Capítulo 25: A mulher

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    Senti uma aflição enorme, estava ficando sem ar, aquilo estava me enforcando, e sem querer, acabei abrindo meus olhos. Vi uma figura pálida, no lugar dos olhos, tinha dois buracos, e seu sorriso era enorme, e seus dentes eram bem pontiagudos.
Aquilo abriu a boca na minha direção, mas já pensando que uma situação igual a essa podia acontecer, eu tentei pegar o caderno que eu tinha trazido. Com dificuldade, estiquei meu braço e peguei o caderno, e atirei dentro da boca daquela coisa.
Aquilo acabou me soltando, e caí no chão, eu estava bem alto. Corri sem olhar pra trás em momento algum, quando eu estava chegando em casa, ouvi uns barulhos vindo de cima das árvores, parecia que alguém estava pulando de galho a galho. Abri a porta e quando fui fechar, vi aquele demônio parado em frente da mata me encarando. Acabei fechando a porta muito forte, e acordei minha mãe, pois escutei seus passos vindo em minha direção.
Corri desesperado para meu quarto e logo deitei na cama e me cobri de lençóis para que se ela abrisse a porta, não ia notar algo diferente, eu espero. Mas minha mãe não entrou, Ela passou direto, e foi pra porta da frente, e escutei ela abrindo Ela. Nessa hora, congelei de medo.
- Se minha mãe sair pra fora, aquele bicho irá mata-lá.
Eu pensava enquanto saía do quarto.
Mas pra minha surpresa, assim que ia abrir a porta do quarto, eu ouvi minha mãe conversando com alguém.
Fui para a porta, fingindo que tinha acabado de acordar, e então vi minha mãe falando irritada com uma pessoa que estava na porta, me aproximei e vi que era uma mulher.
- Isso é hora pra ficar batendo nas portas dos outros?
Disse ela irritada.
- Você pode me ajudar?
Disse aquela mulher.
- Com o que precisa?
- Eu quero...Eu quero...
A mulher olhava pra cima tentando lembrar do que ia falar, mas nada saiu. E ela voltou a encarar a minha mãe.
- Com o que precisa de ajuda?
A mulher encara a minha mãe sem dizer nada.
- Minha mãe estava muito estressada, e logo fechou a porta.
- Ela deve ser alguma bêbada.
Mas assim que íamos sair para nossos quartos. Batidas na porta.
Minha pede pra eu atender, pois estava muito cansada.
Tive que fazer o que ela disse. Mas por precaução, eu olhei pelo canto da porta, e lá estava a mulher.
- Olá senhora.
- Você poderia me ajudar?
- Claro, mas qual é o seu problema?
A mulher não diz nada, apenas me encara. Pensei logo que a mulher tinha alguma ligação ao demônio, até por causa de seu modo de agir.
- Cuidado com os rostos sorridentes.
Me assusto.
- O que?
- Você viu eles, não é?
Tentei fechar a porta, mas ela colocou os pés no meio da porta, o que fazia ser difícil de fechar.
- Você já está condenado.
Consegui fechar. Meu coração estava acelerado, estava quase saindo pela boca.
No dia seguinte, tentei montar uma linha do tempo. Juntando algumas coisas que já tinha descoberto, e as coisas que o demônio me falou, consegui evoluir bastante.

1935: Miguel Sousa é prefeito da cidade, e reinaugura a venda de animais de seus pais.
1936: Percebendo que a venda estava indo muito mal, no meio de seu desespero de falir o negócio da família, acabou fazendo um pacto, e as vendas começaram a ser ótimas.
1937 - 2008: Assassinatos e desaparecimentos acontecem na cidade, pois o trato pelo sucesso da venda, é sacrifícios humanos, que era feito com os nomes escritos na cabana, e acabou escrevendo o nome de sua mulher e seu filho, no que resultou ele ficar possuído e mata-los.
2009: Miguel Sousa escreve seu nome para morrer, E a Fazenda é herdada por seu irmão, Meu avô.
2021: Meus avós falecem. ( Infelizmente não sei se eles escreverem nomes na cabana.)
2021: Meus pais herdam a casa.

   Não sei se a história verdadeira é essa, mas foi o que consegui montar. Ficou faltando várias outras coisas, mas não faço ideia de como encaixar elas aí. Estava pensando, se O Sr.Oliver não tivesse sido um psicopata a sua vida toda, ele se tornou porque era um sacrifício, mas pra isso, alguém tinha que ter escrito o seu nome lá, mas quem?

Continua...

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