CAPÍTULO 1

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Dias atuais

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Dias atuais...

Mais uma vez acordo atrasada para ir à escola. Apesar de praticamente estarmos no fim do ano letivo e já ter sido aprovada com êxito no meu último ano do ensino médio, prefiro me manter invicta de qualquer advertência. É como minha melhor amiga e cunhada Helena diz: sou uma cdf nata. Contudo, não é apenas isso, preciso manter minhas notas altas pois pretendo cursar pediatria numa boa faculdade e o histórico escolar conta muito para isso.

-Analu, já acordou? Vai se atrasar, minha filha!

Ouço a voz de minha mãe Leda me chamando do lado de fora do meu quarto. Ela não é minha mãe de sangue, na verdade. Ela me adotou quando eu tinha apenas cinco anos de idade ao ficar órfã devido a um acidente de carro fatal que vitimou meus pais. Minha mãe biológica era sua melhor amiga, e só não morri junto com eles por decidir ficar brincando com meu melhor amigo, agora irmão, Pietro.

-Já me levantei, mamãe! - Grito, mas sei que não a convencerei. Sou muito distraída e não é a primeira vez que me atraso.

-Mesmo? - Indaga e posso jurar que está com uma sobrancelha erguida.

-Não!

Confesso a verdade pois, não gosto de mentiras assim como ela. Quando completei dez anos de idade, ela me chamou para conversar junto a todos da nossa família, exceto meu irmão Lorenzo que quase nunca aparece, para poder revelar que eu havia sido adotada por ela. Contou como tudo aconteceu, que eu havia parado num orfanato ficando por lá algumas semanas, mas que me adotou e deu-me o nome Marino. Hoje me chamo Ana Luiza Giaro Lombardi Marino. Ela fez questão de manter o nome dos meus pais.

- Como eu imaginei! Não demore, filha. Seu café esfriará e seu irmão irá levá-la hoje. Pietro já está a sua espera.

-A Lena veio? - Indago, levantando-me da cama apressadamente, indo direto para o banheiro.

-Sim, meu bem! Não demore.

-Sim, senhora!

Pietro e Lorenzo são meus irmãos por adoção. Entretanto, não tive muito contato com meu irmão mais velho, pois, quando meus pais morreram, ele já havia se casado e morava na Itália. Com isso, Pietro se tornou, de longe, meu melhor amigo. Desde sempre foi muito bom comigo. Me levava para tomar sorvete, brincar no parque, além de passarmos horas vendo desenhos animados na tv. Muitas vezes, quando tinha pesadelos,
- o que acontece com frequência - ele vinha dormir comigo. Fora quando me desesperava em dias de raios e trovões, ele sempre vinha ficar comigo para me acalmar. Hoje, quando ocorrem tais fenômenos, vou para a cama de minha mãe e durmo com ela.

Quando disse a Pietro que havia beijado pela primeira vez, mesmo que isso não houvesse acontecido, ele ficou furioso. Queria que eu desse informações sobre quem teria sido o garoto porque ele iria quebrar a cara dele. Nessa época ele namorava Helena que foi minha cúmplice em tudo. Hoje eles são casados, apesar de serem novos. Ele tem vinte e oito anos, enquanto ela tem vinte e um. Muitos os questionaram quando começaram a se relacionar por conta da idade dela que época tinha apenas dezesseis. Mas as pessoas preconceituam tudo. Ele esperou que ela fizesse dezoito anos e então se casaram.

VINGANÇA MARINO I - (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora