Capítulo 16

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Mariana

A realidade as vezes consegue ser uma grande vadia sem dó, pois no momento em que Oliver disse-me que iria embora meu subconsciente demorou alguns segundos para entender que realmente aquilo é verdade e que todo o momento mágico do qual compartilhamos durante toda a tarde tinha sido só um dia comum para ele com a prima da qual com certeza ele já considera uma irmã. Sim eu construí uma grande ilusão entorno de nós dois aquela tarde, mas eu não esperava ser acordada de minhas ilusões tão cedo e que elas fossem enterradas de vez com uma simples ligação.

Claramente eu não sou tão fluente assim no espanhol, mas o pouco que entendo foi o suficiente para perceber que do outro lado da linha quem fala é sua namorada, e é fato de que eu sempre soube de seu namoro assim como eu sempre soube de suas amantes, na verdade creio que o mundo todo sabe afinal o que mais sai nos tabloides são rumores de traição ou de separação de pessoas ricas e famosas, contudo mesmo sabendo sobre seu relacionamento e sua fama de cafajeste não pude evitar em criar ilusões.

Enquanto Oliver conversa  por telefone com sua namorada, busco sair silenciosamente da sala para que ele tenha privacidade e eu consiga livrar-me da angústia em saber que jamais Oliver Stone iria olhar-me de outra forma. Assim que chego ao corredor deixo um suspiro escapar de meus lábios, com cautela sigo até meu quarto e no momento que paro em frente a porta levo a mão até a maçaneta, todavia não giro a mesma e permaneço parada ponderando se realmente vou fugir dele e do que sinto ou se volto, engulo cada um dos meus sentimentos e faço sala para ele até minha mãe e meu irmão chegarem, a dúvida é esmagadora.

Entretanto meu momento de ponderação dura por poucos minutos pois logo ouço a porta da sala sendo aberta e a voz de meu irmão surgindo ao fundo, aliviada por saber que ele e aparentemente minha mãe haviam chegado para ficar com nosso convidado, não penso duas vezes e giro a maçaneta da porta há abrindo em seguida, logo depois adentro ao meu quarto e acendo a luz iluminando automaticamente todo o cômodo.

Uma hora depois

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Uma hora depois

  Olhando para o teto de meu quarto deixo um suspiro frustrado escapar de meus lábios, é verdade que Oliver entrou literalmente em minha vida a pouco tempo, porém ele já se tornará parte dela, e eu arrisco-me a dizer que talvez nós já nos tornamos amigos. Entretanto lá no fundo do meu peito bem guardado em uma caixinha está minha paixão por esse homem, um homem que apesar da fama de mulherengo tem sido minha âncora nas últimas semanas,  e saber que em apenas dois dias ele irá embora deixou-me sem muito rumo.

  Sim eu apeguei-me em uma pessoa pela qual eu sempre fui apaixonada e que só me conhece a algumas semanas, parece piada isso mas realmente é complicado, e é mais complicado ainda quando já nutrimos algum sentimento por essa pessoa e claramente não é recíproco, mas eu não o julgo afinal como poderia ser recíproco?! ele mal conhece-me e mesmo se conhecesse eu duvido que ele fosse sentir algo além de amizade e respeito por mim, mas isso não muda o fato de que não vai ser fácil vê-lo ir embora, claro não é como a morte de minha avó isso é óbvio mas lidar com a partida dela e a possibilidade de não ver mais meu "primo" é pior ainda, por isso preferi fugir no momento em que Oliver estava ao telefone pois é mais fácil do que me despedir.

Lírio De PrataOnde histórias criam vida. Descubra agora