Capítulo 8: Estou de volta

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   Começamos a se encarar por uns segundos, mas não foi por muito tempo, pois já estava escurecendo. Assim que cheguei em casa, fui tomar banho não parando de pensar sobre tudo aquilo que aconteceu, várias perguntas estavam em minha cabeça, " Por que o esqueleto daquele cara estava lá?" " Quem desenhou aqueles olhos?" " Oque era aquela coisa que estava atrás de nós?" " Quem estava na casa?".
E principalmente "Por que aquele caderno estava lá?". Durante a confusão na Mata acabei me machucando o braço em um galho de árvore, mas só acabei percebendo depois. Assim que voltei pro quarto, vi em cima da minha cama, aquele caderno desgraçado, estava aberto em umas das suas páginas, estava escrito " Estou de volta" logo abaixo dessa a frase estava escrito outra, parecia que alguém com raiva escreveu "Você não pode se livrar de mim, eu sempre voltarei".
   Pequei o caderno e joguei pela janela, assim que fiz isso, eu vi duas pessoas pela janela, estavam na boca da Mata, um homem e uma mulher, estavam usando preto e pareciam que estavam segurando velas, e estavam olhando fixamente pra mim. Fechei a janela e fui jantar.
   Rose não foi para a escola no dia seguinte, Marcos estava falando o dia todo sobre o que tinha acontecido ontem.
  - Cara, aquilo foi bizarro! - Disse Marcos.
  - Falando nisso, o que vocês viram na cabana? Ouvi o Marcos falando "Puta Merda"! - Disse Felipe.
   - Era um esqueleto humano. - Falou Julia com um tom sério.
   - O que!?
   - Com certeza alguém matou ele e colocou seu corpo apodrecendo lá! - Disse Marcos.
   - O que vamos fazer agora? - Perguntou Felipe.
   - Não sei! - Responderam todos juntos.
   - Não sabemos idéia de quem é aquele corpo, duvido que nessa altura do campeonato a polícia ajude mais.
  - Eu sei de quem é!
Eu disse. Todos olharam os mim assustados.
  - Você sabe? - Perguntou Julia. - De quem é?
   - Tinha lido uma notícia antiga esses dias, estava falando sobre um jovem de 17 anos que matou os pais, e tinha uma foto dele, ele usava a mesma roupa do esqueleto que vimos.
Todos estavam me olhando curiosos.
  - Então achamos um corpo, ou pelo menos, o que restou dele, de um Assassino procurado? - Disse Julia.
  - Sim! - Eu falei.
Todos nós nos olhando de novo, estávamos em uma situação em que não sabíamos como resolver. Depois desse dia, resolvemos falar com a polícia sobre o esqueleto a "coisa" que estava na Mata também, e eles disseram que iam investigar no dia seguinte, Naquela altura todos da cidade sabiam do ocorrido.
   Assim que cheguei em casa, minha família veio falar comigo.
  - Lucas? Disse minha mãe assustada. - Que história é essa de corpo na floresta?
  - Eu e meus amigos vimos um esqueleto humano na Mata mãe!
  - Onde foi isso? - Falou meu pai.
  - Em uma cabana!
  - Onde fica essa cabana? - Perguntou Davi.
  - Pra dentro da Mata, achamos ela enquanto estávamos brincando.

Anna escutava tudo aquilo com as mãos nas orelhas, ela não gostava de nada relacionado a terror ou algo do gênero. Conversei com todos por um tempinho até todos se acalmarem, Estava pensando em contar ali mesmo a todos sobre o caderno e tudo que aconteceu, e foi isso que eu fiz, mas como esperado, meus pais não acreditaram em mim, eles pensaram que era algum maníaco que estava se comunicando comigo com o caderno, e foi ele que fez a gente ir até a cabana. Com certeza ela não ouviu a parte em que tentei queimar o livro.
  O único que acreditou foi Davi, afinal, ele tinha passado uma situação sobrenatural também. Assim que voltei para o meu quarto, eu olhei pra cama, e lá estava ele, o caderno, mas com um desenho de um gato.
   Tomei banho e estava tão cansado que dormi que nem uma pedra. No dia seguinte acordei com a polícia batendo em minha porta, quando abri, estava um grupo de 2 policiais, junto com Felipe, Marcos, Julia e Rose.
   Era para nós os levarem para a cabana em que achamos o esqueleto, obviamente os acompanhei e lá estava ela, a cabana. O corpo ainda estava lá, Os policias falaram que no andar de cima tinha várias outras caveiras, e no meio da sala, possuía um grande círculo, usado provavelmente em rituais, mas não havia nenhuma pegada, eles também falaram que não havia sinal algum que algo grande andou na Mata, não tinha nenhuma pegada ou arbustos amassados. Entrei na cabana para ver melhor dentro, e vi algo no chão do 2° andar, vários nomes, nenhum legível, apenas o nome Miguel sousa.

Continua...

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