O Caminho

1.5K 188 38
                                    




WANDA MAXIMOFF

2 ANOS E 5 MESES ATRÁS

Tínhamos caído em uma rotina confortável. Éramos casadas há quase dois meses agora e, sem sombra de dúvidas, a vida era excepcionalmente melhor ao lado de Natasha Romanoff. De manhã acordávamos cedo e íamos trabalhar juntas, Natasha sendo a grande empresária milionária e eu brincando de organizar alguns papéis que pareciam mais importantes do que sequer poderia imaginar.

Era bom me sentir útil, era ainda melhor estar ao lado dela o máximo de tempo possível. Ela tentava gerenciar seus horários para passar a maior quantidade de tempo comigo, mas às vezes as coisas ficavam um pouco loucas no mundo dos negócios, então alguns dias nós mal nos víamos pessoalmente. Eu não me sentia sozinha, entretanto. Natasha estava sempre presente, mesmo longe, mensagens ao longo do dia, fotos do seu sorriso bonito me pegando de surpresa e me tirando o fôlego completamente, ligações rápidas apenas para checar se eu estava bem.

Além disso, eu tinha os meus bebês. Eles eram essa presença constante, me enchendo de amor e algo muito mais complexo, não havia uma palavra que pudesse exercer com precisão o que eles significavam para mim, o que a nossa pequena família significava para mim.

A felicidade tinha um gosto realmente bom.

- Sua mente foi pra longe. -Natasha chamou minha atenção quando chegamos em casa depois do almoço. - Tudo bem?

- Sempre tão preocupada. -sorri, trazendo seu rosto próximo ao meu para um beijo rápido antes que saíssemos do carro. - Só estava pensando em como é bom ter você.

Pude ver o sorriso tímido que se formou em seus lábios enquanto andávamos lado a lado e de mãos dadas até nosso quarto. Tanto pra manter uma pose de durona, mas minha mulher era apenas uma pessoa machucada e que desejava ser cuidada e amada.

- Preciso fazer algumas ligações no escritório, vá ficar pronta para sua consulta. Não podemos atrasar. -disse rapidamente e então sumiu pela porta.

Me apressei no banho e escolhi uma roupa confortável, porque sabia que Natasha não era muito fã de atrasos, ainda mais quando ela tinha que cancelar metade dos compromissos do seu dia apenas para me fazer companhia. Insisti diversas vezes que eu poderia ir a uma consulta sem ela, mas sua posição era sempre irredutível. Isso só me fazia adorá-la ainda mais.

Entrei no escritório alguns minutos depois, já pronta. Ela tinha uma carranca fofa em seu rosto enquanto falava ao telefone, me fazendo sorrir para seu mau humor. Caminhei para trás da sua cadeira, deixando minhas mãos em seus ombros, massageando um pouco ali apenas para fazê-la mais confortável.

- Maria qual o sentido de eu ter um braço direito nessa maldita empresa se você não consegue resolver nenhum problema sem mim? -ela disse de maneira rude e quase me senti mal, teria me sentido mal se do outro lado da linha não tivesse uma pessoa que desejava minha mulher constantemente.

Afastei um pouco seus cabelos para o ombro direito, inclinando meu corpo e deixando alguns beijos inocentes no lado exposto do seu pescoço. Vi Natasha se encolher  com o contato, seu corpo sempre receptivo a qualquer toque meu. Não resistindo à sua reação, minhas mãos desceram pelos seus braços, acariciando enquanto os beijos inocentes se transformaram em um chupão forte o suficiente, mas não tão intenso para deixar uma marca.

O grunhido reprimido que saiu de sua boca me disse que ela estava tentando muito forte não gemer enquanto ainda estava em ligação com Maria Hill e sorri internamente sentindo sua pele se arrepiar sob meu toque.

- Tem certeza que não podemos atrasar? -sussurrei em seu ouvido, mordiscando seu lóbulo logo em seguida.

Natasha não foi capaz de abafar o gemido dessa vez e aquilo me deixou maravilhada, sua cabeça tombou para trás, me dando mais acesso ao seu pescoço, deixando-me livre para continuar meu trabalho ali.

Misery Loves CompanyOnde histórias criam vida. Descubra agora