Capítulo 5: Os olhos

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  Quando vi aquilo fiquei paralisado, não tinha dúvida que essa coisa estava tentando se comunicar por aquele caderno. Peguei o caderno, liguei o fogão e coloquei o livro em cima do fogo esperando que queimasse, mas isso não aconteceu. Fiquei uns 3 minutos esperando que o livro ficasse em chamas, mas nem as folhas mudavam de cor, não acontecia absolutamente nada.
  Rapidamente peguei um álcool que minha mãe guardava e fui para fora e fiz uma fogueira e joguei o livro dentro nela, fui pra dentro de casa e esperei queimar.
  Nesse momento chegou meu pai e falou:
  - Quero que hoje você vá dormir cedo, amanhã você tem seu 1° dia de aula na sua nova escola!
  - Tá bom! - Concordei
Simplesmente não queria ir para uma nova escola no meio do ano, mas não podia fazer nada a respeito.
  Mais tarde naquele dia fui ver se o livro tinha queimado, e por sorte, ele não estava lá, provavelmente tinha queimado. 
Quando anoiteceu acabei dormindo cedo como meu pai pediu, Terei que acordar mais cedo do que o habitual e ir caminhando pela estrada, que no começo eu não liguei, mas depois de tudo isso estar acontecendo, isso era a última coisa que eu queria.
   Acordei assustado no meio da noite com um pesadelo que tive, estava andando na floresta em uma estrada muito pequena, os matos encostavam em meus ombros, fiquei andando por um tempo até que olhei uma árvore que me chamou atenção, tinha um olho desenhado na árvore, igual o que tinha no livro, E depois disse alguém me puxou pra baixo da terra, aí acabei acordando.
   Estava ficando louco com isso tudo, não estava conseguindo dormir mais, mas depois do susto, um tempo depois acabei cochilando. No dia seguinte meu pai me acordou as 05:40 da manhã e pediu que eu me arrumasse para ir pra escola, foi difícil, mas acabei levantando e me arrumando, meu pai ia me levar até metade do caminho, ele era  trabalhador rural, e sua roça passava um pouco pelo caminho da escola, depois disso eu tinha que ir sozinho pela estrada por uns 15 minutos até chegar na pequena cidade onde estava minha escola.
  Assim como eu disse, meu pai me deixou na metade do caminho e agora era eu sozinho, graças a Deus não aconteceu nada no caminho, mas não parava de olhar pelos lados, qualquer barulho chamava minha atenção.
O dia na escola foi bem chato, mas o ambiente era até que agradável de conviver, assim que saímos da sala para o intervalo, eu continuei em minha carteira, mas assim que terminei o meu lanche um garoto que eu nunca tinha visto antes chegou em meu lado e falou:
  - Oi, você é o aluno novo? - Disse ele com uma voz bem entusiasmada - Prazer em conhecer você.
Ele estende as mãos.
  - Olá, sim sou eu! - Eu Disse com uma voz baixa.
  - Então, o que você está achando da escola?
  - Legal
Eu estava tentando cortar aquela conversa o mais rápido possível, mas ele não desistia. Acabei descobrindo que seu nome era Marcos, e tinha a mesma idade que eu.
Ficamos tentando conversar por um tempinho, mas o intervalo acabou e ele voltou ao lugar dele. Quando acabou as aulas e estavam todos indo para casa, lembrei que tinha que ir sozinho por aquela Mata, e fiquei apreensivo.
  Andei depressa em direção da Mata, e não estava dando em nada, que bom, andei por um tempo até chegar em uma parte que eu conhecia e não estava tão longe de casa assim, mas logo percebi algo, algo como se eu já tivesse passado por ali, foi quando me dei conta que estava na floresta do meu sonho, não era completamente igual a do sonho, mas era bem parecida, e logo ao meu lado, percebi uma coisa, Um desenho de um olho em uma árvore.

Continua....

 

Sorria, você está sendo Observado Where stories live. Discover now