CAPÍTULO QUATRO

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   Coloquei a mine saia vermelha e a blusa branca encardida, eu odiava tanto esse uniforme e não via a hora de rasgá-las e queimá-las

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   Coloquei a mine saia vermelha e a blusa branca encardida, eu odiava tanto esse uniforme e não via a hora de rasgá-las e queimá-las. O problema não é ser saia, e sim o tamanho. Se não usar um short, que meu chefe não disponibiliza, mostraria minha bunda o que é um tanto quanto desconfortável.

Arrumei minha bolsa rapidamente, coloquei minhas sapatilhas e sai do quarto. O cheiro da cafeína tomou de conta das minhas narinas, fui quase me rastejando até a cozinha. Jeongguk tomava uma xícara enquanto mexia no celular, ele tinha feito pão na chapa com queijo. Aquilo estava tentador.

— Oh, você acordou. — Falou gentilmente, olhei para a garrafa de café. — Pode tomar, esses pães aqui também.

Ele falava com um sorriso simpático, respirei fundo e peguei uma xícara. Eu tinha sérios problemas para confiar nas pessoas, ainda mais quando sentia que escondiam algo. Sentei na pequena mesa e beberiquei o café, Jeongguk fez uma careta enquanto olhava o celular. A curiosidade irradiou no meu peito, peguei um dos mistos-quentes.

— Esse uniforme não é desconfortável? — Indagou, ele desligou o celular e me olhou fixamente.

— Demais, infelizmente não tenho outra escolha ao não ser usá-la. — Falei, ele balançou a cabeça.

— Deve ser horrível usá-lo.

— Oh, tenho que ir. — Falei olhando o celular, deixei o café de lado e fui para o banheiro comendo.

Assim que terminei de devorar meu lanche escovei os dentes e fui embora, esquecendo completamente de me despedir de Jeongguk. Eu estava praticamente correndo pelas ruas de Nova Iorque, não poderia me atrasar um minuto que fosse. O ridículo do meu chefe descontava cada segundo de atraso, eu preciso do dinheiro para me sustentar e bancar o hospital da mamãe. A saúde daqui não é nada barata e meu salário de bailarina ainda não era suficiente para cobrir tudo.

Quando adentrei o pequeno restaurante o sino da porta ressoou por todo local, avisando minha chegada. Corri para dentro e prendi meu cabelo em um coque e coloquei a touca, Suho meu parceiro de trabalho estava atendendo algumas pessoas. Assumi meu posto no caixa, esse horário era totalmente tranquilo. O problema era às oito horas quando os universitários vinham tomar café da manhã, isso vira uma completa bagunça. O horário de almoço também, mas isso era maravilhoso. Afinal, isso que mante o local funcionando e eu empregada.

Viver da arte é completamente difícil, um sonho que muitos não acreditam. Minha mãe surtou quando disse que queria ser bailarina, zombou meu plano de vida. Sei o quanto ela se preocupa comigo, mas não ia me prender em um trabalho onde fico presa em um escritório e odiando cada segundo daquilo.

Apesar de problemas com minhas colegas, eu ainda amo o que faço. Estou pronta para disputar o papel principal na grande apresentação, não sabemos o tema ainda. Mas logo terá audições para os papéis principais, isso é importante para mim. Não posso ficar de fora, com o colega de apartamento agora não irei precisar de tantas horas extras.

🩰

Estava escurecendo quando cheguei em casa, estava exausta. Entrei no meu pequeno apartamento escuro e totalmente silencioso, entrei no meu quarto e tirei minhas roupas. Embrulhei-me na toalha e caminhei até o banheiro, abri a porta e entrei sentindo a umidade refrescante.

Tirei a toalha e caminhei para entrar, então paralisei quando escutei o barulho do chuveiro.

— Lisa? — Jeongguk gritou, senti minhas bochechas queimarem. Peguei minha toalha e embrulhei-me novamente, o box abriu e o rosto de espanto do Jeongguk me fez tropeçar. — Aí meu Deus!

Ele veio me acudir, agora estamos na situação mais constrangedora que poderia acontecer. Com Jeongguk me segurando completamente nu e eu abraçada na toalha, estávamos nos encarando. Ele me ajudou a ficar de pé, eu queria sair correndo e nunca mais vê-lo novamente.

— Desculpe, eu... eu não sabia que vc estava aqui. — Gaguejei. Ele puxou a toalha e cobriu-se, mas ainda consegui ver seu membro de soslaio. — Tchau.

Eu tentei sair, ele segurou meu braço. Olhei lentamente para ele, quando me soltou, sua mão sem querer bateu contra meus seios. Jeongguk estava com suas bochechas tão rosadas quanto as minhas.

— Desculpe-me, e... eu já terminei — Ele falou olhando nos meus olhos, passou por mim e me deixou ali sozinha totalmente envergonhada. — Belos seios, aliás.

Apertei mais ainda a toalha, quando escutei a porta bater virei e dei língua para ele.

Ele é tão babaca. Aposto que vai ficar zombando de mim até o fim desse maldito contrato, que ódio!

Banhei rapidamente, quando terminei corri para meu quarto. Vesti um blusão e um short jeans, pensei em sair. Mas a ideia de encontrar com o Jeongguk fez eu voltar para minha cama, já passei constrangimento demais por hoje.

Ignoraria ele para o resto da minha vida! A batida na porta me fez bater a cabeça na parede, passei a mão no local.

— Lisa, precisamos conversar. — Falou para todo o meu terror, peguei o travesseiro e usei para abafar meu grito.

Escutei seus passos se afastando, levantei-me da cama e sai do quarto. Jeongguk me esperava no pequeno sofá, respirei fundo e juntei o resto de dignidade que me restava.

— Sobre o que você quer conversar? — Indaguei visivelmente cansada, sentei-me no banco a sua frente.

— Temos que dividir as contas, você quer que eu fique com alguma em específico? — Falou brevemente, arregalei os olhos. Eu tinha me esquecido completamente.

— Oh, eu havia me esquecido. — Falei envergonhada, lambi os beiços. — Você poderia ficar com a da luz e eu a da água, o aluguel é metade metade.

— Sobre as compras, cada um faz a sua? — Indagou, ele cruzou os braços.

— Sim, se quiser podemos dividir a geladeira. — Sugeri, ele deu os ombros. — Era só isso?

— Sim, senhorita invasora de banho. — Falou rindo, revirei os olhos.

— Foi um engano, ok? — Falei um tanto estressada, ele colocou a mão na boca. — Podemos simplesmente esquecer esse momento vergonhoso?

— Como quiser. — Falou levantando, suspirei de alívio. E então ele me encarou, sorriu e lançou-me uma piscadela.

Tenho impressão que ele não vai deixar esse assunto de lado, pelo menos não tão cedo.

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𝖬𝖾𝗎 𝖢𝗎𝗉𝗂𝖽𝗈Место, где живут истории. Откройте их для себя