Capítulo 16: A máscara branca

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   Confesse. Não sabia o que isso significava, o que eu tinha que confessar? Por que meu pai ia me dizer isso? Mas aquilo com certeza não era meu pai. Depois da noite aterrorizante na casa de Marcos, aquela voz ia ficar encravada em minha mente, não ia esquecer tão fácil. Pelo visto, minha mãe só estava cansada mesmo, estou aliviado por não ser nada super sério.
   Assim que eu cheguei em casa, procurei minha mãe pela casa, mas não achei ela em lugar nenhum, só achei Anna, ela estava na sala assistindo TV.
   - Onde está a mãe?
   - Ela teve que sair pra comprar umas coisas.
Anna estava com o gato em seu colo, até hoje não sei como esse gato tem ligação com os rosto sorrindo e com tudo que está acontecendo. Davi também não estava lá, com certeza estava na casa de algum amigo ainda.
   Entrei no meu quarto e tentei dormir, mas minha cabeça estava cheia de coisa, o desaparecimento de Felipe não deixava eu pensar em nada, fechei meus olhos, e acabei dormindo um pouco, acabei sonhando com a cabana, o dia que eu vi ela pela primeira vez, o dia que eu fui com meus amigos pra lá, eu estou lembrando de quando entrei lá, vi as paredes velhas, o chão quebrado, as escadas, os nomes... os nomes.
   Levantei rápido da minha cama, foi lá, o nome que vi no jornal na casa de Marcos. Miguel sousa. Foi o mesmo nome que vi escrito no chão do segundo andar da cabana abandonada no meio da Mata.
Corri e peguei meu celular e tentei ver alguma coisa na internet sobre Miguel Sousa. Não achei nada demais, apenas sobre sua venda incrível de animais, e pelo visto, ele realmente já morou nessa casa que moro atualmente. Também descobri algumas coisas sobre ele, ele foi prefeito da cidade pelos anos de 1935 a 1938, e teve duas filhas.
   Nesse momento, decidi ir até a cabana, mas desta vez, tinha que ir sozinho. Eu Não tinha escolha, ninguém queria voltar para aquela merda, nem eu, mas essa podia ser uma única pista sobre isso, talvez não, mas tinha quase certeza que sim.
  Fui direto para a cabana, tinha que ser rápido, era de tarde, e não muito tempo, ia escurecer, tentei lembrar do caminho aos poucos, e Achei, a cabana estava bem mais assustadora, principalmente sozinho. Comecei a caminhar na direção da casa, mas comecei a escutar algo. Eram Passos.
   Me abaixei em um arbusto que estava perto de mim, e os barulhos de Passos começam a aumentar, nesse momento, me arrependi amargamente de ter ido até aqui. Mas não podia voltar atrás, depois de uns segundos escutando os Passos, eles ficaram mais longe. Olhei ao meu redor e me certifiquei que não tinha ninguém perto, e corri para dentro da cabana, e subi as escadas, e como eu pensava, lá estava riscado no chão, o nome. Depois que a polícia passou por aqui, tudo que estava aqui dentro foi levado, infelizmente não lembrava  desse detalhe, fui olhar os outro nomes riscados no chão, eram 4 nomes, mas 3 deles eram ilegíveis, eram impossível de ler, menos o nome de Miguel Sousa. Nesse momento, vi que esses nomes estavam escrito no chão no meio de um círculo, tirei umas fotos e fui descer as escadas para voltar pra casa, mas nesse momento, escutei novamente os sons de Paços, mas estavam perto da casa, como aquela casa estava cercada de árvores, o chão estava cheia de folhas, quando você andava, fazia um barulho enorme. Esse Paços estavam indo em direção da casa, e logo após, escutei no andar de baixo, lentamente andei devagar, voltando para o segundo andar, mas sem saber o que fazer, olhei ao redor, e vi uma janela.
Andei lentamente até a janela E estiquei meus braços para abrir ela, o som de Paços não estavam mais vindo do andar de baixo, e sim nas escadas.
Sem olhar para trás, corri e abri a janela E pulei de lá de cima, graças a Deus por causa das folhas Não recebi uma pancada muito forte, corri para fora da Mata, e olhei para trás e vi um homem com uma blusa e uma máscara branca, era aquelas máscaras de ópera, e sua feição era sorridente.
   Correndo rapidamente consegui chegar bem, entrei em casa pouco antes de minha mãe. Depois de tomar banho, fui ver as fotos que tinha tirado, mas assim que abri a galeria de meu celular, escutei um barulho na janela. Pedras.
   Olhei para fora e vi uma coisa que me fez arrepiar, era Felipe.
Mas sua expressão tinha alguma coisa errada, ele estava com um olhar triste, e estava segurando uma vela, ele me encarava, corri para fora da casa, mas lá fora não achei nada. Voltei para casa e novamente ele estava lá fora, estava na boca da Mata. Fiz o sinal da cruz em mim, e fechei a janela, e fui jantar com minha mãe, Anna e Davi.

Continua.....

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