PRÓLOGO

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    Era uma manhã nublada o que dificultava minha visão, ainda mais por cima das nuvens

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Era uma manhã nublada o que dificultava minha visão, ainda mais por cima das nuvens. Havia pouquíssimas pessoas nas ruas, algumas estavam voltando de seus trabalhos ou indo para algum lugar.

Desci até o enorme prédio onde morava meu alvo, fiquei na ponta dela para ter uma melhor visão. Ela sairia daqui poucos minutos, meu alvo era uma jovem que tinha acabado de chegar a maior idade. Ela tinha cabelos longos e loiros, com olhos castanhos escuros, pele pálida e bochechas rosadas. O que ficava ainda mais lindo nesse inverno da Califórnia, seu par, Suho era um cara sortudo.

Peguei uma das minhas flechas, coloquei ela no arco e esperei até Lisa sair do prédio. Ela não demorou, quando saiu puxei a corda e disparei em sua direção. Como esperado a flecha acertou em cheio, uma flecha invisível e indolor aos olhos mortais. Comecei a segui-la, quando seus olhos pousassem em Suho ela se apaixonaria completamente por ele. Então eu o acertaria com uma outra flecha e eles se amariam, de maneira recíproca. Ao menos era isso que eu esperava.

Quando Lisa olhou para Suho ela apenas o cumprimentou, mas para minha supresa ela o ignorou. Como se não sentisse absolutamente nada por ele, franzi o cenho. Eu tinha acerto, vi com meus próprios olhos a flecha atravessar a senhorita Manobal!

Senti o gosto amargo do fracasso, mas não tinha como ser possível. Era a primeira vez que me aconteceu isso, então peguei outra flecha e coloquei em meu arco. Mirei na Lisa e logo disparei, minha flecha estava atravessando-a pela segunda vez hoje.

Fui até a sala de Suho, ele não conseguia me ver, porém me sentia. Me aproximei dele, seu corpo todo arrepiou e ele remexeu-se incomodando.

— Vá até a senhorita Manobal. — Sussurrei em seu ouvido, Suho olhou em volta desconfiado.

Ele terminou de colocar o avental e foi até o caixa onde Lisa estava atendendo alguém, peguei outra flecha me preparando para acerta-la em Suho. Lisa virou para Suho, ele sorriu gentilmente para ela. Novamente Lisa não demostrou o mínimo interesse amoroso nele, meu queixo caiu.

O que está acontecendo?

Suho passou por ela indo atender uma das mesas do pequeno restaurante, eu estava parado no canto observando tudo boquiaberto. Sai pela janela e voei de volta para os céus, mas ao invés de ir para o meu palácio eu fui para a ordem dos Deuses. O enorme palácio de mármore e ouro puro entrou no meu campo de visão, minhas asas bateram fortemente uma última vez antes de pousar.

Entrei no palácio, era tudo cheio de ouro e estátuas, agachei e abaixei minha cabeça em reverência.

— Jeongguk... — Uma voz rouca ecoou por todo palácio, levantei minha cabeça. E lá estava ele, Zeus o Deus da justiça e da lei. — O que devo a sua visita?

— Olá, vossa soberania. — Tentei soar o mais calmo possível, mas ele notou meu nervosismo. — Vim por causa do meu atual alvo, a senhorita Lalisa Manobal.

Zeus se sentou no seu trono, levantei-me e fui até ele. Lambi os lábios pensando em como falaria para ele o que tinha ocorrido, Zeus esperava eu continuar.

— Minha flecha não funcionou nela, isso é possível? — Perguntei finalmente, ele ficou rígido. — Isso nunca aconteceu, estou desnorteado.

— Jeongguk, você está me dizendo que você falhou na sua missão? — Sua voz era rígida, isso me fez tremer.

— Infelizmente, senhor. — Falei num quase sussurro, Zeus levantou. — Eu não sei como, vi minha flecha atravessa-lá duas vezes!

— E não surtiu efeito. — Concluiu, pressionei os lábios. — Tem certeza que era a pessoa certa para ela?

Arregalei os olhos um tanto quanto ofendido, eu nunca errei. Não tinha porque fazer tal pergunta.

— Mas é claro, senhor. — Afirmei, Zeus me encarava com seu olhar me penetrando. — Lalisa Manobal, vinte anos, sonha em ser bailarina desde os seus dez anos. Atualmente trabalha em uma lanchonete para bancar suas aulas de balé, seu parceiro é Suho Brown, um cara simples de Washington. Ele trabalha na lanchonete para pagar sua faculdade de direito.

— E você está me dizendo que seu instrumento divino está com defeito, Jeongguk? — Indagou, apertei o arco em minhas mãos.

— Ele nunca falha, senhor.

— Falhou agora, ou eu estou enganado?

— Está certo, senhor. — Falei cabisbaixo, Zeus sentou-se no seu trono.

— Vá Jeongguk e descubra o que aconteceu e cumpra sua missão, ela é seu alvo e você precisa fazê-la amar.

Sem mais nenhuma palavra, eu me curvei em referência e sai de seu palácio indo a caminho do meu. Meu palácio era de mármore em um tom leve de marrom, entrei diretamente em meu aposento. Joguei meu manto na minha cama, estava exausto de toda essa história.

Escuto um bater de asas, desço rapidamente para o andar de baixo e encontro meu amigo, Taehyung.

— É verdade o que estão dizendo? — Me joguei no sofá, dei os ombros. — Suas flechas perderam o efeito?

— Que? Não! — Respondi rapidamente, Taehyung suspirou aliviado. — Quer dizer, duas delas não funcionaram.

— Que?! — Berrou, fechei os olhos. — Você é o Deus do amor, como diabos sua flecha não funcionou?

— Não sei, ela apenas não surtiu efeito no meu alvo. — Taehyung estava boquiaberto, Jennie adentrou como um furacão o meu palácio.

— Que merda é tudo isso que estão comentando? — Ela gritou comigo, minha amada irmã era um tanto quanto escandalosa.

— Minha flecha não surtiu efeito em um dos meus alvos, agora tenho que descobrir o porquê. — Falei tentando manter a calma, Jennie correu para o meu lado com as mãos na cintura.

— Por que você está assim tranquilo? — Ela me olhava de cima a baixo, revirei os olhos.

— Porque entrar em desespero não irá me ajudar em nada, você não tem que cuidar da lua ou sei lá o que?

— Estou ocupada ficando preocupada com meu irmão, tenho esse direito? — Falou irritada, virei-me para Taehyung.

— Jeongguk isso é muito sério, precisamos urgentemente descobrir o porquê isso aconteceu. — Minha irmã assentiu, correu para seu marido.

Enquanto Taehyung era Deus do sol, minha irmã era Deusa da Lua. Existiam muitas versões de sua história de amor perambulando pela Terra, em grande maioria distorcida.

— Eu vou descobrir, tá bom? — Tranquilizei, passei por ele subindo as escadas. — Agora saiam do meu castelo, eu preciso pensar.

— Tome cuidado, Gguk! — Jennie falou com preocupação contida, balancei a cabeça e dei as costas para eles.

— Tome cuidado, Gguk! — Jennie falou com preocupação contida, balancei a cabeça e dei as costas para eles

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𝖬𝖾𝗎 𝖢𝗎𝗉𝗂𝖽𝗈Where stories live. Discover now