Sorria, você está sendo Observado

Capítulo 7: A Cabana

Todos nós ficamos encarando o pedaço de papel na árvore.
- Quem será que fez isso daí? - Disse Felipe.
- Sei lá! - Repondeu Julia.
Enquanto todos estavam conversando sobre isso, eu estava encarando o papel com os olhos arregalados, é o mesmo olho que vi na árvore perto de minha casa, e o mesmo que tinha visto no caderno antes de queimar ele.
- Lucas? - Disse Rose.
- Vamos sair daqui! Falei apreensivo.
- Por que? Você está com medo? - Marcos disse enquanto estava arrancando o papel da árvore.
- Não é isso, é porque....
- Olhem ali! - Apontou Felipe.
Todos olhamos na Direção que Felipe apontava, era outro pedaço de papel na árvore, mas estava mais afundo na mata, e como o primeiro papel, estava com um olho desenhado nele também. Assim que olhei para o papel, percebi que o desenho estava diferente do outro, sua pupila estava apontava para a esquerda, e o primeiro que achamos, estava apontado pra direita, olhando em direção em que o outro papel estava.
- Quem será que fez isso? - Perguntou Marcos
- Com certeza foi apenas uma pessoa aleatória. - Disse eu tentando fazer eles perderem a atenção nos papeis, eu podia muito bem deixá-los e ir para casa, mas não sabia ir pra casa daquele ponto da mata, mas eles Sim, ou seja, estava dependendo deles pra voltar.
- Será que isso faz um tipo de caminho? - Disse Julia.
- Vamos conferir, fazemos isso é depois vamos embora! - Confirmou Felipe.
E todos acabaram concordando, menos eu, mas a última coisa que queria era ficar sozinho naquela Mata com aqueles desenhos, então acompanhei eles.
Devia ter contado o motivo de eu estar tão agitado em relação ao desenho, mas pensei que eles iam achar que eu estava mentindo. Entramos pra dentro da Mata e achamos outro papel com olho desenhado, mas desta vez estava apontado pra direita, fomos pela direita e outro papel com olho desenhado, estava olhando para cima, então seguimos em frente.
- ALI TEM OUTRO ! - Gritou Marcos
- Onde essa Merda toda vai? - Falou Julia.
Fomos seguindo esses papéis por uns minutos, até achar um olho que estava com a pupila no centro do olho, e logo atrás, mas afundo da floresta, uma Cabana.
- Caralho! - Rose falou surpresa.
- Tem 2 anos que ando por aqui e nunca vi essa cabana! - exclamou Marcos.
Olhei para a cabana e logo senti um mal pressentimento.
- Pronto! Já viram o caminho que os papéis fazem, vamos sair daqui! - Eu disse.
- Nem pensar! - Disse Felipe. - Vamos entrar nela, que quero ver o que tem dentro.
Aquilo com certeza não ia terminar bem, mas não podia fazer nada, eram 4 pessoas contra 1.
- Alguém entra e outros ficam de vigia na porta! - Disse Marcos.
Em um sorteio, decidimos que eu, Marcos e Julia íamos entrar na cabana, e Rose e Felipe ficariam na porta, e depois Rose entrava na casa com Felipe e os outros ficariam de vigia. Contra a minha vontade, entrei na cabana, mas só tive coragem de ficar na porta, Marcos e Julia entraram mais afundo na casa. Estava bem acabada, e seus pisos estavam com buracos e tinham parte que não tinha chão, era apenas terra. Possuía 2 andares, com uma escada que estava só os pedaços, parece que só possuía dois cômodos no andar de baixo, era difícil ver dentro da casa, dentro na mata era escuro, então era como estivesse anoitecendo para nós.
Criei coragem e andei um pouco pela cabana, e achei o que parecia ser um armário pequeno, e um pequeno papel estava na porta desse armário, um desenho de um rosto, mas não estava sorrindo, estava triste e com 2 "x" no lugar dos olhos, comecei a suar frio e lentamente abri a porta do armário, era um esqueleto humano.
Fui gritar, mas minha voz não saía da minha garganta.
- Puta Merda! - Disse Marcos logo atrás de mim.
Julia se aproximou, e ficou pálida.
Aquela caveira estava vestindo uma camisa velha e rasgada, uma camisa preta, e com uma caveira no meio, igual ao jovem que matou os pais que tinha lido na notícia. Além desse detalhe, logo em seu colo, estava ele, aquele maldito caderno.
Julia fechou o armário E antes de falar qualquer coisa, ouvimos o grito de Rose do lado de fora, corremos pra ver.
- O que foi? - Disse Marcos assustado
- Tinha uma mulher e um homem perto daquela árvore, estavam segurando velas! - Disse Rose.
- Eu não vi nada! - Afirmou Felipe.
Todos olhamos para a árvore que Rose apontou e todos ficamos apavorados. Nessa hora, escutamos alguém correndo no andar de cima da casa, e sem perder tempo, corremos também pra direção das nossas bicicletas, montamos e saímos dali.
Mas enquanto estávamos tentando sair da mata, ouvimos também algo que parecia ser um cavalo correndo dentro da mata, aquilo era bem grande, e fazia de tudo para tentar ultrapassar a gente.
- MAIS RÁPIDO!!! - Gritou Felipe.
Comecei a pensar que aquilo ia pegar a gente, mas antes disso, saímos dela.
Todos estávamos agitados e Rose estava chorando.

Continua....