Capítulo 26: Ela me visitou

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    No dia seguinte, tive que ir novamente para o Hospital por causa da minha mão, quando eu caí, acabei machucando ela. Falei pra todos que tinha apenas caído da cama. Estava doendo muito, mas acho que não senti na hora por causa da adrenalina que eu estava sentindo. Minha mãe estava muito ocupada com o trabalho, então Davi e Anna ficaram comigo.
Depois do exame, descobri que acabei piorando a ferida que já estava cicatrizando.
- Tome cuidado da próxima vez Lucas!
- Ok.
Saí do Hospital com Anna, Davi. Tínhamos agora que andar até nossa casa, o que nenhum de nós queria isso, mas não tínhamos escolha.
- Eu não quero ir de pé.
Disse Anna.
- Mas nós não vamos.
Disse Davi.
- O que? Por que?
Eu falei confuso.
Davi nessa hora foi em direção ao um cara parado na calçada, eles se começaram a conversar alguma coisa, mas eles estavam muito longe, então não dava pra escutar nada. Depois da conversa, Davi pegou a bicicleta do cara é veio até nós.
- Vamos.
- Davi, de quem é essa bicicleta?
- De um amigo meu.
- Como você vai levar duas crianças aí em cima?
- Eu dou um jeito.
Ele pegou Anna e colocou ela no garupa.
- Sobe logo.
- Mas não me cabe na garupa também.
Então Davi disse eu ia ter que ir na frente na bicicleta. Eu não tinha problema nenhum, mas naquela situação, eu estava sentindo um pouco de vergonha. Enquanto a gente passava na rua, as pessoas olhava pra gente, alguns até davam risada.
Foi assim até agente chegar na estrada de asfalto que dava para a nossa casa. Já tava ficando de tarde, e nossa mãe provavelmente chegou em casa e está apenas nós esperando. No meio do caminho, vimos uma mulher caminhando pela estrada, era uma mulher alta, loira e tinha um grande vestido e estava usando um perfume muito cheiroso. Passamos por ela, mas Anna teve que descer, sua boneca tinha caído, então tivemos que pega-lá.
A boneca tinha parado ao lado da mulher, que tinha parado de andar e olhou para o brinquedo.
- Desculpa moça. - Disse Anna. - Foi sem querer.
- Tudo bem meu bem.
Disse a moça com um sorriso.
Davi e eu tínhamos decido junto com Anna, então vimos isso acontecer. E ficamos surpresos, nunca tínhamos visto essa mulher, além de ser educada e calma. (Já se destaca com os outros moradores.)
Anna se inclinou para pegar a boneca, então eu percebi que ela olhou para as pernas da moça, que estava coberto por uma grande saia. Anna pegou sua boneca e correu para trás de mim, e falou:
- Vamos embora.
- Obrigado moça.
A mulher continuou seu caminho. E Anna estava tremendo enquanto segurava minha blusa.
- O que houve Anna?
Sussurrei. Mas Anna não ligou pra minha pergunta.
Montamos na bicicleta e fomos pra casa. Quando chegamos, nossa mãe está lá, perguntado o motivo da demora. Anna entrou pra dentro de casa sem nem olhar pra trás. Davi entrou logo atrás, e eu logo depois.
Estava de noite, e eu tinha acabei de jantar, então Anna bate na porta e fala:
- Posso entrar?
- Sim.
- Você acredita em bicho?
- Bicho?
- Sim, Fantasmas, Lobisomens...
-Ah claro, acho que sim.
Anna me olha e fala:
- Lucas, aquela mulher era um bicho.
- Por que?
Anna me conta que quando o brinquedo caiu, ele foi pegar, e acabou olhando para as pernas da moça sem querer. Mas em uma fração de segundos, Anna percebeu alguma coida diferente. Então ela olhou para suas pernas e viu que no lugar de
tinha cascos no lugar dos pés.
- O que?
Essa informação bateu na minha cabeça, mas não consegui processar ela.
- Cascos? Iguais aos que animais tem?
- Sim.
Anna estava bastante nervosa enquanto falava isso, então eu tive que acreditar nela.
Depois de acalmar ela. Anna foi dormi na cama de nosso pais.
Eu também ia dormir, mas assim que eu ia deitar, minha mãe me chamou.
- Lucas, faça um favor pra mim, por favor.
- Qual?
- Jogue esse lixo ali fora por favor.
Estava com sono na hora, então não pensei que nada ia acontecer. Quando saí, coloquei a sacola no lixo, e nessa hora senti um cheiro familiar. Não me toquei na hora, mas depois reconheci aquele aroma. Era o perfume da mulher que eu, Davi e Anna encontramos na estrada. Comecei a ouvir uns passos dentro da mata, parecia ser algo bem grande.
Corri pra dentro de casa, e assim que fechei a porta, escutei galopes vindo em minha direção. Entrei pra dentro de casa, e o resto da noite, escutei uma voz feminina me chamando do lado de fora. Foi assim até umas 10 horas da noite. Queria contar pra minha mãe, mas não estou com coragem pra sair de baixo da cama, pois também escutei uns assobios vindo da cozinha.
No dia seguinte, perguntei pra todos se eles tinha escutado o que eu tinha ouvido, e pra minha surpresa, minha mãe disse que escutou uns assobios estranhos vindo da cozinha também, e disse que até foi lá para ver, mas não viu nada. Mas assim que apagava as luzes, o assobio voltava.
Mas nada sobre a voz feminina me chamando.

Continua...

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