CAPÍTULO 13

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Sempre foi difícil entender o que se passa na cabeça das pessoas

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Sempre foi difícil entender o que se passa na cabeça das pessoas. O ser humano, de um modo geral, mal consegue entender a si mesmo. Saber lidar com as pessoas ao nosso redor, é uma verdadeira arte. E se for uma pessoa como meu querido irmão mais velho, esquece! Está aí um homem complicado.

Quatro dias já se passaram desde a minha última conversa com Lorenzo em seu escritório, onde ele primeiro chamou minha atenção, depois me aconselhou, brigou comigo, me beijou, me excitou e depois me acalmou do nervoso que senti quando minha mãe bateu na porta enquanto nos beijavámos. E por fim, saiu de lá sem sequer me dá uma satisfação. Esse comportamento confuso e variado veio de uma única pessoa: Lorenzo Marino.

Para dizer a verdade, essa foi a última vez que nos vimos. Ele saiu pela porta, irritado como sempre com alguma coisa e, quando retornou, já era bem tarde. No dia seguinte, aconteceu praticamente a mesma coisa. Meu irmão Pietro disse que ele está muito ocupado com algumas coisas da empresa, visto que entrará em recesso devido às festas do final do ano e há necessidade de deixar tudo organizado pra isso.

Fiquei um pouco triste por não o ver, mas acho que é melhor eu me acostumar com isso. No entanto, meu corpo grita querendo o dele. Toda noite tenho sonhos com ele que me fazem acordar suada. Pegando fogo. Mas, por mais que tenha sentido a mesma coisa que senti, Lorenzo consegue ser bem mais frio. Insensível mesmo.

O homem não demonstra o mínimo de empatia por ninguém, enquanto estávamos em nosso momento erótico ele cuidou de mim, se preocupando com meu bem-estar. Entretanto, tenho consciência de que não terei nada além disso. Lorenzo é o que é, e precisarei me acostumar com isso.

Nesses dias que se foram, também não tenho visto Walery aqui. Walkiria até vejo e não fica fazendo pouco caso da minha presença como antes. Lorenzo disse que conversaria com ela e tenho até medo do teor dessa conversa. Contudo, me sinto melhor assim. Não me sinto deslocada, nem diminuída por ninguém.

- Cunhadinha linda, vamos sair hoje? - Helena chega atrás de mim, enquanto observo a paisagem da sacada da varanda da sala.

- Para onde iríamos? - Pergunto me acomodando no sofá do local, dando espaço para que ela se sente comigo.

- Vamos para o shopping. Certamente, encontraremos tudo de que precisamos lá.

- E do que precisamos? - Indago-a confusa.

- Ana Luiza, acorda! É Natal, não pretende presentear sua família? Pelo menos a sua melhor pessoal tem de dar alguma coisa! - Diz fazendo bico.

- É verdade! Acabei me esquecendo.

- Ainda bem que que eu existo na sua vida! - Fala me abraçando, mas logo se acomoda no sofá ao meu lado.

- O que pensa em dar ao meu irmão? - Questiono curiosa. Lena sempre faz a mesma coisa, compra fantasias sexuais e faz um show para ele.

VINGANÇA MARINO I - (Concluído)Where stories live. Discover now