Cap-4

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Aquela conversa com o Fabrício ainda não me desceu. Ele acha que eu nasci ontem.

Papai já tinha voltado pra casa e eu estava fazendo o prato dele enquanto ele estava na sala assistindo tv

- Almoço patrão, come aí que eu vou buscar seu remédio. - falei entregando o prato pro meu pai
- Vou morrer com isso não né ? - falou garfando a comida - Sua vó tem que voltar logo.
- Tá desmerecendo minha comida Wallace ? Morre de fome aí então - falei fingindo estar ofendida
- Wallace, Maria Fernanda ? Se situa garota. - falou de boca cheia - até que tá comivel.
- Pai preciso levar um papo com você sobre o tio japa. - falei sentando do lado dele o mesmo só acentiu e continuou devorando a comida.
- Ele veio com uma conversa de .. - fui interrompida pelo batoré entrando em casa com o Ph
- Fala patrão, vim adiantar uns assunto aí com você - se jogou no sofá
- desenrola - meu pai falou seco.
- Mandei os laranja atrás de saber quem deu a fita pros cara do alemão saber que tava pra chegar carga. -
meu pai só balançou a cabeça - O Vitin disse que o JJ tá estranho tem uns dia já e tava sumido na hora que invadiram, apareceu horas depois, vive faltando na ronda, batemos na casa dele tá vazia, sumiu mãe sumiu irmã, todo mundo. - meu pai coçou a barba e continuou quieto.
- tem mais um nome aí patrão. - Ph falou e tomou um cutucão do batoré. - aí caralho
- qual foi Ph tá afim de perde os dedo? - falou nervoso.
- Se vai passar os bagulho passa por completo, tá me escondendo porque batoré ? Tá devendo caralho !? - meu pai falou grosso.
- Não patrão, mais sei não dessas ideia, pra mim o proceder dela não bate. - falou rodando a chave da moto no dedo - Tu não tava todo tagarela aí, desembucha então Ph
- O japa chefe. - meu pai riu e eu encarei o Ph
- tá me tirando Ph ? - riu mais - agora eu vi memo, confio minha vida nesse cara e tu que nasceu ontem sabe nem pegar em arma querendo acusar meu irmão? Mete o pe que o recreio acabou e você batoré fica na atividade. - os dois iam saindo e eu fui atrás
- Pedro.. - chamei
- Qual foi ? - chegou perto de mim
- Qual a chance de ter sido mesmo o Japa ? - falei baixo pro batoré não me ouvir
- Te mete não Nanda, não é assunto pra você. - falou indo embora mais segurei o braço dele.
- Me escuta Pedro Henrique, ontem o Fabrício veio com uns papo estranho de ir com meu pai pra BH que isso não era vida pra ele que aqui ele tomava conta. Tipo querendo tomar o morro e hoje você fala que a fita foi dada por ele ? Tu não acha estranho não ? - Ph me olhou quando ia falar o batoré gritou .
- Agiliza caralho ! Namora depois . - buzinando
- Vou pra Boca Agora, umas 21hrs eu encosto aqui pra você me explicar isso direito. - deu um beijo na minha testa e saiu.

Olhei pra esquina de casa e a Bárbara tava lá, ih caralho tô cheia de problemas e agora ainda vou ter que aguentar a Bárbara me gastando por ter me visto com o Ph.

Os dois ficaram uns 3 anos juntos, Ph morria de amor por ela, mais a mina quando é marmita, não tem jeito. A gota d'água foi o Ph ter visto ela arrastando um dos mlk da boca pra dentro do barraco que os dois moravam. Ela vivia apanhando do padrasto, Ph tirou ela de casa e levou pra ficar com ele e a mina ainda faz isso? Pra mim a Bárbara e merda são iguais.

- Se quer minha baba fala, abre a boca que eu cuspo dentro. - falou descendo e parando na minha calçada
- Quero buxixo na frente da minha casa não Bárbara, caça seu rumo. - falei fechando o portão, mais ela colocou o pé antes
- Tu abre o olho comigo Maria Fernanda, rela no Ph e eu afundo sua cara na água fervente. - apontou o dedo na minha cara.
Entortei o dedo dela quase quebrando e fui empurrando ela pro meio da rua.
- Primeiro: abaixa o tom pra falar comigo, eu acho que você tá perdendo o medo já então vou te lembrar onde é o seu lugar. Segundo: se eu quiser não só relo no Ph como faço o que eu bem quiser porque ele vai querer em dobro .- empurrei ela no chão - Agora rala da minha porta!

Entrei pra casa e meu pai tava da janela olhando tudo.
- Tá pegando o Ph então Maria Fernanda ? - me olhou torto
- Eu não, mais deixa ela achar - falei rindo
- Quero bagunça na minha porta não em, tá dado o papo, agr bate o rádio pra alguém me levar lá na boca ou me da a chave do carro aí - falou pegando a glock e colocando na cintura e jogando a camisa no ombro
- vamos que eu te levo - peguei a chave do carro e subimos.

A filha do chefe Onde as histórias ganham vida. Descobre agora