Capítulo 15: Confesse

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Comecei a suar frio, liguei para Marcos, mas infelizmente, Felipe também não estava em sua casa, também foi inútil ligar para Julia e Rose, pensei em ligar pra polícia ou algo assim, mas lembrei que Felipe podia estar em qualquer lugar se divertindo com outras pessoas, mas depois de ver que esse caderno é capaz, não quero arriscar.
No dia seguinte, Felipe não foi para a escola, e depois fiquei sabendo que a mãe de Felipe estava tentando entrar em contato com outras delegacias de cidades vizinhas para achar Felipe, pois não estavam o achando de jeito nenhum.
- O que será que aconteceu com ele? - Perguntou Rose muito triste.
- Não sabemos, mas espero que ele esteja bem! - Disse Marcos.
- Será que ele não fugiu para algum lugar? - Perguntou Julia.
- Oi? Para onde ele fugiria? - Perguntei.
- Eu não sei! Eu só espero que ele esteja vivo.
A polícia estava começando a agir em busca de Felipe pela cidade inteira, contando com as cidades vizinhas e florestas. Assim que descobri que estavam procurando na floresta, lembrei de uma coisa, a cabana.
Não queira voltar lá, mas já deve ter uma ligação com isso tudo, não sei como, mas deve ter, logo uma notícia que o "psicopata dos rostos sorridentes" tinha sequestrado Felipe, essa notícia espalhou igual fogo em mato seco.
Minha mãe estava novamente estranha, pensei que tinha acontecido algo terrível com meu pai.
- O que houve mãe? - Perguntei.
- Nada.
- Você está estranha desde que levou o pai para o hospital, o que aconteceu?
- Estou apenas cansada.
Não sabia se acreditasse ou não, mas não podia obrigar ela a falar. Naquela tarde decidi ir ao historial em que meu pai estava, para que como estava.
Assim que entrei no hospital, fui logo para a recepção.
- Boa tarde!
- Boa tarde!
- Você poderia me dizer onde está o quarto em que Raimundo está?
- Você é da família?
- Sou filho dele.
- Então Ok, está na última porta a esquerda.
Andei com ela me vigiando o tempo todo, assim que chegamos, estava mudando de ideia, nunca gostei de hospitais. Não gostava de nada de lá, afinal, quem gosta?
- Você tem 15 minutos!
- Ok.
Entrei no quarto, era um quarto totalmente branco, tinha uma cama no meio dele, uma cabeceira com uma caso de flores azuis e uma janela pequena, e um tv média. Meu pai estava na cama lendo um livro que o hospital tinha dado a ele, puxei uma cadeira que tinha E acentei ao lado dele e falei:
- Oi pai, como você está?
- Olá Lucas, estou bem.
- Que Bom, vim ver de você estava bem.
A conversa foi fluindo até ele falar uma coisa que me deixou bastante inquieto. Ele perguntou sobre meus amigos, de preferência Felipe, que estava desaparecido desde ontem a noite.
- A mãe dele tentou entrar em contato com a polícia, mas só podem colocar como "desaparecido" depois de 24 horas, até agora só moradores e alguns policiais estão ajudando.
- Entendo.
Meu pai tira seus óculos de leitura por um tempo e fala:
- Lucas, você não está escondendo nada de mim, né?
- O quê? - respondi com uma voz assustada. - O que exatamente.
- Sobre Felipe.
Encaro meu pai como se ele soubesse de algo, mas sua expressão estava a mesma de sempre.
- Tome cuidado quando for voltar para casa!
Meu pai disse isso com um tom de voz diferente, um tom de voz que eu já ouvi em algum lugar. A mesma voz que estava no outro lado da porta do quarto de Marcos naquele dia.
Olho para meu pai e me levanto.
- Já vai?
- Sim.
- Fique mais um pouco.
- Não.
Ele me olha com seu rosto triste, mas isso não durou muito tempo, ele me puxou pelo braço e sussurrou em meu ouvido.
- Confesse.

Continua....

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