Capítulo 13: O 1° morador

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   Quando Marcos me falou isso, olhei para a porta, e nesse momento escutamos um chute bem forte na porta, fazendo um barulho enorme, e logo em seguida escutando alguém falando com uma voz grossa e parecia  ser um homem.
   - ABRAM ESSA MALDITA PORTA!
Aquela voz gritou do outro lado. Marcos correu e pegou uma cadeira e colocou ela na frente da maçaneta, impedindo que aquela porta se abrisse, e depois pegou um terço e também colocou na maçaneta. Eu coloquei as mãos em meus ouvidos e Marcos também fez isso, aquilo não parava de chutar a porta, parecia que ia quebrar ela a qualquer momento.
   Aquilo continuou por meia hora, mas depois daquilo eu e Marcos não conseguimos fechar os olhos de novo até de manhã. Assim que achamos que estava seguro, saímos do quarto e tentamos ver se Auri estava bem, ela estava dormindo igual a uma pedra, o que era claramente impossível, depois de todo aquele barulho ela continua dormindo.
   - Quem será que estava na porta ontem a noite? - Perguntou Marcos.
    - Não sei, talvez o Diabo.
Acabei esquecendo que Marcos era bem sensível também a qualquer coisa de terror, e falar que o Diabo estava em sua porta com certeza o deixou em pânico. Assim que a mãe de Marcos acordou, perguntamos pra ela se ela tinha acordado alguma vez durante a noite, e sua resposta foi não. O dia foi bem estressante, Marcos não queria ficar em um cômodo sozinho por 3 segundos, mas não o culpo, também estava super assustado com isso, não tinha dúvida que o fantasma da minha casa estava me perseguindo por algum motivo.
   Pela tarde, estava andando pela casa de Marcos procurando o que fazer, mas sempre atento a qualquer barulho que acontecia, acabei encontrando uma sala cheia de livros, acabei pegando alguns livros pra ler mas nenhum me chamou atenção, pois como já disse, não gostava muito de ler. Continuei vendo alguns livros e achei alguns jornais antigos, decidi ver as notícias, mas a maioria só falava de coisas que não eram de meu interesse, mas em uma das notícias eu vi uma coisa que fez eu lembrar de algo. "Prefeito reforma Fazenda antiga de seus pais e afirma que irá continuar o venda de animais!" Esse era o título da notícia, parecia nada demais até eu ver a fotografia, era esse prefeito na frente da Fazenda em que ele tinha reformado, era a Fazenda em que eu estava morando. A notícia era bem antiga, ela foi postada em 1936, continuei lendo a notícia pra ver se achava algo, e descobri o nome do Prefeito, seu nome era "Miguel sousa".
   Achei esse nome um pouco familiar, mas não consegui pensar em nada na hora, nessa hora meu celular tocou de novo, ia ignorar mas era minha mãe.
   - Alô? - Disse ela.
   - Alô!
   - Lucas, liguei pra saber como você está!
   - Estou bem mãe!
   - Não parece, sua voz está sonolenta.
Depois de não dormir depois das 2 horas da manhã, minha voz estava muito sonolenta, não era tão difícil perceber.
   - É porque dormi tarde ontem!
   - Eu já te falei sobre isso!
   - Como está o pai?
   - Ele está com um ferimento no nariz, não parece ser tão sério, que Bom!
Como meu pai machucou o nariz sendo que ele nem tinha caído? Pensava nisso enquanto minha mãe estava falando, voltei a mim quando ela falou que ia chamar um padre para aquela Fazenda, pois também sentia uma energia pesada lá. Depois da nossa conversa ouvi Marcos me chamando da sala de estar dele.
   - Lucas! - Gritou ele.
Fui correndo pra ver o que estava acontecendo, mas era apenas o Felipe, Julia e Rose.
   - Olá pessoal! - Eu Disse.
   - Oi, viemos chamar vocês pra dar uma volta! - Falou Felipe.
   - Pra onde? - Perguntou Marcos.
   - Não sei. Qualquer lugar.
   - Não estou afim de sair. - Eu Disse quase entrando em casa, mas aí Rose disse:
   - Então que tal brincar um pouco?
Também não queria brincar, mas lembrei que não tinha nada pra fazer, então fui com eles.
   - Vamos brincar de Esconde- Esconde. - Falou Julia.
Todos aceitamos. Apesar da maioria de nós termos 13 anos, agimos como crianças quando o assunto era brincar.
   Então fomos começar, a brincadeira ia ser dentro da casa de Marcos, Julia ia contar enquanto o resto ia se esconder, todos tínhamos 30 segundos para achar um esconderijo.
   - UM!
Corri e entrei dentro da biblioteca, Marcos correu para dentro do quarto de sua mãe junto com Rose, e Felipe correu para a cozinha.
   - DOIS!
Escutei Julia contar e fui me apressar a achar um esconderijo, mas não estava achando nenhum.
   - TRÊS!
Decidi me esconder atrás de uma estante, eu tinha total visão da porta, era perfeito.
   - QUATRO!
Julia errava contando bem devagar, isso era bem irritante, e ficar parado por muito tempo era cansativo.
   - CINCO!
Estava sonolento por causa da noite de terror de ontem, pois comecei a querer dormi lá, fechei os olhos por um momento.
    - PRONTOS OU NÃO, LÁ VOU EU!
Escutei Julia gritar, acabei dormindo por alguns segundos, mas depois fiquei concentrado, mas foi no silêncio da biblioteca, que comecei a escutar uma respiração ao meu lado.

Continua...

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