CAPÍTULO SETE

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    Respirei fundo antes de bater na porta do Jeongguk, ele abriu sonolento

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    Respirei fundo antes de bater na porta do Jeongguk, ele abriu sonolento. Eu estava com um blusão e um short confortável, ele estava apenas de calça moletom.

MEU DEUS! ELE ESTÁ SEM BLUSA!

Eu corei imediatamente, meus olhos desceram até seu abdômen observando-o. Estava com medo de acabar babando, eu forcei meus olhos a fixarem em sua face. Minha boca ficou seca de repente, lambi meus lábios.

— Pois não? — Ele bocejou, automaticamente eu também.

— Você quer mesmo ser meu parceiro? — Perguntei com a voz trêmula, Jeongguk entrou no quarto e pegou a blusa que estava em sua cama.

Seu quarto era cheiroso e arrumado, com cores neutras e simples. Basicamente o oposto do meu, que tinha cores vivas e era uma completa bagunça. Um arco estava escorado no canto do quarto, fui até ele.

— Você sabe atirar? — Perguntei, ele virou o rosto rapidamente em minha direção. — O arco.

— Ah, sim eu sei. — Falou sorrindo, senti nervosismo em sua voz. Deixei de lado, afinal eu sou muito paranóica e fico vendo coisas onde não tem. — Não temos aula hoje, mas podemos ensaiar aqui ou tentar a sorte e pedir para usar uma sala lá.

— Hm, aqui é minúsculo. — Falei olhando para o minúsculo corredor, Jeongguk se aproximou e meu corpo todo respondeu sua proximidade com arrepios. — Mas podemos afastar o sofá, o que acha?

— Pode ser...

Antes que ele pudesse falar mais alguma coisa eu sai em direção a sala, afastei o sofá. Sim, eu acabei de fugir. Liguei a pequena televisão, tinha criado uma coreografia e gravei uma parte. Claro que a coreografia inicialmente era para apenas uma pessoa, porém podemos adapta-la.

— Eu crie uma coreografia um tempo atrás, ela vai precisará de algumas alterações. — Falei, ele pegou o sofá de apenas um lugar e o moveu com certa facilidade.

— Deixe-me ver, vamos fazer isso ficar bom de fato. — Falou animado, revirei os olhos. Transmiti a minha tela do celular para televisão e mostrei minha coreografia, coloquei uma das minhas música prediletas e Jeongguk pareceu gostar. — Uau! Isso tá bom, mas é para uma pessoa.

— Eu sei e obrigada, sim era sobre essa alteração que eu tinha mencionado. — Falei lentamente, Jeongguk pareceu pensar.

— E se mudássemos a música, uma com um ritmo que oscila entre o animado e o mais calmo. — Sugeriu, mordi o lábio inferior. — Estou escutando uma música ultimamente que me deu uma ideia de coreografia, fora que da para pegar a maioria dos teus passos.

— Mostre-me. — Ele puxou o celular, então eu logo notei que a música não era acústica e sim cantada. — Pensei que usaríamos apenas o ritmo, você quer a versão com as vozes?

— Sim, provavelmente todos iram usar sons acústicos ou apenas com o ritmo de alguma música. Podíamos mudar um pouco. — Falou animado, eu hesitei.

A música era 'Written in the Stars', do The Girl The Dreamcarcher. Eu gostei da melodia, era muito gostosa de se ouvir e realmente dá para fazer uma ótima coreografia com ela. Mas não temos tempo.

— Eu pensei já sei uns passos e como disse podemos usar alguns dos seus já criados, só precisamos organizar tudo. — Ele falou como se pudesse ler meus pensamentos. Suspirei e me rendi.

— Então vamos fazer isso, quer começar como?

— Que tal dançando alguma coisa antes? — Assenti, fui andar atrás da minha sapatilha. Ele pegou meu braço, olhei para ele. — Vamos descalço, dançando sem coreografia.

— Sem uma coreografia? Você quer dizendo so seguindo o som? — Questionei incrédula, sou acostumada a ter os passos miseramente contados.

— Sim, você precisa se soltar mais para isso funcionar. Não vejo forma melhor, vem. — Ele tirou sua sandália, ainda hesitante eu tirei as minhas também.

Ele coloca uma música da Shakira, uma batida sensual e marcante começa e logo consigo escutar a voz da Shakira. Jeongguk crava seu quadril no meu e começa a balançar de um lado para o outro.

— Relaxa. — Ele sussurra no meu ouvido, meu corpo todo se arrepia e me obrigo a relaxar. Mas não sei o que fazer, isso me deixa louca. — Mantenha o foco apenas na música e no meu toque. Confie em mim, Lili.

Então eu suspiro, consigo relaxar ao ouvir as notas, ansioso para se mover. Não costumo dançar sem uma coreografia pronta ou para produzir, dançar por dançar faz anos que não o faço. E meu corpo anseia por isso. Imito o passo de Jeongguk, então a música acelera e consigo me soltar.

Ando rebolando para longe de Jeongguk, uma sensualidade inesperada se aflorou em mim. Brinco com meu corpo enquanto olho para ele, como se quisesse seduzi-lo.

Jeongguk anda sorrateiro me circulando, sua postura é perfeita e arrogante. Como se mais nada no universo importasse, não sei de o de surgiu confiança em mim para agir da mesma forma. Faço uma pirueta e ele me ataca, enlaçando minha cintura. Meu passo se encaixa perfeitamente e eu giro nos seus braços, sinto como se estivesse em casa.

Não sei exatamente o que estamos dançando, talvez uma salsa? Tudo que consigo decifrar é a proximidade de nossos corpos, meu coração está tão acelerado como nunca esteve. Ele me gira para longe e me traz para perto, encaixa nossas pernas e trança nossos pés num jogo complicado.

Me afasto dele e faço um solo de piruetas, consigo ver o seu sorriso. Quase no final da música eu corro de volta para Jeongguk, como se fôssemos amantes, enrolando minhas pernas na sua cintura. Ele me pega com facilidade, respiramos ofegantes.

Ficamos assim em silêncio até ele piscar e me erguer de volta com cuidado, meus olhos estão cravados nos seus. Uma conexão tão intensa que nem sequer parece real, uma conexão que nunca cheguei nem perto de ter com outro alguém. Mas eu tinha com ele, uma conexão sobrenatural. Algo que deveria ser estudado, porque não podia ser possível.

Ele está mais lindo do que nunca, suas bochechas rosadas, cabelos pretos suados e bagunçados, sorriso carinhoso e um olhar penetrante. Sinto como se ele pudesse me ler com facilidade, como se soubesse de tudo que estou pensando.

— Isso foi... — Eu falo procurando palavras para descrever, mas não sei como fazer. — Uau.

— É, uau. — Ele concorda. — Isso foi surreal, não sabia que ia ser dessa forma.

— Pois é, surpreendente. — Sussurro, ele se aproxima e cola nossas testas. Seu suspiro bateu contra os meus lábios.

— Agora precisamos arrumar nossa apresentação.

Ele cambaleia para trás como se tivesse caído na realidade, parecendo meio bêbado com tudo que aconteceu. Suas íris escurecem e ele corta o contato visual, eu pisquei algumas vezes e fui até a televisão.

— Vamos trabalhar. — Falei ofegante, coloquei a nossa música. Ele me mostrou seus passos e eu pensava em como encaixar os meus na música e juntá-los com os de Jeongguk.

Meu coração ainda batia fortemente, o que era assustador.

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𝖬𝖾𝗎 𝖢𝗎𝗉𝗂𝖽𝗈Where stories live. Discover now