O Depois

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Notas iniciais: Algumas partes desse capítulo pode ser prejudiciais aos diabéticos por motivos de: excesso de doce.

WANDA MAXIMOFF

2 ANOS E 7 MESES ATRÁS

Acordei sentindo a respiração quente de Natasha batendo contra minha nuca, sua cama macia abraçando meu corpo assim como ela. Sorri para o nada, me aconchegando no seu aperto e sentindo meu corpo doer da melhor maneira possível, um lembrete do dia agitado que tivemos.

Ergui minha mão para encarar a aliança que repousava em meu dedo, era linda e delicada e eu mal podia acreditar que aquilo era realmente verdade. Nem parece que há uma semana atrás eu estava em desespero, naquele momento parecia que meu mundo inteiro havido desabado e agora eu estava aqui vivendo o momento mais feliz da minha vida.

Me virei devagar na cama, buscando ficar de frente para a mulher ainda dormindo atrás de mim, mas tentando não acorda-la no processo. Quando finalmente consegui, sorri para a imagem pacífica da linda mulher à minha frente.

- Espero acordar assim para o resto da minha vida...-sussurrei mesmo sabendo que ela não poderia ouvir e deixei um beijo suave na pontinha do seu nariz.

Minha intenção era continuar nos braços de Natasha, onde era confortável e me fazia sentir protegida, mas como eu vinha aprendendo na última semana, os enjoos pareciam saber escolher os piores momentos para vir.

A ânsia me tomou antes que eu pudesse raciocinar realmente e tudo que eu consegui fazer foi me erguer da cama rapidamente, correndo para a porta ao lado onde eu sabia que havia um banheiro, me jogando no chão na tentativa de alcançar a privada mais rápido.

Pude ouvir a voz da minha agora esposa gritando por mim ao fundo, mas eu não conseguia responder com os jatos quentes de vômito saindo de maneira incessante pela minha garganta. Deus, eu odiava cada segundo disso.

- Logo vai passar, meu amor. - Natasha estava atrás de mim, suas mãos juntando meu cabelo em um coque alto. - Estou aqui com você.

- Nós acabamos de casar, você não precisa me ver desse jeito. -disse com dificuldade quando o vômito deu uma trégua. - Vai lá pra fora.

- Eu não vou a lugar algum. -ela disse suavemente, uma de suas mãos agora em minhas costas, fazendo um carinho delicado. - Vamos levantar?

Com um aceno ela me ajudou a levantar, caminhamos juntas até a pia onde joguei uma água no rosto e lavei a boca antes de escovar os dentes com uma escova nova que Natasha me entregou logo em seguida.

Cada movimento seu exalava cuidado e, apesar do mal estar ainda se fazer um pouco presente, senti meu corpo aquecer com a sensação que os gestos dela me proporcionavam.

- Não foi assim que imaginei que seria nossa primeira manhã de casadas. -disse manhosa, me aconchegando no seu abraço. - Eu queria ter acordado você com beijos.

- Ainda estou aqui e pronta para receber todos os beijos que queira me dar. -seu sorriso era bonito, ela era toda bonita mesmo aquela hora da manhã e eu mal conseguia lidar com o fato de que essa mulher incrível era agora minha.

- Bom dia, esposa. -sussurrei baixinho, puxando seu corpo mais junto do meu, roçando nossos lábios levemente.

Antes que eu pudesse prolongar aquele contato, ela tomou a iniciativa e então seus lábios estavam me beijando da maneira mais gostosa possível. O beijo não era exigente, mas cheio de ternura e eu podia sentir minha Natasha em cada momento dele.

Não demorou muito até que voltássemos para cama, nenhuma de nós querendo realmente começar o dia, porque ainda não estávamos prontas para nos desgrudar. Quando deitamos novamente o mal estar fez minha cabeça rodar e isso me fez soltar um gemido de frustração.

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