Cap - 5

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Deixei meu pai em frente e a boca, nos despedimos e quando eu estava ligando o carro pra voltar pra casa meu celular começa a apitar desesperadamente.

WhatsApp ON

G3 😋 - Nanda ?
G3 😋 - Responde carai
G3 😋 - Maldita tem celular pra enfeite
G3 😋 - (áudio) " Preciso levar um lero contigo jáé?! Me avisa quando estiver na tua casa Quando resolver me responder"
Nanda - Tá tirando o pai da forca fi ?
G3 😋 - Isso, gasta mesmo com a minha cara, querendo levar um papo sério contigo e você aí achando que tá no playgroud.
Nanda - desembucha então
G3 😋 - tá na sua casa ?
Nanda - ainda não, mais tô chegando
G3 😋 - fmz tô te esperando.

WhatsApp OFF

Liguei o carro e tava descendo pra casa, quando desci a rua já vi o G3 encostado na moto parado na minha calçada. Desci do carro e fui abrindo o portão

- Entra aí - falei e o mesmo entrou se jogando no sofá. - já tá se sentindo em casa pelo que tô vendo, então agora desembucha
- Ph me falou que o japa tava com uns papo torto contigo, procede ?
- Hnm - Ph linguarudo da porra - eai ?
- Ph também te falou que deram o nome dele como um dos que tá vazando informações daqui né não?
- Vai direto ao ponto, até agora não me falou nenhuma novidade. - tava impaciente.
- Eu tenho um plano. - falou se ajeitando no sofá e tomando postura. - confia ?
- Em tu ? - ri - mais ou menos
- Tu leva muito na zoeira - coçou a cabeça - curto isso não
- Confio, agora resume . - sentei do lado dele
- Japa nem desconfia que tu sabe desses assunto, tem que manter assim. Não me entenda mal, mais por tu ser mulher, única filha do chefe ele vai te subestimar. - concordei com a cabeça - tu vai manter a linha sonsa, vai dar ouvidos pra ele, fingir que faz o que ele pede ... - cortei
- Ele vai soltar o plano e eu vou ser o passo que vocês vão ter a frente dele
- exatamente, agora entra a parte que tu vai ter que confiar em mim. - deu uma pausa - ninguém além de nós dois e no máximo o Ph vai pode saber disso.
- Ph não. - falei seria
- Como não ? - falou confuso
- Ph é mais Maria fifi que tudo, falei o bagulho pra ele e ele já foi soltar pra você, não segura a Língua na boca.
- Pode crê - falou pensando. - Japa sabe que ele não me desce muito, pra ele não desconfiar tu vai ter que se manter longe. Quando nois precisar conversar só pessoalmente, e escondido o cara é um gênio, grampeia celular de olho fechado.
- Sabe que nada passa batido por aqui, tem sempre alguém pra caguetar .
- Tu vive lá em casa, ninguém vai desconfiar. - concordei com a cabeça - Jáé então, qualquer coisa tu sabe onde eu to só bater um rádio - jogou um celular pra mim - descartável, então não dá mole e não deixa ninguém ver não, o meu número é o único que tá salvo aí. - deu um beijo no topo da minha cabeça e saiu.

- SEMANAS DEPOIS -

G3

Pagode rolando solto, eu tava tranquilo com uma loira na mão, desde a minha conversa com a Maria Fernanda tento me manter o mais próximo possível de tudo que acontece na boca. Se o patrão espirra eu tô lá pra assoar. Gratidão a ele sempre vai ter, praticamente me criou quando moleque e me deu trampo quando eu não tinha nada. Mais tô fazendo isso não só por gratidão, não curto trairagem, é esse japonês aí cresce o zoi no patrão desde sempre, não é possível que ninguém veja, só eu .

