Ponto de Ignição

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Notas iniciais: eu tô aqui, MUITO mais cedo do que deveria, porque prometi um presente para uma leitora e vim cumprir a minha promessa! callmeFP feliz aniversário, obrigada pelo carinho que você tem com a fic e todo o apoio. Queria ter entregue antes e também um capítulo melhor, mas como o que vale é a intenção, espero que você desfrute mesmo assim. Não esperem muito, é apenas uma ponte para o que vem a seguir.

NATASHA ROMANOFF

1 ANO E MEIO ATRÁS...

Olhei para o convite sobre minha mesa por alguns minutos. Estava perdida no momento, aquilo era uma representação gráfica do que eu havia almejado nos últimos anos, Era a premiação anual para os maiores empresários do país e eu, finalmente, receberia a minha indicação. Com grandes chances de ser a vencedora, por isso os organizadores exigiam a minha presença, com um acompanhante. Diga-se de passagem.

Ri para aquele disparate. A pessoa mais solitária do mundo, sendo obrigada a levar alguém ao seu lado. Considerei levar Maria, ela era meu braço direito na Companhia e, com toda certeza, entenderia a importância daquilo. Minhas considerações duraram cerca de trinta segundos ate pensar em todas as especulações que gerariam no mundo dos negócios quando eu levasse uma funcionária e não minha própria mulher.

Como eu explicaria que havia apenas o fantasma do meu casamento pairando sobre minha cabeça? Como explicaria o fato de ser odiada pela mulher que eu amava?

- Você está tão, tão longe. -Peggy me tirou dos meus pensamentos ao entrar em minha sala sem eu perceber. - Fico me perguntando para onde viajou.

- Não queira saber! Não é um lugar agradável. -deixei um pouco da minha amargura sair, me arrependendo instantaneamente. - O que faz por aqui?

- Queria dizer que vim para ver o Steve, mas sei bem que Natasha Romanoff não cai em mentiras. -ela sorriu ao se sentar na cadeira em frente à minha mesa. - Ele está preocupado e me pediu para conversar com você. Está preocupado que você esteja tão fechado em seu casulo que não consiga ver o mundo ao redor. Por algum motivo meu marido acha que você vai me ouvir.

Era claro que Steve faria algo como isso, ele vinha passando os últimos seis meses me dando lições de moral sobre como eu estava me fechando e afastando as possibilidades de que Wanda se abrisse pra mim.

Eu queria dizer a ele que isso não era o que estava acontecendo, que não haveria essa possibilidade de Wanda se abrir para mim porque ela me odiava, mas ele não ouviria de qualquer forma.

- Seja lá o que ele tenha falado, não é verdade! -respondi em defesa. - Você sabe como seu marido pode ser dramático quando quer.

Ela me olhou com um sorriso no rosto, me fazendo odiar o fato de Steve me conhecer tão bem, porque isso significava que ela me conhecia também.

- Natasha, não vim aqui para dizer o que você deve fazer. A única razão para que eu esteja aqui é por achar que o que vocês tem vale à pena. - Peggy tinha essa expressão condescendente, me fazendo querer encerrar aquela conversa imediatamente.

- Não restou nada. Sei disso porque estou lá todos os dias. -respondi honestamente, porque era o que eu achava. - Wanda não tem nada além de desprezo por mim. Não é como se eu estivesse escolhendo isso, é apenas como as coisas são.

- Eu sei que isso é o que parece, imagino que a situação seja tão excruciante que faça você enxergar as coisas dessa forma, mas eu estava lá quando vocês disseram o "sim" para o juiz de paz, Natasha. Eu vi o amor nos olhos de Wanda. -ela disse isso com tanta certeza que parte de mim quis ardentemente que aquilo fosse verdade.

Misery Loves CompanyDove le storie prendono vita. Scoprilo ora