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capítulo onze: drake é melhor que jacquees

d͟͟͟͞͞͞i͟͟͟͞͞͞o͟͟͟͞͞͞g͟͟͟͞͞͞o͟͟͟͞͞͞

— Diogo, como você me fala que Jacquees é melhor que o Drake?

  Pra Yasmin era o maior pecado na terra preferir as músicas do Jacquees ao invés das do Drake.

— Mesma coisa que preferir o Justin entre o The Weekend. — Neguei.

— Cê não fala mal do meu Justinho. — Ela apontou a colher de plástico pra mim.

— Desculpa, Beliber. Mas o Jacquees continua mil vezes melhor que o Drake! — Pisquei pra ela.

— Me diz uma música do Jacquees que não seja "you". Mas tem que ser da hora.

— My bizness.

  Essa foi fácil.

— Verdade, mas a coisa mais difícil é ele não ter sucessos além de cover. Ele é bom, mas não tem como comparar com o Drake!

  Yasmin piscou debochada. Por alguns segundos acabei passando os olhos em todo rosto dela, e eu não sei porquê mas não consegui desviar.

— Vai fi...

— Qual seu tipo? — Interrompi ela por lembrar da pergunta que eu tinha pensado antes mesmo da gente entrar na sorveteria.

  Eu não tinha a mínima ideia do tipo dela. Ao mesmo tempo que patricinha elegante, ela era como eu. Mas ainda mais engraçada e carismática. Por algum tempo eu penso que o estilo perfeito pra ela seria aqueles magnatas que usam sapatênis e nas horas vagas camiseta polo. Só que ela começa me fazer rir, me mostra que é alguém simples e me minha ideia muda completamente.

— Talvez alguns bad boys.— Ela deu de ombros. — Tenho queda por gente que não presta.

— É, eu realmente não faço o seu tipo.

  Yasmin riu concordando.

— Você parece ser um cara bom. E se não fosse tão bonzinho eu até te dava uns pegas.

Ela me fez rir.

— Tá solteira por isso? Por não conseguir achar um cara legal? — Perguntei tentando puxar assunto.

— Eu não tô procurando ninguém. — Deu de ombros. — Meu dedo é tão podre que eu prefiro não escolher mais ninguém, só deixar me escolherem.

— Você parece machucada.

Pude olhar parar os olhos dela sem nenhum tipo de provocação ou brincadeira. Agora estávamos falando sério.

— E quem não é hoje em dia?

Infelizmente era uma verdade. Grande parte das pessoas hoje em dia tem um bloqueio ou receio de se relacionar ou confiar nas pessoas. Eu sou bobo e por isso as pessoas tentam me machucar, mas eu nunca me importei o suficiente pra me afetar. Então eu faço parte da porcentagem que ainda acredita em sentimentos e reciprocidade. E pode soar ridículo, mas eu prefiro acreditar.

— Eu não. Nunca ninguém me machucou. — Fui sincero.

— Sorte sua. Por que, sinceramente? Eu não consigo confiar em ninguém. E não falo só em relação a ficar ou namorar, minhas amizades também. Eu tenho umas cinco pessoas ainda que eu posso contar, porém não consigo conhecer pessoas novas. Esse é o preço de ser uma gostosa intocável.

— Então não quer me conhecer?

Ela sorriu comendo uma banana do meu açaí.

— Já não estamos nos conhecendo? — Yasmin ergueu uma das sobrancelhas.

— Não sei.

— Talvez eu confie em você. E isso é estranho, mas eu vejo que você não é filho da puta.

Os olhos dela pareciam soltar raio laser já que quase me tocaram fisicamente só com um olhar.

— Pode confiar. Eu sou pobre, normalmente pessoas filhas da puta são ricas. — Brinquei pra disfarçar o climão que tinha ficado.

— Eu não vou nem tomar como indireta. Não sou rica. — Ela deu de ombros.

— Mas parece ser filha da puta.

Ela riu de novo.

— Só com quem merece.

[...]

— Boa noite! — Falei assim que a gente parou em frente do portão dela.

— Boa noite, Diogo. — Ela sorriu.

Acenei esperando que ela entrasse para que eu pudesse ir.

— Obrigada por hoje, eu tava precisando.

Assenti e ela deu as costas entrando pra dentro e quando foi fechar o portão me olhou com um sorriso grande. Essa era a coisa mais atrativa nela.

Entrei no carro e quando girei a chave quase fiquei surdo por ter esquecido que tinha deixado o som no último volume quando desliguei.

Mudei a playlist pra um som mais calmo e finalmente arranquei com o carro.

[...]

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yasmin

(drake é melhor que jacquees)

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não mesmo!

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eita meus amores.