Capítulo 18: As 5 fotos

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    Nossos olhos estavam arregalados. Como? Por quê? Essas perguntas não paravam de surgir. Felipe matou o Padre?
A cidade toda estava comentando sobre isso, várias histórias falsas estavam surgindo. "Felipe foi visto matando o padre" "Ele não foi sequestrado, só é louco" foi algumas que tinha ouvido, eram claramente mentira, a mulher que viu o corpo do Padre morto afirma que só viu o corpo, nada a mais.
A pessoa que estava sofrendo mais com essa história era a própria Sandra, a mãe do Felipe. O filho dela estava desaparecido alguns dias, e do nada as digitais dele aparece em uma arma do crime, não sei se eu aguentaria isso.
Dias, Semanas e Meses se passaram, e nada de encontrarem Felipe. Nesse período de tempo, nada aconteceu mais comigo, nada sobrenatural em casa. Fiquei sabendo também que mais três Crimes aconteceram em cidades vizinhas, dois assassinatos, e um desaparecimento. O mais assustador, foi que em todas as armas do crime encontradas, tinham a digital de Felipe nelas. A polícia tinha duas hipóteses, a primeira era que a Pessoa que sequestrou ele, estava fazendo ele tocar nas armas, ou está sendo forçado a matar aquelas pessoas, e a segunda hipótese, a que eu não queria aceitar, era que Felipe era o assassino.
Depois de um tempo, duas pessoas bateram na minha porta, eram um casal de fotógrafos. Eles queriam ir na cabana que encontraram o esqueleto do assassino de 2008. Eles queriam que eu levasse eles até ela, eu morava mais perto e porque eles não queiram pedir para os policiais, afinal, aquela área tá restrita.
Pelo o que eu entendi, eles queriam fotografar a casa para fazer um livro. Eu não queria falar onde estava a cabana, além de ser uma área restrita, o "psicopata" talvez seja real, ele podia ser o cara da máscara branca de que tinha visto lá um tempo atrás.
Mas eles dois estavam insistindo demais, e isso estava me irritando seriamente.
- Não e ponto final. - Falei com um tom irritado. - Se vocês querem tanto achar ela, vocês procurem.
Eles se despediram e foram embora, me senti mal por ter sido tão ignorante com eles, mas não tinha escolha, se eles forem para a cabana, a vida deles podem ficar em perigo.
Meu pai chegou do Hospital a alguns meses atrás, e ele tem um comportamento muito estranho, ele sempre era legal com todos da casa, menos Eu, não era o filho preferido do meu pai, mas também não sou o que mais ele odeia. Quando eu tentava falar com ele, ele não me respondia direito, com umas respostas nada haver com o que eu tinha falado. Confesse. Essa palavra não saía da minha cabeça, e toda as vezes que ele me olhava, eu lembrava.
Sr. Oliver estava nos visitando nesse tempo, ele era o pai de Rose, o policial responsável pela investigação dos assassinatos que estão acontecendo. O trabalho dele era ver se estávamos bem, já que morávamos em uma Fazenda e a gente podia ser alvos fácil de um assassino. Enfim, várias coisas aconteceram, uma delas, foi Marcos, ele começou a namorar algumas semanas atrás, e ele começou a se afastar, tenho quase certeza que foi por causa da namorada dele, eu sinto que ela não gosta da gente no geral.
A noite chegou rapidamente, e uma coisa aconteceu comigo, o caderno, fazia tempo que não tinha visto ele, ele estava aberto em cima da minha cama, em sua página estava um desenho de uma câmera. Nesse momento, alguém jogou uma coisa pela minha janela. Olhei rápido e vi uma câmera.
- Os fotógrafos.
Pensei.
Olhei para a janela, e não tinha ninguém. Vi a Câmera e tinha 5 fotos salvas. Olhei pra elas e fiquei paralisado. Na 1° foto era foto da cabana, eles encontraram ela. Na 2° tinha uma foto dentro dela, percebi que tinha algo na janela, parecia alguma coisa magra e pálida, na 3° foto tinha uma foto bem tremida, e pareciam que eles estavam correndo pela Mata, seja lá o que estava na janela, eles também viram. Na 4° foto eu vi uma foto bem mais tremida do que a 3°, era bem difícil de ver, mas tinha alguém coisa com um facão nas mãos. Na 5° foto estava a mulher com os braços ao redor da cabeça chorando desesperadamente, alguém tirou uma foto dela assim, e deve ter sido da mesma pessoa que jogou a câmera pela minha janela.
Avisei aos policiais da Cidade sobre isso, e a polícia foi para a cabana, fiquei sabendo depois que encontraram a mulher desmembrada na Mata, e não encontraram o braço direito dela, e o homem foi encontrado bem longe da cabana, ele estava amarrado de cabeça pra baixo, e estava com as mãos arrancadas. Fiquei apavorado com isso, mas eu não tinha culpa, eles procuraram a cabana e acharam, não podia fazer nada. A polícia assimilou que o negócio da câmera foi uma espécie de ameaça, mas não se sabe por quem.
Colocaram vigia nas redondezas para proteger a gente.

Continua...

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