Lírio De Prata

Capítulo 50

Oliver

Horas antes.

Assino o bilhete e por fim dobro e o coloco dentro do envelope, com tudo pronto pego o embrulho juntamente com a carta e sigo em direção ao quarto de Mariana que ainda está vazio, cautelosamente adentro o cômodo, vou até sua cama e deixo o presente em cima de seu travesseiro, assim que termino saio novamente de seu quarto, ando pelo corredor e desço as escadas, sem pressa sigo em direção ao corredor que leva até a cozinha e por fim ao chegar vou direto para a máquina de café, rapidamente coloco a água na máquina e a cápsula de café, enquanto a bebida é preparada eu sigo até a geladeira em busca de algo para comer, claro que daqui algumas horas o café da manhã será preparado porém estou ansioso demais para esperar. Juro que adoraria ir com meu pai buscar a mulher que amo, porém preciso entrar em uma reunião muito importante com os acionistas agora de manhã, farei isso daqui de casa mesmo o que me dá mais tempo para descansar e esperar pela Mari.

Enquanto pego uma maçã ouço passos e rapidamente desvio minha atenção da geladeira e olho para a entrada da cozinha, e ali parada vestida com um hobby cinza e de cabelos soltos está Márcia, não nego ela é realmente linda, mas seu encanto perdeu brilho aos meus olhos depois que tive Mariana em meus braços. Tentando ser no mínimo educado eu lhe falo um bom dia e ela balança a cabeça e depois segue até a pia onde pega um copo o enche de água e bebe, não ligando tanto para sua presença volto minha atenção para geladeira onde pego a maçã e alguns frios, por fim volto minha atenção para o balcão Márcia já havia saído da pia e seguia rumo ao corredor novamente, dando de ombros vou até a máquina de café pego minha xícara e a levo até meus lábios e sorvo um pouco da bebida quente e forte, olho de relance para o relógio do micro-ondas e logo vejo que preciso me apressar pois em pouco tempo a reunião irá se iniciar por tanto preparo rapidamente um lanche e depois guardo tudo onde estava, pego sem demora minha xícara, meu sanduíche e a maçã, apressadamente volto para meu quarto como em pouco tempo e termino o café, assim que o relógio marca seis da manhã entro em reunião junto com alguns acionistas.

Meia hora depois.

Enquanto meu sócio explica algumas contrapartidas do contrato,  abaixo momentaneamente minha cabeça e aperto os olhos com os dedos, minha visão está um pouco embasada e meu corpo um pouco fraco, mas apesar disso mantenho-me firme e volto minha atenção para tela do notebook que logo volta a tornar-se um borrão, suspirando tento manter o foco e depois de longos minutos finalizo o reunião e levanto-me da cadeira da escrivaninha e sigo em direção a minha cama, por breves instantes fecho os olhos e deixo meu corpo cair na cama.

" De onde vem esse cansaço ainda mais depois de uma xícara de café?"

Levo as mãos até os olhos e os esfrego contudo o sono não vai embora, rendendo-me permito-me dormir um pouco mais, afinal com Mari no hospital mal venho dormindo a noite, alguns poucos minutos de sono vai me fazer bem e tenho certeza que vou estar mais disposto assim que Mariana chegar. Calmamente vou rendendo-me ao sono contudo tento abrir os olhos assim que sinto o peso de um corpo sobre o meu, no mesmo instante imaginei que fosse Mari que chegará mais cedo, depois de um pouco mais de insistência abro um pouco meus olhos e de um modo embasado vejo a silhueta de um mulher, imaginando ser Mariana sorrio.

— Chegou cedo gordita hermosa.

Ela nada diz contudo leva suas mãos até meu peito e desce, calmamente ela vai puxando minha camiseta para cima mesmo estando um pouco sonolento eu a ajudo e logo livro-me da camiseta, devagar vou sentindo seus lábios escorregarem por meu peito e irem descendo até o cós de minha calça, sorrindo fecho novamente os olhos enquanto sinto suas mãos abaixarem aos poucos minha calça.

— O que te deram no hospital Mari?

Pergunto enquanto pisco mais lentamente, completamente sonolento fecho permanentemente meus olhos e logo imagino o sorrio de Mariana enquanto estamos deitados juntos na cama, a imagem de seu sorriso deixa-me com a sensação de plenitude, eu a amo de um jeito tão intenso que mal consigo me imaginar sem ela. Ainda divagando sinto um leve empurrão em meu braço, ignorando o ocorrido ajeito-me e abraço o corpo da mulher que amo e volto a descansar e divagar.