CAPÍTULO TREZE

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    Eu acordo totalmente atrasada, visto minha mine saia com o short por baixo e o uniforme

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    Eu acordo totalmente atrasada, visto minha mine saia com o short por baixo e o uniforme. Jogo tudo na minha bolsa, sai amarrando o cabelo. Consigo escutar o Jeongguk mexendo na cozinha, mas não falo com ele apenas saio correndo.

Já é um inferno passar por aqui cedo, quando não estou atrasada. Porque tenho que andar rápido se não eu perco o ônibus, agora com o atraso eu tenho que literalmente sair correndo que nem uma maluca. Cheguei na parada e a porra do meu ônibus estava saindo e o motorista não parou para mim, esse dia já começa sendo perfeito. 

Peguei meu celular e olhei o horário do próximo ônibus, passaria daqui cinquenta minutos! Então eu fiz a coisa mais sensata a se fazer no momento, esperar o próximo ônibus? Não, ir correndo para o emprego. Era uns oito minutos de ônibus, uns trinta andando. Se eu correr rápido consigo chegar lá em vinte minutos!

Vantagem de ser bailarina é sempre estar em forma e aguentar horas e horas de exercício pesado, uma corrida só iria me ajudar a manter o... que merda eu tô falando? Minhas pernas estão ardendo muito e estou começando a ficar cansada. Mas não paro, não posso. A saúde nos Estados Unidos é cara para caramba, tenho que manter esse emprego se eu quiser continuar com minha vidinha maravilhosa de nada me falta e a liberdade de poder comprar minhas coisinhas.

Eu cheguei no trabalho em dezenove minutos! Eu entrei lá e fui direto ao banheiro, joguei uma água no rosto e me abanei com as mãos. Eu queria abraçar o Jeongguk e falar, "você viu? Eu consegui chegar antes do que eu pensava". E daí que foi só um minutos antes? Foi antes e isso que importa.

Sai de lá, Suho sorriu. Fui para o meu caixa, ele estava do meu lado.

— Perdeu o ônibus? — Perguntou, suspirei e relaxei.

— Exatamente, o próximo só passava cinquenta minutos depois. Como isso é possível? Uma falta de respeito com os pobres.

Ele sorriu, ele é tão lindo. Tenho que admitir, não sou cega e ele me chamou a atenção desde do meu primeiro dia aqui. Sim quando eu cheguei aqui, ele já trabalhava. Suho é como eu, esforçado e focado no que quer. Rosé falou uma vez que fomos feitos um para o outro e que eu devia me aproximar, mas eu achei coisa total da sua cabeça. E ele é meu colega de trabalho!

— Um descaso total, por isso eu coloco cinco despertadores para garantir que não vou perder o horário. — Confessou, um cliente chegou e ele foi atender.

Ele era atencioso, tão atencioso que uma senhora vinha aqui e já o procurava. Quando ele pegou a virose ela me perguntou sobre ele umas dez vezes, algumas adolescentes também amavam vir aqui para ficar babando por ele.

Ele preparou o pedido do cliente, Suho logo voltou ao meu lado.

— Eu escutei que vocês estão se preparando para uma grande apresentação no seu trabalho, você vai participar? — Suho indagou, aquilo me animou e me deu uma energia que não sabia que tinha até uns segundos atrás.

— Sim! Eu peguei o papel principal, estou tão ansiosa. É a chance que estou querendo a anos!

Ele sorria me olhando, eu corei.

— Que legal, eu não sei muito sobre o balé. Mas quero ver essa apresentação, coca vai entregar tudo. — Falou confiante, eu sorri meigamente.

— Espero que sim.

— Você vai, não é qualquer um que consegue um papel pequeno na peça de lá. Imagina um principal, você deve ser talentosíssima.

— Eu sou apaixonada pela dança, isso me motiva a sempre melhorar. — Falei sorrindo, ele balançou a cabeça. — Como vai a faculdade?

— Uma dor de cabeça atrás da outra, muito difícil trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Mas estou fazendo o meu melhor. — Falou tristonho, coloquei minha mão no seu ombro. — Mas não vamos falar da minha desgraça, por favor me conte mais sobre sua apresentação e sobre o balé.

E como eu amo esse assunto eu continuei, falando muito animada e sabendo que provavelmente meus olhos estavam brilhando e que eu estava parecendo uma criança falando do brinquedo novo. Ele prestava atenção em cada palavra, fazia perguntas, me motivava e era tão bom que me fez perguntar porque nunca tinha conversado assim com ele.

Então eu senti aquela presença de antes, uma presença atrás de mim. Eu olhei para trás e não tinha nada, então me foquei em Suho. Perguntei sobre ele, Suho era bem mais parecido comigo do que eu esperava. Dava para fazer uma lista extensa com nossas coisas em comum, é tão incrível conversar com alguém que pensa do mesmo jeito que você.

Conversar com ele era diferente, eu sentia que era destinado. Então o horário de pico começou, eu e Suho não precisávamos de muitas palavras para conseguir conduzir esse local sozinhos. Conseguíamos fazer as coisas funcionarem, no final do expediente eu e ele saímos rindo e conversando sobre coisas aleatórias.

— Te vejo por aí, senhorita papel principal. — Falou, ele fez um referência de forma engraçada e fofa. Eu gargalhei alto.

— Te vejo por aí, senhor futuro advogado. — Imitei-o, foi sua vez de rir. E então fomos para caminhos opostos, eu saí quase que saltitando.

Sabia o que me aguardava na academia de balé, então estava curtindo meus momentos de descontração. Chegar lá é Lalisa, a bailarina profissional.

Um arrepio percorreu meu corpo e a sensação de que alguém me acompanhava sumiu, eu vi Jeongguk entrando. Apressei o passo e entrei logo atrás, ele não olhou para trás. Entramos na sala quase que juntos, então ele me viu e me cumprimentou com um sorriso meigo.

Sentamos juntos no canto da sala, alguns minutos depois a Eliza e o Joey entraram. Eles seguravam algumas folhas.

— Vamos falar sobre a grande apresentação, chamada 'Dois Opostos'. — Falou Eliza, claramente animada.

— Os nomes dos personagens são Tina e Kai, resumidamente o romance sera entre duas pessoas totalmente opostas que não podem ficar juntas. — Joey falou, todos prestavam atenção.

— Um amor proibido. — Sussurrei, Jeongguk olhou para mim.

— Mas eles vão se conhecer e se apaixonarem, começar a sentirem as dores do amor e da separação. Sentimentos esses que serão expressados pela dança. — Continuou Joey, a ansiedade percorreu meu corpo.

— Estamos confiantes, Lalisa e Jeongguk se mostraram competentes para expressar sentimentos através da dança. Além de possuírem uma conexão incrível e única. — Eliza falou olhando para mim e para Jeongguk.

— Bom, teremos um solo dos rapazes e um solo das meninas. Uma parte do solo ficará apenas os principais dançando, mas todos receberão um pouco de foco para mostrar seus devidos talentos.

— Vale ressaltar, que todos os papéis são de extrema importância. Então não desanimem por não terem conseguido o principal, vamos começar a ensaiar!

Todos levantamos, nos aquecemos e então o trabalho começou de verdade.

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𝖬𝖾𝗎 𝖢𝗎𝗉𝗂𝖽𝗈Where stories live. Discover now