Tudo começou com um homem chamado Julio Lucca, motivo dos seus pensamentos impuros mais secretos da jovem Aurora. Uma linda menina de dezenove anos de idade que ficou loucamente deslumbrada por esse homem assim que o vê, foram três vezes para ser ex...
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Estou sentado em uma cadeira de hospital a uma hora pensando o que poderia ter levado ela a fazer isso. Ontem ela disse que me amava, hoje faz isso? Não faz nenhum sentido. Uma enfermeira vem me dizer para ir ver ela, que já está liberada para ir para casa.
Ao entrar no quarto a vejo, de olhos fechados, fico longos minutos a olhando. E agora? Não quero ficar com raiva dela, talvez tudo aconteceu porque ela bebeu muito. Não!
Não vou inventar desculpas para ela, Aurora já não é mais uma criança, se ela queria ficar comigo, isso nunca poderia ter acontecido, é totalmente inaceitável. Com o meu filho porra? Estou extremamente desapontado com ela.
- Júlio. - Fala calma olhando para mim.
- Oi, vamos para casa. - Digo somente.
- Tá bom. - Levanta devagar e me segue.
Chegamos no meu apartamento em completo silêncio, mesmo com raiva não sou capaz de deixa-lá sozinha, então a trouxe para cá.
Ao passar pela porta deixo a chave no balcão, caminhando para o quarto, não querendo conversar.
- Júlio, por favor, vamos conversar, olha no meu rosto. - Ela me chama.
- Não Aurora! Não vem! - Digo virando para ela, fazendo sinal com o dedo para ela não se aproximar.
- Por favor, não me odeia, eu... - Ela me olha sem ter o que falar.
- Você o que? É uma inconsequente? Não consegue lidar com as coisas difíceis da vida? Você foge do que tem que fazer? É isso que queria dizer? - Falo decepcionado, parado longe dela.
- Eu sei que eu mereço isso, eu sou uma louca, eu sei! Nunca faria isso se estivesse sem álcool no meu corpo. - Fala agoniada.
- Júlio eu me sinto horrível com ele, me sito mau por mentir para o Arthur, agora me sinto mau com você, eu sinceramente estou perdendo a sanidade ficando entre vocês dois. - Ela se encosta na parede e senta no chão pondo a mão na cabeça.
- Se você acha que sou um fardo, eu retiro esse peso dos seus ombros. - Digo chateado por sentir que eu sou o problema de tudo isso.
