CAPÍTULO 46

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- Senhor, não acha que está mandando ela para o Brasil cedo demais? Só partiremos daqui a duas semana

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- Senhor, não acha que está mandando ela para o Brasil cedo demais? Só partiremos daqui a duas semana.

A voz de Tyron ressoa ao meu lado enquanto olho para o céu vendo o avião com Ana Luiza e as outras mulheres partir. Pietro já está no Brasil esperando por sua chegada. Mandei-a antecipadamente para que se acostume a ficar distante de mim. Não sei o que acontecerá comigo enquanto estiver por lá, mas não quero que ela sofra mais do que sei que já está sofrendo.

Nossa despedida foi complicada, pois a menina cismou que tinha que ficar comigo. Falou que nosso filho sentiria falta do pai...mais uma das loucuras de Ana Luiza. Ao chegarmos no aeroporto privado, foi ainda pior, Analu não queria me soltar por nada, como uma criança que se despede do pai, agarrou-se a mim e não queria me soltar. Se eu pudesse, ficaria ali o tempo todo, mas tenho uma missão a cumprir e não poderia deixar passar. Com muito custo ela me soltou e então, após lhe beijar a testa, ela se foi.

Minha menina mimada!

- Melhor assim, Tyron! Tenho muitas coisas para pensar e organizar. Não poderia deixar que minha mente fosse tomada unicamente pela preocupação com ela e com...o meu filho!

- Entendo, mas isso não mudará muito, pois bem sei que ficará ansioso por revê-los. Vai se preocupar do mesmo jeito. - Diz e sorrio sarcástico.

- Não me conhece, Tyron! Não tem ideia de como eu posso ser ou me comportar quando tenho um objetivo. E eu tenho. - Paro e me volto para meu soldado. - Posso ter me apaixonado por Ana Luiza e verdadeiramente eu sou. A amo mais que qualquer coisa nesse mundo, porém nem mesmo esse amor todo pode me parar em meu objetivo. Nada pode ou vai frustrar meus planos, nem mesmo ela. - Afirmo.

- Senhor...

- Vou pra essa guerra com a última lembrança que tive do meu pai, Tyron. - Meu braço direito me olha atordoado por ter me ouvido chamar o grande Capo Marino de pai pela primeira vez. - Seu coração ainda aquecido em minhas mãos, seu corpo despedaçado naquele galpão com todo o sangue Marino espalhado como água da chuva acumulada. Vou vingá-lo, ainda que no final eu morra. Morrerei satisfeito! Durante todo o tempo necessário, será como se Ana Luiza nem existisse. Vai ser melhor assim.

Digo e ele me olha seriamente por um tempo. Ando para o carro e ele logo me acompanha. A viagem de volta a sede improvisada foi silenciosa. Mudei muitas coisas enquanto me preparava. Para evitar contratempos antes do que está previsto, busquei medidas de prevenção a qualquer represália que venha a ter.

Em cada aeroporto, estação de trem ou barcas, além de alguns lugares específico da cidade de Nova York tem soldados meus infiltrados, inclusive na polícia, para fazer a contenção do local. Depois do roubo da minha carga e da desconfiança de que tinha o envolvimento da máfia calabresa nisso, mais uma vez atuando pelas minhas costas, procurei me previnir.

Há anos Nova York virou minha cidade. E não tenho pretensão de sair daqui. Por esse motivo, ficou acordado que, quando tudo isso acabasse, eu continuaria comandando tudo daqui mesmo.

VINGANÇA MARINO I - (Concluído)Where stories live. Discover now