Capítulo 57

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         Notas da autora:

Olá amores e amoras voltei novamente, desculpa a demora mas aqui estou, logo LDP termina e finalmente teremos um fim digno para Mariana e Oliver ou talvez não... Bem isso só vamos saber daqui um tempinho, é isso meus queridos espero que gostem do capítulo um beijão e até logo.

Obs: Amores vou reforçar, a história vai ter erros ortográficos infelizmente, não sou revisora profissional e nem pretendo ser, contudo dou o meu melhor para que não tenha tantos erros, principalmente erros grotescos certo?!

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Mariana
 
9 meses depois.
 
 Olho atentamente para a máquina em minha frente e sorrio, por meses juntei uma parte do meu pagamento para finalmente dar entrada em uma... obviamente que meu pagamento no começo era pouco, contudo depois que fui ganhando experiência no setor logo meu salário aumentou assim como o cargo com isso consegui terminar de pagar meu curso que teve sua finalização mês passado e acrescentou alguns pontos a mais em meu currículo. Ainda atenta a minha nova aquisição, detalho com atenção cada pequena parte da Honda CBR 250 RR de cor bordô escura, depois de anos sonhando com essa moto finalmente agora consegui dar entrada nela, claro que não vai ser fácil pagar as parcelas e muito menos sua manutenção, entretanto sempre foi meu sonho e de certa forma creio que mereço um mimo mesmo que ele possa sugar metade do meu pagamento todo mês. Assim que finalizo os trâmites legais de aquisição da moto eu marco uma data específica para vir a retirar da concessionária, este tempo de espera será o tempo certo até minha habilitação ficar totalmente pronta, sorrindo aperto a mão do vendedor e logo viro-me nos calcanhares e sigo sorridente para fora do local pronta para pegar um ônibus para ir embora.
 
1 hora depois.
 
 Assim que abro a porta de casa e adentro a sala, eu a encontro completamente vazia e organizada, achando estranho fecho a porta atrás de mim e começo a andar pelo cômodo, hoje é sábado não é possível que mamãe e Matheus tenham saído sem ao menos me avisar, preocupada ando pelo ambiente com cautela.
 
— Mãe?— Obtenho o silêncio como resposta. — Matheus?
 
 O silêncio ainda reina sobre o ambiente por tanto ando calmante pelo local e sigo em direção ao corredor que se mantém escuro e em silêncio, engolindo em seco pego com cautela uma vassoura que está encostada em um canto do corredor e continuo andando enquanto o objeto ainda permanece em minhas mãos, sinto uma gota pequena de suor escorrer por minha testa enquanto mantenho minha atenção concentrada no corredor a minha frente, mais próxima aos quartos ouço um barulho vindo da porta do quarto de minha avó, engolindo em seco ergo o cabo da vassoura, minutos depois a porta é aberta e mamãe aparece com uma caixa em mãos.
 
— Misericórdia.— Diz ela quase derrubando a caixa que carrega.
 
— Que susto mãe.— Digo mais aliviada enquanto abaixo a vassoura e suspiro.
 
— Que susto digo eu menina, o que tá fazendo com essa vassoura na mão?
 
— Morri de chamar e ninguém respondeu, achei que alguém tivesse entrado aqui.
 
— Seu irmão está na faculdade e eu finalmente vim arrumar o quarto de sua avó.
 
— A senhora não devia estar no trabalho?
 
— A empresa está de recesso por causa das manifestações.
 
— Dos caminhoneiros?
 
— Exatamente.
 
— Hum... Quer ajuda com isso? — Aponto para a caixa em suas mãos.
 
— Sim querida, tem mais duas dessa lá dentro.
 
— Vou pegar, onde eu as deixo depois?
 
— Pode colocar no chão da sala.
 
— Está bem.
 
 Sem pressa coloco a vassoura em um canto e depois ao seu lado deixo minha bolsa, devagar adentro o quarto que a tanto tempo foi mantido fechado, pelo que se vê mamãe já havia tirado pó de algumas coisas e encaixotado grande parte das outras, respirando fundo pego uma caixa aberta em cima da cama e saio com ela pelo corredor, logo que chego a sala eu a coloco junto a outra caixa; Repito este processo três vezes até finalmente não sobrar mais nem uma caixa em cima da cama, ofegante pego a mesma vassoura que usei como instrumento de defesa e voltei ao quarto e comecei a varrer o chão, imediatamente comecei a lembrar de quando era criança.
 
Flashback on.
 
— VOVÓ... VOVÓ.— Entro correndo pelo cômodo e logo pulo de alegria ao ver minha avó se levantando.
 
— Que foi Mari?
 
— Vovó adivinha que dia é hoje. — Ela logo faz uma careta e coloca alguns fios já brancos atrás da orelha.
 
— Páscoa?!
 
— Não vovó é meu aniversário hoje.
 
— Não... Não... Não... Eu me lembro muito bem que foi o ano passado.
 
— Vovó todo ano eu faço aniversário.
 
— É mesmo? Eu não me lembrava disso não.— Diz fazendo uma nova careta.
 
— Poxa vovó.— Chateada deixo meu sorriso morrer e logo abaixo a cabeça, realmente ela havia esquecido meu aniversário.
 
— Bobinha eu jamais esqueceria seu aniversário.
 
  Voltando a sorrir vou em direção a vovó que abraça-me assim que á alcanço e em minutos estamos ambas deitadas na cama rindo enquanto ela me faz cócegas.
 
Flashback off
 
 Vivemos momentos felizes aos quais eu sei que já não vai voltar mais. Assim que termino de varrer saio do quarto e vou até a sala onde encontro minha mãe fechando com fita uma caixa enquanto outras ainda permanecem abertas, sorrateiramente aproximo-me dela e sento-me ao seu lado, logo puxo uma caixa em minha direção e começo a vasculhar seu interior, sem demora encontro um álbum muito antigo de fotografias, imediatamente pego o álbum em minhas mãos e começo a olha-lo, algumas fotos são minhas outras do meu irmão e algumas da mamãe e da vovó juntas, a cada foto olhada um sorriso diferente surgia em meu rosto até finalmente parar em uma única foto, nesta está um menino de uns 9 anos com um sorriso banguela abraçado com uma menininha gordinha de uns 3 ou 4 anos, não foi difícil saber que aquela menina sou eu e o menino claramente é o Oliver, ainda olhando a imagem de nós dois sinto meu coração apertar ao recordar que ele está agora em bogotá ao lado de uma mulher que provavelmente já havia tido seu filho, se é que realmente é filho dele, suspirando detalho com os dedos a imagem e logo sinto meus olhos arderem, óbvio que em todo esse tempo longe existem várias mensagens e ligações de Oliver, todavia eu as tento evitar pois assim a dor em meu peito não consome tanto meu ser. Sorrindo tristemente fecho o álbum e o retiro da caixa, prefiro que ao menos isso fique guardado, depois de praticamente tudo encaixotado volto para o quarto de minha avó e começo a tirar os lençóis amarelados de sua cama, literalmente mamãe preferiu não mexer em nada até o dia de hoje; depois de trocar tudo e ajeitar o que sobrou de suas coisas saio do quarto e fecho a porta, fazendo assim com que eu me despeça pela última vez das lembranças que ainda existiam de minha avó.

Lírio De PrataOnde histórias criam vida. Descubra agora