Capítulo 58 (A) O que?

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LUC/ARTHUR

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LUC/ARTHUR

Sinto meus olhos tão pesados, tento abri-los com toda força que tenho, mas eles não abrem

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Sinto meus olhos tão pesados, tento abri-los com toda força que tenho, mas eles não abrem. Escuto gente entrar e sair em passos apressados, quando escuto uma voz rouca, me chamando pelo nome. Fico ali focando naquela voz, lutando para abrir meus olhos. 

- Bom dia Rora, hoje já começou irritante, queria ver sua cara me vendo reclamar, você sempre dizia que eu era dramático, mas é drama que todos querem me irritar hoje? - Ele sorri, parece confortável falando comigo. 

Faço a maior força que já fiz na vida, abro os olhos devagar, a luz machuca, pisco algumas vezes pesadamente, tentando não fechar mais os olhos, que temiam em querer pesar. 

Olho para o teto, depois viro meu rosto devagar, olhando aquela pessoa tagarela ao meu lado. 

- Aurora! - Ele me olha com os olhos arregalados. - Você-você acordou, meu Deus! - Ele levanta e me abraça. Fico sem jeito. 

- Você está bem? Quer alguma coisa? Eu vou buscar água. - Ele não espera eu responder, mas ainda bem, estou morrendo de sede. 

- Aqui, toma. - Ele fala me olhando com os olhos marejados de lagrimas. 

- Obrigada. - Falo com a voz rouca pela garganta seca. Me sento na cama com ajuda dele, sinto meu corpo doer, não sei, de uma forma estranha, me sinto estranha. 

- Onde está o meu pai? - Pergunto enquanto ele não tira os olhos de mim.

- Ah, desculpa, sim, sim, vou chamar ele Rora, e o doutor. - Ele se levanta e sai andando apressado olhando para mim antes de cruzar a porta. 

Fico ali aqueles poucos momentos sozinha, olho ao redor, um quarto de hospital, mas já parece até um quarto, tem coisas que parecem minhas, livros, flores, fotos, me acomodo mais na cama, meu corpo dói, sinto meus músculos rígidos, o que aconteceu? Será que sofri um acidente? Será que o papai está bem? A ultima coisa que me lembro é ele me levando para escola, será que sofremos um acidente, meu deus! tomara que ele esteja bem. 

- Minha filha - Meu pai entra com lagrimas nos olhos, ele está tão emocionado que caminha devagar até onde estou, como se estivesse sem forças, ele está mais velho do que eu me lembro, mas seu olhar, é o mesmo. 

O PAI DO MEU MELHOR AMIGOWhere stories live. Discover now