Capítulo 17: Todos nós

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Comecei a comer meu jantar, todo mundo estava em silêncio, mas Davi começou a falar.
- Mãe, eu tirei 8 em biologia.
- Que Bom, filho.
Todos nós estávamos tentando fazer nossa mãe melhorar de humor, ela estava bem triste por tudo isso que está acontecendo com nossa família.
Anna ainda estava com o gato em seu colo, o gato estava com olhos vidrados em mim.
- Tire o gato do colo Anna. - Disse minha mãe.
- tá bom, desculpa.
Mais uns minutos em silêncio.
- É mesmo! - Minha mãe fala com um tom surpreso, como se estivesse lembrando de algo.
- Lucas, Por que você foi para a cabana hoje?
Congelei. Como minha mãe sabia que eu fui para a cabana? Ninguém sabia, nem Anna, nem Davi.
- O que você foi fazer lá?
Disse Davi. Como ele sabia?
- Responde Lucas.
Disse Anna com um tom irritado.
Encarei a todos na mesa de jantar, e percebi uma coisa, seus olhos, estavam diferentes, pareciam pupilas de olhos de gato.
- Não importa se você não falar, vou descobrir de qualquer jeito!
O gato estava me olhando fixamente. Levantei e peguei o gato do colo de Anna, e o joguei pra fora da casa e fechei a porta, nesse momento escutei minha mãe falando da cozinha.
- Lucas?
Fui para a cozinha de novo, e os três pareciam confusos, não tive dúvidas, era aquele gato. Voltei para a cozinha e fui comer de novo, mas minha mão estava trêmula, terminei o jantar e fui tomar banho, mas foi quando olhei para a parede, e vi um desenho de um a casa.
No dia seguinte, Marcos, Julia e Rose vieram me visitar, minha mãe estava saindo para o hospital para ver meu pai, então fomos para a cidade junto com ela. Passei a manhã toda conversando na praça com eles, então resolvi falar uma coisa.
- Ontem fui para a cabana.
- Por que!? - Disse Rose.
- Tinha uma coisa que eu precisava achar lá.
- Tipo o que?
- No andar de cima da casa tinha 4 nomes escritos no chão, 3 ilegíveis, e outro era Miguel Sousa.
- Miguel Sousa?
- Sim, ele era prefeito aqui na cidade nos anos de 1935 a 1939.
- Por que o nome dele estava no chão daquele lugar?
- Não sei.
Mostrei as fotos que tinha tirado do local. Todos olharam atentamente pra imagem, Então Marcos falou:
- Ei, o que é isso?
Ele apontou para um canto da foto, por causa do Flash do meu celular, a sombra de meus dedos acabou aparecendo. Mas tinha outra coisa lá, uma sombra de uma cabeça do meu lado. Um arrepio subiu em minha espinha, eu não tinha visto aquilo, e todos também ficaram assustados.

- Eu vi Felipe ontem. - Disse Marcos com um tom triste e assustado.
- O que!? - Onde? - Disse Julia.
- Quando estava jantando, escutei uns barulhos na janela, como se fosse alguém jogando pedras nela, quando fui ver, era Felipe, ele estava olhando para mim, quando corri para fora, ele não estava mais lá.
Encaramos Marcos.
- Isso também aconteceu comigo. - Disse Rose com um tom baixo.
- Comigo também... - Disse Julia.
- Eu... também. - Respondi.
- E teve uma coisa a mais.. - Continuei. - Eu achei um desenho de uma casa.
Todo me olharam com os olhos assustados, eles confirmaram, isso também aconteceu com eles. Marcos viu um desenho de um homem deitado, Julia viu um desenho de uma faça, e Rose foi um desenho de uma caveira. Unimos isso e chegamos a conclusão que uma morte ocorreu, um assassinato a facadas, mas quem?
Foi pensando nisso que estamos um grito alto de uma mulher, corremos pra ver, tinha uma multidão com ela. Ela estava gritando desesperadamente apontando pra dentro da igreja, passamos pelas pessoas e vi uma coisa que jamais irei esquecer, vi o Padre de nossa cidade deitado sobre o chão da igreja ensanguentado, os policiais chegaram um pouco depois. O padre foi morto a facadas. O pai de Rose era policial de investigação, ou seja, ele estava ajudando a investigação.
Foi uma grande confusão, mais tarde, Rose mandou uma mensagem em nossos celulares. "Preciso falar com vocês, é urgente!". Todos chegaram na minha casa, entramos em meu quarto, e Rose começou a falar:
- Eu escutei uma conversa que meu pai teve ao telefone. - Disse ela.
- O que você ouviu? - Perguntou Marcos.
- Era sobre o padre, acharam a faca da cena do crime, então fizeram papiloscopia. ( processo usado para identificar digitais de alguém em objetos.)
- E daí? - Disse Julia.
Rose mudou seu tom de voz para uma bem mais séria.
- O DNA encontrado na faca, era de Felipe.

Continua.....

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