Tudo começou com um homem chamado Julio Lucca, motivo dos seus pensamentos impuros mais secretos da jovem Aurora. Uma linda menina de dezenove anos de idade que ficou loucamente deslumbrada por esse homem assim que o vê, foram três vezes para ser ex...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Entro no avião com Aurora que ainda está calada, com olhar perdido, eu sei que ela está sofrendo, e saber de tudo só pelo que os outros falam deve doer ainda mais, a vejo sentar e olhar pela janela, a observo, é a Aurora, mas de certa forma não é, ela está diferente, ela não deve fazer ideia do que ela é para mim, ela me olha como o homem que é pai do amigo dela, sem me reconhecer, sem ter seu brilho natural em seus olhos, ela não era assim antes, não sei explicar, meu coração se aperta, talvez tenhamos perdido a Aurora, e agora temos uma nova versão dela.
- Cheguei. - Joaquim entra no avião.
- Que ótimo, vamos voar. - Digo tirando minha atenção de Aurora.
- Oi Rora, eu sinto muito. - Joaquim diz para ela sério tocando o ombro dela com carinho, ela parece perdida olhando para ele.
- Ele é o Joaquim. - Apresento ele.
- Obrigada Joaquim. - Ela diz calma, então volta a ficar perdida olhando a janela. Joaquim me olha triste, eu assinto com cabeça concordando que é melhor deixar ela sem a incomodar.
Já faz algumas horas que estamos voando, já é noite, o avião está silencio, as luzes desligadas, todos estão dormindo, vou até o banheiro quando volto vejo Aurora de olhos abertos ainda olhando pela janela, paro e sento em uma poltrona de frente para ela.
- Era bom você dormir um pouco, amanhã vai ser um pouco cansativo. - Falo baixo, somente para ela ouvir e não acordar o Joaquim.
- Eu não consigo. - Ela fala seca.
- Tudo bem. - Entendo que ela não quer conversar.
- Você conhecia ele? - Ela pergunta depois de varios segundos que me calo.
- Sim, eu o conhecia. - Falo limpando um pouco garganta.
- Ele me amava? - Ela pergunta baixo. - Nós éramos felizes? Eu o amava? - Ela me olha finalmente, me fazendo uma pergunta que me dói responder.
- Sim, vocês se amavam, o Matteo te amou e cuidou de você, e você amava ele, eu sei disso. - Abaixo minha cabeça com a porrada que foi dizer isso, porque é mais pura verdade.