Nasci na comunidade mais fui embora daqui quando tinha 6 anos. Minha mãe saiu daqui corrida por que meu pai era alcoólatra e toda vez que bebia batia na coroa. Pouco tempo depois o desgraçado morreu. Aqui se faz aqui se paga. Fiquei em Sampa até os 10 anos e depois voltamos pra cá, a vida não era fácil, minha coroa não tinha estudo então a gente vivia com o que ela conseguia nas faxina. Com 13 eu comecei a trampar, fui bater no portão do Vilão pra pedir um trampo, ele riu de mim. Mais eu que não aceito não como resposta infernizei, vilão me deixo de aviãozinho com uma condição, eu não podia larga a escola. Recebi meu primeiro salário e cheguei em casa cheio de sacola. Minha coroa não concordava muito com a ideia não mais sabia que era necessário. Com 17 perdi minha coroa. Bala perdida. Invadiram e ela tava subindo o morro voltando do trampo, covardes. Tenho sangue no olho de pegar aquele arrombado do Alemão. Mt, Matheus Antônio Duarte. Verdadeiro pau no cu. Filho do Dono do alemão ele se acha o bandido, mais matou minha mãe mirando o tiro em um dos moleque, o rapa não sabe nem segurar uma arma direito, só tá lá pra cumprir protocolo, se um dia o alemão depender daquele lá, qualquer um invade e toma conta.

Acordei dos meus pensamentos com o celular apitando, aquele celular.
Mensagem da Nanda

SMS ON

Nanda - Japa tá sumido tem uns 2 dias, tá estranho.
G3 - O que conversaram pela última vez?
Nanda - ele disse que tava tudo certo pra tirar meu pai daqui quando ele quisesse que só faltava eu convencer, que ele ia pra BH resolver as últimas e voltava no dia seguinte. Mando msg e o cuzao não me responde.
G3 - falou com o patrão ?
Nanda - Não quer de Jeito nenhum, mais dou meu jeito. Acho que tá na hora de envolver mais gente, isso tá me cheirando a emboscada e eu e você sozinho não vamos dar conta.
G3 - vou trocar uma ideia com o Batoré, fica sussa. Mais aí, como cê tá ?
Nanda - tensa mais tá tranquilo, vou descer pra quadra bjo.

SMS OFF

Guardei o celular e fui perto da rapaziada, era sexta, aniversário do batoré e os moleque tava entornando desde mais cedo. Estávamos lá na maior resenha quando do nada o Ph vira uma estátua olhando pra entrada da quadra. Quando olhei entendi o motivo. Maria Fernanda tava lá toda bonitona entrando com a May e a Júlia. A mina sabia chamar atenção, na verdade não precisava de muito, aquela ali deve ser linda até dormindo babando.

- eai ph quer um rodo não ? - me olhou sem entender - pra puxar toda essa babá que tá escorrendo ?
Os moleque riam e ele fecho a cara.
Pedro Henrique é paradão na da Nanda desde sempre e de um tempo pra cá comecei a entender porque, a mina era firmeza, fora que é toda bonitona. Mais como eu não ia atravessar meu primo fingia de cego.

- Oi amores - May falou sentando do lado do Ph, essa aí é Maria fuzil, o simples fato de trabalhar na boca faz ela se jogar no seu colo e nem de maior essa porra é.
- Tão bebendo oque ? - Nanda perguntou sentando entre eu e o Ph e a Júlia do meu outro lado.
- Pergunta em Fernanda? Desde quando eu bebo outra coisa além de Wiske. - Batoré bagunçou o cabelo dela.
- Queria uma beats, tem não ? - Júlia falou cruzando os braços
- Tu não quer nada Julia, não depois daquele pt fudido que vc deu, vou cuidar de nega hoje não, quero beber e curtir em paz - Fernanda falou e Júlia fechou a cara
- Bora beber e curtir comigo Nanda - Ph passou o braço em volta do ombro dela.
- Corta a intimidade que você acha que tem com ela viu Pedro Henrique, te coloco no teu lugar em dois tempo. - patrão falou encostando atrás deles e o Ph quase deu um pulo, geral riu.
- Vou buscar uma ceva, vocês querem ? - perguntei pra Júlia e Nanda.
- Eu quero G3- Mayara alisou meu braço
- Rg por favor? - geral riu - Pra você tem toddynho e Yakut Mayara, já começa que aqui nem era lugar pra tu estar.
- Todo paizão ele, eu hein - revirou os olhos
- Beeeats - Júlia gritou e a Nanda fez um 2 com a mão.

A filha do chefe Where stories live. Discover now