Capítulo 8

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            Notas da autora:
Olá amores e amoras como vocês estão? Espero que bem, bom queridos perdão a demora, tive que resolver alguns problemas e infelizmente não consegui postar e nem avisar vocês, contudo aqui estou eu,com uma pequena maratona de 3 capítulos, espero que gostem, e se gostarem dem uma estrelinha e comentem, eu adoro ler os comentários de vocês, bom amore é isso, um beijo e até daqui a pouco.
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Oliver
 
 Desço as escadas calmamente já pronto para iniciar minha rotina de exercícios, contudo ao chegar no último degrau vejo meus pais sentados na sala. Mamãe carinhosamente acaricia as costas de meu pai, enquanto o mesmo está com a cabeça baixa e as mãos no rosto. Intrigado aproximo-me dos dois e os chamo calmamente, enquanto ajeito o relógio em meu pulso.

— Bom dia, está tudo bem?— Questiono preocupado.
— Bom dia meu filho, infelizmente não.
— O que houve?— Aproximo-me mais de meu pai, e já próximo o mesmo ergue a cabeça, revelando assim os olhos vermelhos e úmidos.
— Oh mi hijo. (Oh meu filho.)
— ¿Qué pasó papá? (O que aconteceu pai?)— Pergunto enquanto abaixo-me em sua altura e o encaro.
— Tu abuela mi hijo. ( Sua avó meu filho.)
— ¿Qué le sucedió a ella? (O que aconteceu com ela?)
— Desafortunadamente ella nos dejó. ( Infelizmente ela nos deixou.)
— ¿Como asi? ( Como assim?)
— Não sei muito bem meu filho, mas pelo pouco que sua tia me contou, o quadro dela se agravou em menos de 48 horas.
— Pensei que com a mudança da mesma, para a área privada do hospital o tratamento seria melhor.
— Segundo sua tia o tratamento foi o melhor meu filho, todavia a doença driblou todos os exames de imagem impossibilitando assim que os médicos vissem seu progresso.— Completamente extasiado com a notícia, levanto-me e ando pela sala. Tentando a todo custo conter as lágrimas, levo minhas mãos a face e as esfrego.
— Meu filho, mantenha-se calmo, neste momento seu pai precisa de nós.— De certa forma mamãe está certa.
— Sim mãe, você tem razão, entretanto papai não é o único a precisar de nosso apoio neste momento, a tia Paula e minha prima também precisaram de nosso total apoio.
— Tem razão querido.
— O que faremos agora? — Pergunto enquanto vou em direção ao outro sofá e sento-me no mesmo.
— Vou agendar duas passagens áreas para amanhã, preciso ir auxiliar sua tia, você vem comigo meu filho?— Pergunta meu pai, ainda cabisbaixo e triste.
— Claro pai, esse é um momento muito delicado, por tanto tenha certeza que eu irei com você.
— Certo.
— Estava saindo para treinar, porém não há condições nesse momento para pensar em treinamento, por tanto vou subir e me arrumar, e assim que terminar vou fazer algumas ligações para Done, vou pedir que o mesmo fiquei em meu lugar por alguns dias na empresa.
— Certo meu filho.
— Pai?!— Devagar o mesmo guia seu olhar até o meu, e é notável que o mesmo está abalado, pois apesar de não ver sua mãe e sua irmã há 17 anos, elas sempre foram peças fundamentais em sua vida.
— Sim!
— Estou com você, sempre.— Levanto-me novamente do sofá e vou em sua direção, e já próximo eu pego sua mão e a beijo em forma de respeito e solidariedade.
— Eu sei meu filho, agora vá, se arrume e desça para o café.

  Concordando sutilmente com a cabeça solto sua mão e vou em direção a minha mãe, e assim que estou próximo lhe dou um beijo na testa e em seguida ando em direção às escadas. É doloroso saber que a Nona se foi e eu não pude me despedir, e não vou mentir as lágrimas não derramadas, neste momento pensam muito, pois não posso me dar o luxo de deixar minha dor transparecer, afinal meu pai precisa de mim e obviamente ele não é o único.

 Assim que adentro meu quarto, rapidamente fecho a porta e encosto-me sobre ela, e neste momento permito-me fechar os olhos e fazer uma oração silenciosa, onde peço que Deus cuide da alma de minha vó e que o mesmo de forças a minha tia e a minha prima, pois eu sei que em todo esse tempo ambas fizeram de tudo por minha avó, assim com Nona fez de tudo por elas. Engolindo em seco forço-me a novamente conter as lágrimas ao lembrar do quão importante Nona foi na minha infância. Claro que sua partida desta casa foi terrível, mas confesso que neste momento o peso de saber de sua morte é muito pior. Posso não ter sido um neto presente, contudo eu sempre a amei, e de certa forma arrependo-me de não ter tido coragem para investir antes em buscas para saber onde ela e minha tia estavam.
 
  Eu sei que se ambas quisessem contato, elas nos manteriam informados sobre seu paradeiro, mas é claro que depois da morte do tio Daniel e do vovô, elas precisavam de um tempo, mas eu e nem ninguém esperávamos que para obter este tempo, ambas precisavam ir embora e se desconectar totalmente de nós. Sentindo-me impotente, abro novamente os olhos e desencosto da porta e sigo rumo ao meu banheiro, onde pretendo tomar um banho, para clarear mais as ideias e preparar-me para o que está por vir.

Lírio De PrataOnde histórias criam vida. Descubra agora