Cap 17

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Joca

Cai deitado do lado da Nanda e caralho, tô moído. Ela puxou o lençol e se cobriu e eu a puxei pro meu peito.

- Não era pra rolar - ela falou afundando o rosto no meu pescoço.
- Não era, mais tu se arrepende. - perguntei tirando o rosto dela dali a fazendo me olhar.
- Não me arrependo, foi bom - silêncio - foi ótimo na verdade, mais a gente - ela tava cheia de vergonha e eu interrompi.
- Se tu gostou não tem porque tá assim, tem primo casado por aí, quem nunca deu uns beijos em primo atire a primeira pedra- falei tentando quebrar o climão
- A gente não deu uns beijo Joca, a gente transou - sentou na cama me olhando.
- Tu não parecia tá ligando pra isso enquanto tava me pedindo pra foder você - metralhei pra fora, ah mano a mina me da depois se arrepende.
- Um verdadeiro imbecil você né João Carlos, IMBECIL - falou se levantando e se enrolando no lençol indo pro banheiro.

Puta merda em, Maria Fernanda é foda. Levantei da cama só coloquei a cueca e fui atrás dela no banheiro.

- Cê corta o clima mano - falei entrando - Porra a gente acabou de transar, uma PUTA foda e você vem com esse papo de arrependida Nanda ? Te forcei não. - Ela soltou o lençol no chão e ligou o chuveiro - Não da pra conversa com você pelada na minha frente não. - cocei a nuca
- Você fala comigo como se eu fosse as Maria fuzil aí do morro que você pega João Carlos, não sou não - falou puta de dentro do Box . - Eu não tô arrependida só tô falando que não era pra ter rolado.
- Desencana disso Nanda, idai que nois é primo? Errado seria se a gente fosse irmão. - Ela me fuzilou
- Sai do banheiro, quero tomar meu banho em paz e ir pra minha casa. - ela falou cruzando os braços e os peitos saltaram.
- Ce não vai pra lugar nenhum não tá louca? Já viu que horas são, vai pra rua agora não. - falei tentando ignorar os peitos dela me chamando.
- Você não manda em mim João Carlos, some daqui que eu quero tomar banho ! - gritou e eu não aguentei, entrei dentro do Box e prensei ela na parede do banheiro pegando ela pelo pescoço, mais não pra machucar .
- Seguinte, vou falar só uma vez. - Ela me encarava e meu corpo colado no dela me denunciou quando meu pau começou a dar vida. - tu não vai pra lugar nenhum, e sossega aí, acabou com essa sua marra em dois tempo ! - Ela me encarou, descruzou os braços, pegou no meu pau e deu uma apertada.
-Acaba que eu quero ver - falou baixo com nossas bocas quase coladas. - demoníaca essa mina

Vocês já sabem o que rolou.

Ela saiu do banho e se enrolou na toalha, eu peguei uma e sai também. Paramos em frente ao espelho para escovar os dentes, aquele ser de 1,57 de altura ficou na minha frente e por um segundo viajei pensando como seria da hora ter alguém pra fechar comigo real tá ligado? Nunca tive esse bagulho de gostar de ninguém, nunca confiei em mulher. Nanda cortou minha brisa me chamando.

- Me empresta uma roupa - fez bico.
- Abre aí, vê o que tu quer - Falei apontando pro guarda roupa enquanto pegava uma cueca e vestia. Ela pegou uma blusa minha e colocou sua calcinha e se jogou na cama, logo me deitei do lado dela.

- Desculpa meu leve surto, não tô arrependida, mais é estranho pra mim. - pensou mais um pouco antes de falar - Tu é meu primo Joca, não queria que as coisas entre a gente ficassem estranhas por conta do que rolou. - ela falava e eu só prestava atenção sem dizer um A - Promete pra mim que não vai mudar comigo ? - fez uma cara de cão que caiu da mudança e eu só a abracei e beijei sua testa. Ela ficou ali aninhada quietinha uns minutos e então eu respondi.
- Prometo pequena, relaxa que não vai mudar nada não - Tava mentindo tanto pra ela quanto pra mim mesmo.
Pegamos no sono abraçados.

Nanda

Acordei ainda abraçada com o Joca, aquele perfume dele era uma delícia, tirei o braço dele que me segurava com cuidado pra ele não acordar, peguei meu celular e vi que eram 10:40. Fui no banheiro fiz minhas higienes e me olhei no espelho. PUTA QUE PARIU. Olhei minha bunda a tinha vários roxo, meu pulso as marcas do cinto que me segurava ontem, no meu peito havia um chupão imenso e extremamente roxo. Sai do banheiro e me joguei na cama em cima do Joca

- Porra tu é pequena mais é pesada Nanda - reclamou esfregando os olhos e me jogando pra fora da cama.
- Olha isso aqui, me fala como que eu vou tompar essas porra João Carlos ! - falei alto, ele me olhou e começou a rir
- Ficou nervosão o chupão né ? Sabia que ia marcar - falava sentindo o maior orgulho do trabalho feito. - Pra vagabundo ver que já passaram por aí e que não é de qualquer um, tem dono. - Pera, "tem dono" foi isso mesmo que ele falou?

