Capítulo 24

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             Notas da autora:
Olá amores e amoras como vão? Espero que bem, queridos antes de mais nada uma feliz páscoa, que Deus abençoe muito todos vocês e que vocês tenham comido bastante chocolate rsrs. Gente esse cap era para ter saído ontem de madrugada, mas nada deu certo, eu tentei subi ele achando que tinha ido mas não, aí durante o dia todo foi assim, agora hoje é minha última tentativa espero que agora ele vá, bom meus lindos e lindas tia Ingrid vai deixar vocês com um cap interessante sobre as mudanças nos sentimentos do Oliver em relação a Mariana e volto na quarta com mais cap, um beijão enorme.
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Oliver
 
1 dia depois.

 Alongo meus braços enquanto foco minha visão na macieira do outro lado do quintal, automaticamente minha mente volta a reviver a cena de alguns dias atrás onde Mari e eu por pouco não cometemos um erro. Bom não sei se um beijo realmente séria um erro, afinal sua aproximação de uma forma estranha deixou-me hipnotizado e durante os dias que se seguiram fora impossível esquecer seu cheiro, seus olhos brilhantes e seus lábios levemente avermelhados, sei que somos primos mas não vejo um problema tão grande isso, afinal um único beijo não poderia causar tantos problemas ou será que poderia? Apesar da dúvida constante em minha cabeça, não deixo de olhar para a árvore e lembrar daquele fim de tarde.

 Assim que termino a sessão de alongamento dos braços resolvo fazer algumas flexões, fazendo com que eu distraía minha mente e mantenho meu foco no chão. Sem perder tempo abaixo-me flexiono meus braços e começo a contar, faço os mesmos movimentos repetidos por trinta vezes e quando chego na décima segunda vez resolvo descansar, por tanto jogo-me no chão e respiro fundo enquanto viro-me de costas para grama e olho o céu límpido e levemente azulado, as manhãs aqui em Bogotá são tão lindas quanto os fins de tarde. Ainda olhando o céu não percebo a aproximação de alguém, todavia assim que noto um movimento estranho alguns metros de mim, eu logo levanto-me do chão e vejo minha irmã Daniela vindo em minha direção de cabeça abaixada. Preocupado eu levanto-me rapidamente, limpo minha roupa e vou em direção a minha irmã que ao se aproximar mostra-me o rosto cheio de lágrimas, preocupado eu logo aproximo-me mais e a puxo para perto de mim há abraçando no processo.

— Ei... ei... o que houve Dani?
— Aquele... é aquele sonho...
— Tá tudo bem.— Eu a puxo com cuidado para mais perto de meus braços e ela logo agarra minha camiseta e se desmancha em lágrimas, dês dos dez anos ela vem tendo o mesmo sonho, isso a fez tornar-se mais reclusa, quieta e fechada e quando completou quinze anos teve sua primeira crise de ansiedade, daí para frente foram crises atrás de crises.
— Não aguento mais isso.
— Eu sei que não Dani, por isso sugeri que você começasse a terapia, vai te ajudar e muito.— Minha irmã permanece parada, agarrada a minha camiseta enquanto ainda deixa alguns poucos soluços escaparem.
— Estou tão cansada disso, eu só queria uns minutos de paz.
— Sei que sim.— Sussurro enquanto acaricio delicadamente suas costas, minha irmã precisa de tratamento e não é vergonha alguma ela o fazer, pelo contrário vai ajudá-la e muito, contudo mamãe nunca concordou muito com isso e sempre colocou muitos empecilhos para que ele não ocorre-se, porém agora creio que é hora da minha irmã se cuidar.
— Desculpa interromper seu treino.— Sussurra novamente enquanto aperta os braços em volta de minha cintura.
— Não se preocupe Dani, eu estou aqui sempre.— Ela concorda com a cabeça e logo depois afasta-se devagar de mim.
— Posso ficar aqui com você?
— Claro que pode.

 Balançando levemente a cabeça, minha irmã afasta-se e senta-se no gramado ao lado de minha bolsa de treino, um pouco mais calmo em relação a ela, logo volto a exercitar-me e depois de mais algumas sessões de flexão Daniela volta a pronunciar-se.

— Sabe irmão eu gosto da Mariana e do Matheus, eles são bem calmos e gentis.
— Eles realmente são Dani, e eu também gosto muito deles.
— O que me deixa chateada é o modo que nossa mãe e Karoline trata a Mariana e a tia Paula.
— Eu também sinto-me assim, quando estou perto elas evita ser inconvenientes, mas sei que quando saio elas tripudiam em cima da Tia e da Mari.
— Queria conseguir as defender como você defende, mas não consigo nem me autodefender.
— Não se preocupa Dani, elas sabe se cuidar e eu as protejo quando estou por perto, assim as "malvadas" da família Stone abaixam a guarda.— Minha irmã solta uma risada divertida, enquanto vai levantando-se do chão.
— Te amo irmão, você é incrível.
— Eu também te amo baixinha.
— Vamos entrar? o café com certeza já deve estar pronto, minha barriga está roncando e minha cabeça pesada após o choro.
— Vamos sim.

Lírio De PrataWhere stories live. Discover now