CAPÍTULO OITO

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    O despertador ressoou pelo quarto, eu pulei da cama e cai no chão

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O despertador ressoou pelo quarto, eu pulei da cama e cai no chão. Agora meu corpo estava totalmente dolorido, sim os deuses sentem dor. Ergui o braço até a cômoda e peguei o aparelho desligando-o. Fechei os olhos e encostei a cabeça no chão. Isso era tão humilhante, sair do meu castelo no Olimpo para um apartamento minúsculo. Ou melhor, um apertamento. Não era isso que eu pensava sobre como viveria uma humanidade, na minha cabeça era bem mais interessante e divertida.

Coloquei uma regata preta deixando meus músculos amostra, uma calça moletom, peguei as sapatilhas e calcei os tênis. Joguei as sapatilhas na mochila e sai do quarto, o aroma de café emanava a casa. Lisa não estava aqui fazia um bom tempo, ela sempre ia para seu trampo da manhã. 

Eu queria tanto poder ler a mente dela, Lisa é uma das únicas humanas que eu nunca sei o que ela está sentindo ou querendo. Uma verdadeira caixinha de surpresas e eu detesto isso.

Isso não é bem verdade como eu desejaria que fosse.

🏹

Todos estavam se aquecendo quando Joey me puxou para o canto, encarei-o.

— Você já arranjou uma dupla? — Indagou, ele apontou para o cartaz "Audição para os papéis na grande peça". — Você e a senhorita Manobal tem uma conexão incrível, arriscaria a dizer que vocês são almas gêmeas da dança.

Franzi o cenho.

Almas gêmeas da dança?

— Eu já, iriemos participar juntos. — Falei baixinho, ela sorriu. — Almas gêmeas da dança?

— Você nunca ouviu falar? — Maneei a cabeça. — Que tipo de bailarino você é?! Oras, tem as almas gêmeas da vida e tem as almas gêmeas da dança. Uma conexão inexplicável, uma química incrível enquanto dançam. Seria um desperdício perder isso.

Ele passou por mim, eu fiquei lá parado olhando para a parede. Isso não podia ser sério, eu e Lisa almas gêmeas? Da dança? Nem fudendo. Sou um Deus, não tenho essas baboseiras. Ainda mais com uma mortal.

Soltei uma risada baixa com tamanha maluquice, Joey estava sorrindo.

— Eu produzi uma grande apresentação para todos vocês juntos, não importa quem pega o papel principal ou a árvore. Todos participaram. — Falou contente, os meninos se empolgaram. — A coreografia é um pouco complexa, por isso já iremos começar a trabalhar nela. Alguma dúvida?

— Alguém vai ter um destaque especial? — Perguntou um moreno alto, seus olhos estavam brilhando. Seus cachos caia sobre a testa.

— Todos terão destaque, entretanto, quem pegar o papel principal terá uma parte solo. — Explicou, ele olhou para turma atrás de mais perguntas. — Ótimo, sentem-se. — Ordenou, fomos para o quanto da sala e sentamos.

O resto da equipe do Joey entrou, era no total seis pessoas. A coreografia foi feita para treze homens, mas seis estava bom para demonstração. Eu não conhecia a música, talvez tenha sido composta especialmente para a coreografia.

Começou apenas com o piano em notas calmas, passando uma sensação de melancolia. Depois o piano foi se intensificando e começou entrando outros instrumentos, saindo da melancolia e indo para sentimentos mais intensos como raiva. Joey era um dançarino muito expressivo, ele conseguia passar o sentimento de desespero, raiva e medo com apenas alguns passos. Esse cara é genial.

Ao fim da coreografia todos estavam ofegantes, uma salva de palmas surgiu. Eu estava boquiaberto, eu quero muito participar dessa apresentação. Por tudo que é mais sagrado.

— Ótimo, vocês estão liberados para treinar para audição. — Falou ainda ofegante, eu levantei. — Vocês tem que levar essa audição à sério. Pode ser a chance que vocês tanto esperam de alavancar a carreira.

Eu peguei minha mochila e fui atrás da Lisa, ela estava conversando com sua instrutora. Aproximei-me.

— Boa tarde! — Cumprimentei-as, a instrutora sussurrou algo no ouvido da Lisa que a fez sorrir.

— Bom treino para vocês. — Falou se afastando, Lisa acenou.

— Até amanhã! — Lisa gritou, peguei o braço da Lisa e a arrastei para uma das salas. — Você quer mesmo repassar a coreografia?

Encarei-a, passamos o fim de semana inteiro praticando e eu tinha conseguido pegar a coreografia, mesmo assim não estava bom suficiente. Mas ela podia estar cansada.

— Se você quiser.

— Perfeito, eu não quero. Tchau. — Ela saiu em uma velocidade surpreendente, fui atrás. — Aonde você vai?

— Para casa também. — Falei tranquilo, ela soltou uma gargalhada. Passou seu cartão na catraca, fiz o mesmo.

— Também? Eu não irei para casa agora. — Fixei meu olhar no seu rosto. — Estou indo pegar um turno extra no restaurante.

— Que? Não vai não! — Falei imprudentemente, ela me olhou. — Pensei que você não queria repassar a coreografia por estar cansada, não para pegar horário extra.

— Bom não dá para voltar atrás, já batemos ponto. Adeus Jeongguk.

— Você tá brincando. — Falei incrédulo, mas ela não estava. Ela virou para mim e soltou beijinhos no ar. Meu coração saltou, filha da mãe.

Apressei o passo para alcançá-la, peguei seu braço e puxei. Ela arregalou os olhos em supresa.

— Ei! O que pensa que está fazendo?

— Te levando para casa. — Respondi, ela puxou o braço. Mas eu não soltei.

— Jeongguk... — Falou manhosa, estava começando a ficar quente de repente.

— Você trabalha feito uma psicopata, por isso que vamos em uma festa como pessoas normais. — Afirmei, vi ela revirar os olhos.

— Nem ferrando, eu irei trabalhar para ganhar um extra. E o único que tá me arrastando pro metrô feito um psicopata é você.

— Ha-ha você não precisa desse extra, Lalisa. Se permita relaxar. — Ela pressionou os lábios.

O resto do caminho foi em silêncio, mas ela estava ao meu lado. Chegamos em casa e eu estava considerando desistir dessa festa e ir deitar na minha cama, isso que o mundo humano faz conosco. Nos deixam exaustos demais para curtir. Te entendo Lisa.

— Quer usar o banheiro primeiro? — Indaguei.

— Você tem razão eu preciso descansar, por isso ficarei em casa dormindo. Boa festa, pode usar o banheiro.

— Não não, você vai comigo. — Ela rosnou, que nem um cachorrinho. Não consegui segurado riso, ela me deu um tapinha.

— Você é insuportável!

— Obrigada, agora vai se arrumar. Você sabe se arrumar para festas, né?

Ela me lançou um olhar mortífero antes de sair pro quarto, isso é mais difícil do que eu esperava. Tentarei usar essa festa ao meu favor, não posso vacilar.

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𝖬𝖾𝗎 𝖢𝗎𝗉𝗂𝖽𝗈Onde histórias criam vida. Descubra agora