué pra ter saído com o G3 .
Voltamos pra quadra e meu pai tava sentado com o pessoal na mesa

- Tava onde Maria Fernanda? - meu pai perguntou desconfiado
- É Maria Fernanda, tava onde ? - Ph perguntou olhando o G3 atrás de mim
- Osh? Tenho quantos pais agora ? - falei dando um pedala no Pedro . - tô com fome, nem só de cachaça se vive o homem - balancei o dogao mostrando - te procurei pra pegar dinheiro não te achei, G3 foi lá comigo e pagou pra mim. - sentei do lado do meu pai mordendo meu dogao.
- Pode crê - meu pai disse me olhando - toma aí G3 -jogou uma nota de 50 em cima do Giovanni.
- Se é doido patrão, 10 conto um dogao, não ia negar comida pra menina, precisa pagar nada não - falou todo sem jeito, feladaputa é lindo até sem graça.
- Chega de boiolagem aí, não quer eu pego -o Passarinho pegou a nota que tinha caído no chão e geral riu
- Vou meter o pé, cê vai Maria Fernanda ? - meu pai me perguntou levantando
- Não pai, vou pra Júlia. - olhei pra mesma que não sabia de nada mais pela minha cara ela só balançou a cabeça concordando.
- Demoro, juízo - beijo minha testa e saiu.

Terminei meu dogao e chamei a Júlia pra ir no banheiro, Mayara já tinha sumido, provavelmente sentando pra algum dos meninos da boca.
- pegou né safada ? - Júlia falou se olhando no espelho e eu só ri - pra um bom entendedor meia palavra basta.
Bárbara saiu do banheiro me fuzilando, deu um sorriso torto pra Júlia e passou pra fora.

- a Marmita aí deve tá achando que estamos falando do Pedro
- Pedro me contou do barraco dela na sua porta
- Ela acha que estamos juntos, coitada.
- Boba. Bora pra casa, tô cansadona
- Preciso passar em casa, tô sem roupa
- Se liga, quem vê tu falando nem parece que tu usa minhas roupas né Fernanda, agiliza

Demos tchau pro pessoal, Batoré era o único de carro então nos levou pra casa. Entramos e eu me joguei no sofá
- Tu vai dormir no meu quarto ou no do G3 ? - Júlia perguntou fazendo cara de safada

- No meu - G3 passou pela porta falando .
- Hmmmmmm, tá bom querido - saiu rindo - boa noite crianças, não façam muito barulho - mandou beijos pelo ar
- Amiga preciso de um pijama - levantei indo atrás dela até sentir alguém me puxar
- Pra que tu quer pijama ? - me prensou não parede beijando meu pescoço
- Giovanni.. - falei manhosa enquanto me derretia com ele beijando todo meu pescoço.
- Diz - falou entre os beijos
- Preciso contar uma coisa - ele parou e me olhou - eu..

Tava azul de vergonha de dizer que eu era virgem. Puta que pariu.

- Fala nanda - me encarava com um ponto de interrogação bem grande na testa

A filha do chefe Onde as histórias ganham vida. Descobre agora