Cap 23

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Júlia
Rasgou o meu peito ouvir ele falar aquilo. Mais realmente ele nunca mentiu pra mim, se tem uma coisa que o Joca sempre foi, era ser sincero comigo, ele impôs as condições dele e eu aceitei. Ficaríamos sem compromisso e sempre foi assim.

- Eu sei - afundei o rosto nas mãos - desculpa, mais você sabe que eu curto você, sabe que por mim não seria assim, não quero forçar nada, mais poxa me entende.
- Ju eu tento me colocar no teu lugar mais é complicado, eu nunca senti isso aí tá ligado? - Joca era fechado demais pra se apaixonar por alguém, aquele coração era blindado.
- Tá bom.. desculpa João, não quero que fique esse clima com a gente, muito menos hoje. - sequei meu rosto e olhei pra ele - você vai ?
- Vou pô, vou pra casa arrumar as coisas e pegar a nanda, quer que eu te busque? - a Nanda, sei que somos amigas mais eu não tava engolindo aquela história da lavanderia.
- Não precisa, vou com o Ph - falei seca.
- Jaé, deixa eu adiantar então, vou atrás de um rango lá na pousada da marcinha. - deu um beijo na minha cabeça e saiu.

Bom, já que ele insiste em dizer que não temos nada, não temos. Joca vai levar o maior gelo da vida dele e eu quero ver ele não sentir minha falta !

Peguei o celular e passei uma mensagem pro batoré.

WhatsApp On

Júlia - Ei preto ?
Batoré - Fala aí
Júlia - Tu vai com a gente pra Niterói né ?
Batoré - vou
Desembucha Júlia, tu não me procura sem motivo.
Júlia - Passa aqui pra me pegar
Batoré - Joca não vai passar aí ?
Júlia - Disse que ia com você
Batoré - e você dispensa o Joca desde quando ?
Júlia - desde quando eu quero ir contigo 😏
Passa aqui preto.. nunca te peço nada
Batoré - Sabe que vai sair caro esse teu favor 😈
Júlia - A gente resolve isso mais tarde, garanto que te pago certinho 😉

Fechei a conversa e fui arrumar minhas coisas.

G3

Tava bolado com isso de não poder ir com a Nanda pra Niterói, mais não dava pra negar pro patrão. Tô curtindo ficar com ela, porra depois do baile fizemos um menagê nervoso em uma das casas do pai da Nanda, aquela que tava lá não era nem de longe a Maria Fernanda que tava com medo de perde pra mim, a mina virou outra, quem vê aquele rostinho não diz que ela faz um terço do que fizemos.

Resolvi uns bagulho na boca tava saindo pra comprar uma ceva pra mim é uma pro batoré quando dei de cara com a Nanda entrando.

- Tu por aqui hoje ? - dei um selinho nela
- Não é só porque o morro vai ser meu que eu faço corpo mole - me abriu um sorriso - fiquei sabendo que tem mercadoria pra chegar agora a tarde, então antes de sair vou deixar tudo no jeito.
- A patroa aí não brinca em serviço G3, entrou ontem e já trampa melhor que nois que cresceu aqui- batoré falou rindo entregando a prancheta pra Nanda.
- Quem vai descer pra receber comigo ? - falou com a prancheta na mão enquanto caçava alguma coisa na gaveta do pai dela. - Achei - falou tirando um cordão com as letras MF no pingente.
- Que isso aí ? - batoré perguntou
- To atrás tem dias, não tava lá em casa então tinha certeza que ia tá aqui - jogou na mão do batoré - meu pai usava quando era menor, depois deixou de usar não sei porque. Mais então agora é meu
- Dahora, MF - batoré riu - teu vulgo pô
- É.. - a nanda falou pensativa - tem que tá vendo. Mais adianta batoré, vou descer sozinha não . - ajeitou a pistola na cintura cobriu com a camiseta, colocou o cordão no pescoço e tava saindo, esperei o batore sair fora e puxei ela pra sala de volta.

- que foi doido - entrou rindo
- Tu
- o que tem eu ?
- Toda marrentona - prensei o corpo dela na parede - trampando na boca, querendo andar com o cano na cintura - ri - cordão - puxei o mesmo brincando - até vulgo agora tu quer
- E o que tem - ela ria
- Vou namorar traficante não Maria Fernanda - beijei o pescoço dela e ela riu mais
- E você vai me namorar Giovanni ? - me encarou rindo
- Sou pra casar pô, sou os nego que tu pega na rua não - me fiz de ofendido
- Vai ser fiel de traficante então- ela riu
- Jaé - fui beijar ela, mais a mesma desviou- qual foi ? - não entendi
- Aqui não dá, tu sabe - parecia nervosa
- Ce vai viajar vou ficar na maior saudade e tu me nega um beijo Nanda - mordi a orelha dela
- Giovanni... - falava mole - Alguém vai acabar entrando
- Quero só um beijo e tu vai adiantar teu trampo - peguei o maxilar dela com força e a fiz me encarar, nossos rostos estavam extremamente perto, não teria como ela negar, então fui passando meus lábios nos dela, então finalmente beijei. Ainda com o corpo dela prensado na parede passei a mão na parte posterior da coxa dela e a puxei pro meu colo deixando ela da minha altura. Ela passava de leve as unhas na minha nuca e eu já tava prevendo que aquilo não ia prestar.
Ela parou o beijo com selinhos.
- Já falei que aqui não dá - desceu do meu colo
- É realmente não dá - apontei pro colega que já tinha acordado e ela riu
- Vou descer bjo - e saiu

Dei uns 5 lá dentro pra me recompor e sai pra termina meu trampo.

A filha do chefe Where stories live. Discover now