Cap 35

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Sabrina


Cheguei no Jessé com o Gui, pegamos uma mesa na calçada mesmo, tava bem quente hoje. Ficamos conversando enquanto a Nanda não chegava, tinha algumas pessoas por ali e o fluxo foi aumentando conforme foi entardecendo.

- Fala vadias - nanda chegou e deu um beijo no gui e um na minha cabeça - me conta direito essa historia de Barbara.

- Ah miga, eu e o cobra já não estavamos bem, eu ja tava sentindo ele distante sabia que tinha coisa ai -suspirei tomando um gole da minha cerveja.

- E tu não fez nada ? - nanda perguntou enquanto se servia

- Miga nao vou plantar barraco por causa de macho, quem fez feio foi ele. - o coração tava doendo mais eu não ia deixar aparecer, não é porque eu moro na favela que eu me comporto como favelada. - E outra, esse morro o que não falta é homem bonito, por falar em homem dona do arem, me conta o que te aflinge - ri

- Cansada do Joca e mais ainda do G3 - deu um gole na cerveja - vou virar lesbica

- Por falar em lesbica tem visto a Gabi ? - Gui perguntou

- Só aquele dia depois nunca mais, a garota sumiu, tu não tem o número dela pra me passar não ? - fez cara de safada pro gui
- Aí que vadia bissexual - gui falou é nós rimos

Ficamos conversando mais um pouco e rindo até o Gui cortar o assunto do nada
- Não olha agora mais a aguada ta vindo pra cá - foi a mesma coisa de pedir Pra olhar, virei com tudo e dei de cara com a nojenta da Bárbara.
- Oi mores - o gui respondeu a Nanda ignorou e eu sorri falsa - A gente pode sentar com vocês Sah?
- Tem mesa vazia logo ali Bárbara- a Nanda logo respondeu - E mesmo que não tivesse, a Sabrina pode ter essa essência de lady, mas eu não então pia daqui
- Tá falando de que garota ?- ela perguntou se fazendo de sonsa e eu estava respirando fundo e quieta pq se eu falasse a minha classe ia pro inferno junto com aquele rostinho bonito dela.

- Só sai daqui antes que eu raspe a sua cabeça - gui falou

- Ninguem chamou a poc pro debate então silencio - pronto guilherme voou em cima da da barbara e o quebra pau comeu.

olhei pra nanda e ela apenas ria da surra que ela tava levando entao eu dei um toque pra ela

- Amiga, chega - ela sacou a arma e deu um tiro pra cima.

- Acabou a putaria, rala barbara vai ! - a vaca saiu com o rabo entre as pernas.

olhei pro outro lado da rua e o Cobra vinha acompanhado do G3 e do Batoré, meu estomago até embrulhou.

-Qual foi do buxixo ? - Batore perguntou

- Aquela Raxa aguada, não sei o que certos veem naquela nojenta - gui falou olhando pro cobra e ele logo ganhou a fita e veio sentar do meu lado

O pessoal continuou conversando e eu mais muda que nunca, cobra chegou perto de mim e falou

- Vamo troca uma ideia vida - colocou a mao na minha coxa e eu a tirei de la

- Sabe que não tem conversa, nem precisa explicar, só vamos ficar de boa um com o outro e solteiros. - bebi o resto da minha cerveja e continuei o pessoal conversando sobre um assunto aleatorio

- Pra que isso ? - falou como se fosse exagero

- Por favor, eu não quero mais, tu pelo jeito tambem não entao só vamos simplificar pra geral ok ? to com odio nao, mais nao quero graça tambem. - levantei da mesa - Vou pra casa que ta ficando tarde

- Bora que eu vou te levar - Cobra ia levantando quando eu cortei

- Precisa não que o Batoré vai me levar. - ele me olhou sem entender nada mais levantou da mesa e veio comigo.

Fomos até em casa em silencio, quando cheguei no portão ele disparou .

- Te conheço desde menor, nunca te vi tão calada igual hoje, ja tava achando estranho ai tu negou o Cobra de te trazer? Cês largou ou só ta fazendo doce ? - ele sentou no meio fio e eu sentei do lado dele

- Longa historia, mais enfim - respirei fundo - largamos sim

- Porra.. - ele coçou a cabeça - que fita, mais ae precisar de alguma coisa só falar que tamo ai

- Obrigada Pablo - dei um abraço nele, seu perfume era tão gostoso e por um segundo me desprendi de tudo e fiquei ali naquele abraço e senti uma lagrima rola.

- Pô, chora não cara, tu é lindona, responsa vai achar alguem ai - ele secou meu rosto

- Não sei se quero me expor a ser traida e usada dessa forma, to me sentindo um lixo serio. Nunca namorei e tu sabe disso, sempre morri de amores pelo cobra, desde antes do tráfico, antes dele ser o Cobra quando ele era só o Luiz Felipe sabe ? - Batoré me ouviu desabafar por alguns minutos, chorei sentada com ele na calçada, ele passou o braço no meu ombro me abraçando e ficamos assim por alguns minutos até o farol de uma moto bater no meu rosto.

- Talaricagem com parceiro Batoré ? - G3 desligou a moto na nossa frente

- Ajudar a mina que o cara chifrou e não deu valor não é talaricar, é ser mais homem do que ele foi. Desculpa as palavras Sah - ele tirou o braço dos meus ombros levantou e estendeu a mão pra me ajudar

- Hum, jaé - G3 deu um cap na mao dele - Vamos ai, teu dia de turno e ja ta atrasado.

- Vou lá mais cê ta ligada, qualquer coisa bate um radio - beijou minha cabeça e saiu .

Eu entrei tomei um banho troquei de roupa peguei meu celular e abri a galeria, várias fotos nossas, foram apagadas uma a uma e antes de deletadas um flashback de cada um daqueles momentos passou pela minha cabeça, logo peguei no sono perdida nos pensamentos e tentativas de justificar a atitude do Luiz.

A filha do chefe Where stories live. Discover now