Capítulo 46

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        Notas da autora:
Olá amores e amoras, como vocês estão? Espero que bem, meus lindos perdão não ter postado semana passada, foi uma semana muito corrida e para ajudar fiquei sem internet, porém cá estou eu com mais um cap, espero que gostem um beijão enorme e até o próximo sábado.
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Oliver
 
 Preocupado mas sabendo que ficar parado não ajuda em absolutamente nada, eu logo solto a mão de Mariana e arregaço as mangas de minha camiseta social, depois viro para ela e levo minhas mãos até sua face.
 
— Escute gordita hermosa, se algo acontecer eu quero que saia daqui e vá atrás de ajuda.
— Ficou louco Oliver? — Pergunta-me ela assustada.
— Apenas obedeça Mariana por favor.
— Não posso deixar vocês aqui.
— Você não vai neste momento, mas se por acaso essa casa começar a ceder quero que você saia daqui o mais rápido possível.
— Eu...
— Só faça isso por mim gordita hermosa.— Mesmo a contra gosto ela concorda com a cabeça.
— Eu amo você.
— Também te amo Mari.
 
 Selo rapidamente nosso lábios e em seguida a fasto e vou em direção ao homem, que ainda está desesperado lutando contra a água e a lama.
 
— ¿Cuál es el nombre de tu hija? ( Qual é o nome da sua filha?)
— Su nombre es Cecilia. ( O nome dela é Cecília.)
 
 Balanço a cabeça concordando e começo a buscá-la pela água e pela lama, a pouca iluminação não facilita em nada minha vida e a água cheia de terra não permite minha visão de ver o fundo da casa de maneira melhor, sabendo que o tempo da menina é escasso respiro fundo e prendo a respiração, minutos depois mergulho na água turva, infelizmente não consigo manter meus olhos abertos por tanto guio-me apenas pelas mãos que tocam em tudo, buscando o corpo de alguém que infelizmente não sei se é criança ou uma adulta. Sentindo meu ar acabar, vou emergindo e assim que chego na superfície volto a puxar o ar e imediatamente passo as mãos no rosto retirando o excesso de água e terra da face.
 
— Cecilia.— Chamo seu nome, contudo não houve nenhuma agitação na água, meu medo é de que por estar a muito tempo embaixo d’água seus pulmões não tenham suportado a pressão, ainda mais se ela não souber nadar.— Cecilia.
 
 Sem resposta respiro fundo novamente e mergulho outra vez na água lamacenta, afundo mais meu corpo e começo a tatear tudo ao meu redor, porém só encontro objetos que afundaram, por já estar um tempo embaixo da água sinto novamente meus pulmões arderem, prestes a voltar para superfície, sinto minha mão esbarrar em algo macio e pequeno, aguentando firme tateio melhor e sinto uma mão pequena flutuando, sem esperar agarro a pequena mão e logo vou a puxando para cima junto comigo e quando finalmente chego a superfície termino de puxar o corpo da menina de aparentemente 9 anos.
 
— Mariana... arruma algum lugar para colocar ela em cima.— Rapidamente ouço ela jogar algumas coisas na água.
— Aqui.
 
 Sem demora levo a menina em direção a uma bancada simples de armário que para nossa sorte não afundou totalmente, agilmente coloco o corpo da criança na bancada e imediatamente começo a checar seus sinais vitais, infelizmente para alimentar mais meu medo ela não está respirando e está sem pulso.
 
— Preciso que se afastem.
 
 Falo para Mari e o pai da criança que tenta se aproximar desesperado da filha, entendendo meu pedido Mari afasta-se e com dificuldade afasta o homem também.
 
— Vamos pequeña Cecilia, tienes que despertar. ( Vamos pequena Cecília, você tem que acordar.)
 
 Início os procedimentos de primeiros socorros, enquanto faço a massagem cardíaca analiso seu semblante e mesmo sabendo que não é adequado início a manobra de respiração, conto trinta compressões para duas respirações. Apesar do cansaço não desisto e depois de mais um tempo vejo finalmente a pequena tossir e expelir a água para fora de seus pulmões, mais aliviado afasto-me um pouco dela porém logo percebo que apesar de viva ela não está bem.
 
— Temos que ir para o hospital.
 
 O pai de Cecília entra em desespero assim que pego a menina no colo, contudo mesmo não sabendo falar tão bem o espanhol Mariana tenta o explicar o que ocorre.
 
— Tenemos que llevarla al hospital. (Temos que levá-la ao hospital.)
— Ella está bien, ¿no? Dime que mi hija está bien. ( Ela está bem, não está? Diga-me que minha filha está bem.) — Em pânico Mariana olha-me sem saber o que fazer.
— Su hija estará bien, pero necesitamos llevarla al hospital para eso. ( Sua filha vai ficar bem, mas precisamos levá-la ao hospital para isso.)
 
 Assim que termino minha frase o homem concorda ainda amedrontado, sem esperar mais pego a menina no colo e começo a andar para fora da casa, minha prima e o homem cujo ainda não sei o nome vem logo atrás, mesmo andando com dificuldade consigo sair da área mais arriscada e sigo em direção ao barranco novamente, o pai de Cecília sobe primeiro o barranco e ajuda-me a subir ela, com eles já no alto, seguro a mão de Mariana e a ajudo a subir, logo atrás dela eu subo até finalmente estarmos novamente na parte seca da estrada.
 
— O que faremos? — Pergunta Mari ainda apavorada.
— Vai para os bancos de trás do carro.— Sem questionar ela segue para a porta traseira do carro, logo depois abre e adentra o veículo. De um modo um pouco desajeitado pego novamente a menina no colo e vou em direção a porta traseira do carro.— Vou deitar a cabeça dela em sua perna Mari, você vai monitorar ela durante o caminho até o hospital.
— Tudo bem.— Mariana recebe a menina em seu colo e logo leva uma de suas mãos até a testa molhada da garota.
— Oliver ela está gelada, precisamos aquecer ela.
— Aqui.— Puxo meu terno do banco da frente e cubro o corpo da menina.— Farei o possível para chegar logo ao hospital.
 
 Ela balança a cabeça concordando e depois ajeito meu terno melhor no corpo da criança em seu colo, sendo ágil fecho a porta e logo abro a do carona para que o pai da garota adentre o carro, mesmo apavorado o homem entra e em seguida eu fecho a porta e corro para o lado do motorista.

Lírio De PrataWhere stories live. Discover now