Lírio De Prata

Capítulo 23

            Notas da autora:
Olá amores e amoras voltei, perdão pelo horário, ia postar mais cedo porém fiquei sem energia elétrica e só voltou agora de madrugada então me perdoem pelos errinhos ortográficos e pela demora, contudo cá estou eu com mais um capítulo espero que gostem, teremos uma leve tensão no ar e muito mistério pela frente, bom vejo vocês no sábado queridos um beijão e até logo.
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Mariana
 
" Oliver iria me beijar?"

 Sua aproximação foi tão envolvente, seus toques, seu cheiro, sua atenção prenderam-me de tal forma que só percebi o que realmente estávamos prestes a fazer assim que ouvi a voz de meu irmão, Oliver é um homem que facilmente deixa qualquer mulher de pernas bambas e mente revirada contudo eu não sou uma mulher que causa o mesmo efeito nos homens. Eu sei do meu valor, da minha capacidade e do meu potencial, todavia eu não faço parte de uma sociedade que é razoavelmente aceitável para homens do porte de Oliver, confesso que fiquei completamente vidrada em seus olhos castanhos esverdeados porém parei de raciocinar no momento em que ele tocou minha face e analisou minha boca, tudo naquele momento atraia-me para mais perto dele e aparentemente ele estava na mesma bolha que eu.

 Mas assim que ela se rompeu eu vi o que aconteceria e sei que no momento seguinte a isso Oliver deixaria de me tratar com carinho, ele seria respeitoso óbvio mas veria que ficar perto demais de mim poderia me criar expectativas que nunca seriam reais, eu anseio pelo toque de seus lábios nos meus a anos porém ultimamente o que mais venho ansiando é seu carinho e amizade o que já pode ser considerado muita coisa. Apesar de ser completamente apaixonada por ele eu conheço sua fama e sei que mesmo sempre sendo gentil e meu amigo ele mudaria, depois de um beijo e com certeza essa amizade séria rompida pois eu seria mais uma em sua interminável lista de corações partidos.

Nunca fui uma pessoa de fazer comparações mas sempre existe uma primeira vez e aqui parada de frente para o espelho de meu banheiro comparo-me com Cheila e até mesmo com Vanessa a moça da cozinha, não sou nada parecida com elas, tenho coxas grossas demais, braços grossos demais, quadril muito largo e grande, barriga grande, rosto grande em resumo absolutamente tudo grande, sem contar que meu estilo não é exatamente sexy ou despojado, uma calça jeans surrada, uma blusa larga da banda Nirvana, um par de all stars velhos, óculos levemente grande com armação preta e cabelo castanho ondulado sem brilho algum, pode se incluir neste conjunto todo também minha pele do rosto, que apesar de limpa contém algumas poucas espinhas, não me considero horrenda mas também não chego perto de me parecer como Cheila ou Vanessa e nem sinto vontade pois o que elas tem de bonitas, elas também tem de feias na personalidade e no caráter.
 
Sabendo que me martirizar não vai dar em absolutamente nada muito menos me comparar com elas, eu abaixo-me na pia ligo a torneira e lavo meu rosto, preciso me preparar psicologicamente pois hoje o jantar não será fácil, na verdade ele nunca é fácil principalmente com as indiretas ridículas de Karoline e sua mãe.

Dois dias depois.

 Ando devagar em direção ao canil  nos fundos da casa e ao chegar cumprimento Cléber com a cabeça e logo empurro o portão que fecha a entrada do lugar, já dentro da área guio meus passos até o centro do canil e assim que paro os dois cães grandes vem em minha direção, Hera e Zeus esfregam seus focinhos em minhas pernas em busca de carinho, feliz por eles já estarem acostumados comigo, sento-me no chão e saio acariciando suas pelagens espessas e escuras, suspiro durante o processo e limpo minha mente enquanto sinto uma vontade incontrolável de chorar.