- Dono? - fiz a sonsa
- Ou não tem ? - me olhou arqueando a sobrancelha
- Dono não. - o encarei
- Jáé, sai transando com qualquer um então- falou levantando da cama - acabou de dormi comigo e já tá falando que outro vai passar aí
- Não falei que ninguém vai passar em lugar nenhum não - ele me irrita facilmente- só tô dizendo que você não é meu dono
- Certo Nanda. Sou teu brinquedo, quando não tiver nada interessante tu vem pra mim - falou com desdém- melhorou muito.
- Você tá se escutando? Quando não tiver nada interessante ? Tá achando que eu já dei pro morro todo garoto??? Só pode né ! - ele me olhava como se eu tivesse falando merda estalou a boca e entrou no banheiro. - Pra sua informação João Carlos isso não aconteceu! - ele continuava cagando pra mim - até porque você foi a segunda pessoa que eu transei na vida - escapou pela raiva do momento.

- COMO QUE É ? - virou me olhando e ficou assim por minutos sem ninguém dizer um A- esqueceu como fala Fernanda ? Tava me azucrinando ainda agora e agora não quer mais falar ?
- Falar o que não tem nada pra falar. - falei deixando pra lá e recolhendo a bagunça espalhada pelo quarto.
- Não é possível, cê toda foguenta do jeito que é falar pra mim que eu sou o segundo? Querendo me iludir Nanda ? - riu - Quem que tiro então ? - Super invasivo? Até demais.
- Osh, é meu pai? - brinquei - Te interessa não, e sim, é verdade. Que eu sou pra frente eu não nego, mais não saio distribuindo pra geral, me respeita cacete - soquei o braço dele
- Quando que foi?
- quando foi o que João Carlos ? Eu hein, da paz - ele puxou meu braço me fazendo virar pra ele
- É recente né ? - me calei e ele entendeu - Quando e quem ?
- Você é tóxico, a gente fica uma vez e você acha que manda em mim e tem que saber da minha vida, vai caçar um terreno pra carpi ow- me soltei dele brincando, mais na verdade eu tava era nervosa com esse assunto.
- Quero saber, não porque nois ficou, porque se tivesse sido antes eu também iria querer saber . - ele parou encostado na porta não me deixando passar - Tu sempre me contou as parada e agora vai esconder ? Quem tá mudando comigo é você . - eu puxei o ar e soltei fortemente e quando eu ia falar ele me cortou - pera aí, aquele dia... - falou me olhando como se recordasse de algo - aqui em casa Nanda ? - eu gelei - o G3 ?

Fiquei muda, o filha dá puta ligou os pontos, eu tenho que aprender a controlar a minha língua.

- Cês tão junto ?- coçou a barba .
- Não
- Mente não mano, tô falando contigo na moralzinha.
- E eu não tô mentindo, não estamos. Aquele dia você mesmo ouviu a Mayara gastando com a minha cara que eu não tinha moral de contar pra ele - ele balançou a cabeça e pensou mais um pouco
- Quando que foi ? - cruzou os braços
- Pra que importa, chega desse assunto. - tentei sair mais o embuste não me dava passagem
- Quanto antes você desembuchar, antes acaba o assunto.
- Aquele dia , foi naquele dia ! - gritei impaciente. - No quarto aqui do lado, que mais quer saber ? O dia, lugar, com quem, vai me pergunta a marca da camisinha ? Porra me dá licença que eu quero sair daqui. - queria chorar não sei porque.
- Mayara gastou com a tua cara que tu não conseguia chegar no cara e falar que você curtia ele, eai pra provar que não tu deu pro cara ? - meus olhos ardiam pela enorme vontade de chorar. - No mesmo dia - negou com a cabeça.

Joca saiu da frente da porta e eu sai e fui pra cozinha correndo. Sentei e fiquei encarando o nada, um arrependimento me bateu quando tocamos no assunto. Eu gostei, foi com uma pessoa que eu gosto, ele me tratou bem, foi bom. Mais eu não sei porque tava me sentindo assim.

Joca

Não queria ter pesado na da Nanda, mais saber que ela tinha perdido pro G3 aqui em casa, debaixo do meu nariz me deixou pistola. Sempre fiz de tudo pra proteger a mina e dei um mole desses.

Troquei de roupa e desci, ela tava lá sentada na cozinha, rosto tava vermelho e molhado. Partiu meu coração, a mina tava chorando e pior, a culpa era minha. Quando a gente era criança e a Nanda começava a chorar eu sempre dava um jeito de fazer ela rir, me agoniava ver ela assim, e me fez me sentir um merda saber que dessa ela tava chorando e eu que tinha feito isso com ela.

Me aproximei da mesa, pensei em dizer algo mais nada saia
- Tô indo pra boca - cocei a barba. - vou pedir pra um dos moleque trazer café pra tu. - tirei uma chave de dentro da gaveta do armário e joguei na mesa pra ela. - tranca aí quando sair.

Ela só balançou a cabeça sem me olhar, eu sai de lá bolado e fui pra boca.

A filha do chefe Onde as histórias ganham vida. Descobre agora