Capítulo 36

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Oliver

Subo as escadas rapidamente e logo chego ao quarto de meus pais, respirando fundo bato na porta e espero uma resposta, entretanto não a tenho, impaciente bato novamente na porta mas novamente não tenho resposta prestes a bater novamente ouço uma voz atrás de mim que impede-me de prosseguir.

— Senhor?!— Viro-me e logo encontro os olhos cansados de Josefina olhando-me atentamente.
— Boa tarde Josefina como você está? — Aproximo-me da senhora de 54 anos e logo lhe abraço carinhosamente.
— Estou bem meu filho, só um pouco cansada.
— Você precisa de férias, vou providenciar isso com meu pai, assim que o encontrar.
— Estou bem Oliver lhe garanto.
— Sabe que não me convenceu não é?
— Um dia eu chego lá meu filho.— Rindo afasto-me um pouco dela e a vejo ajeitar as toalhas nos braços.
— Você sabe onde meus pais estão?
— Ah sim, os vi na área da churrasqueira jogando cartas.
— Obrigada Jose, você salvou minha tarde.
— De nada querido.

Sorrindo lhe dou beijo na bochecha e sigo em direção as escadas, as desço sem demora e logo chego na sala de visitas, passo por ela e vou até a cozinha, assim que chego eu á atravesso e vou até a porta dos fundos e logo a abro e saio para a área externa que interliga cozinha, churrasqueira e piscina já do lado de fora encontro meus pais sentados ao lado da churrasqueira jogando baralho e tomando um vinho, respirando fundo aproximo-me deles e sento-me em uma cadeira.

— Olá querido, veio jogar com a gente?
— Hoje não mãe, na verdade vim falar com vocês.
— E do que se trata filho? — Questiona meu pai.
— Sobre minha prima e a mamãe.
— Oh pelo amor de Deus, você ainda está batendo nesta tecla Oliver?
— Sim estou mãe.
— O que houve?
— Bem pai, sei que mamãe não gosta da tia Paula e dos meus primos, contudo ao menos eu gostaria que ela respeitasse eles.
— Como assim? — Papai pergunta confuso.
— Ela por não gostar deles muitas vezes acaba os desrespeitando, os magoando com palavras que realmente machucam.— Meu pai olha para minha mãe extremamente decepcionado.
— Heloísa já tínhamos conversado sobre isso antes.
— Ah faça-me o favor Flávio, não sei o que a insuportável da sua irmã veio fazer aqui novamente.
— Ela e meus sobrinhos voltaram para casa que é deles por direito.
— Essa casa é minha Flávio.
— Não Heloísa você sabe que não é, está casa é da família Stone e isso inclui minha irmã e meus sobrinhos.
— Eu cuidei desta casa durante anos  enquanto sua mãe e sua irmã sumiram mundo a fora.
— Com certeza elas tiveram o motivo delas, contudo isso não muda o fato de que aqui sempre foi e sempre vai ser o lar dela, da minha irmã e dos meus sobrinhos.
— Não acredito que estou ouvindo isso.
— Sim você está, amo você Heloísa e está casa também é seu lar, mas você não é a exclusiva dona dela, nos todos somos uma família.
— Quer saber este jogo de cartas já deu, aqui estou saindo.— Mamãe joga o restante de suas cartas na mesa e levanta-se.
— Mãe...
— Não Oliver, aquelas mulheres nunca se quer ligaram para saber se você e seu pai estavam bem, agora que uma morreu a outra veio se enfiar junto com seus filhos na casa que eu ajudei a manter em pé depois da partida delas e ainda sou obrigada a ouvir essas barbaridades.
— Aquelas mulheres são da família, minha irmã e meus sobrinhos jamais ficarão desamparados, então sugiro que aceite isso de uma vez por todas e se não quer aceitar ao menos os respeite.— Irritado meu pai levanta-se de sua cadeira e olha seriamente para minha mãe.
— Chega os dois, meu objetivo não era causar uma discussão, apenas pedir que houvesse mais respeito da parte da mamãe pela minha tia e meus primos, a família já passou tempo demais separada e agora não precisa de mais confusão e fofocas para serem expostas em tabloides.
— Se não querem confusão, então mantenha eles longe de mim e não teremos problemas.— Com uma arrogância fora do normal, mamãe vira-se de costas e anda em direção a cozinha, impaciente passo as mãos sobre a face e logo depois olho para meu pai que ainda mantém seu olhar na porta de entrada da cozinha.
— Não queria causar uma outra discussão.
— Sei que não filho, juro que achei que sua mãe ao menos tivesse maturidade para entender o quão importante sua tia e seus primos são para mim.
— Eles também são importantes para mim pai, assim como o senhor a mamãe e minhas irmãs, porém viver nesta casa está cada dia ficando mais insustentável.— Exausto meu pai volta a se sentar e logo em seguida respira fundo.
— Vamos ter que encontrar uma forma para convivermos melhor, não quero mais separações em nossa família.
— Nem eu pai, nem eu.

Lírio De PrataKde žijí příběhy. Začni objevovat