CAPÍTULO 30

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Eu não sei o que pensar sobre tudo que está acontecendo comigo

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Eu não sei o que pensar sobre tudo que está acontecendo comigo. O olhar de Lorenzo sobre mim é acusador. O homem não acredita que eu não o traí, apesar de que, de certa forma, o fiz sim. Eu não deveria ter mentido quando ele perguntou onde eu estava, obviamente já possuía uma resposta em mente. Quebrei sua confiança e com certeza isso não será fácil de ser consertado.

Já tem uma semana que não nos tocamos, mal falamos na verdade. Lorenzo sai cedo, chega tarde, isso quando volta pra casa. Durante todo esse tempo, ele não dormiu ao meu lado na cama. Até na academia ele dormiu, menos comigo. Como eu me arrependo de não o ter esperado para conversar como assim deveria ter sido. Como eu me arrependo de não ter levantado daquela cadeira de teatro no mesmo instante que Lincoln chegou e voltado pra casa para esperá-lo.

Suspiro pesadamente sentada em nossa sacada que nos últimos dias virou só minha.

Minha mãe me mandou diversas mensagens, mas não respondi nenhuma. Inclusive me ligou, como ignorei, ligou para o telefone de Hilda pedindo pra falar comigo, mas recusei. Lincoln também mandou recado querendo notícias minhas, mas eu lhe enviei uma mensagem pedindo que não mais me procurasse. Numa de suas respostas chegou a dizer que iria conversar com Lorenzo pessoalmente para explicar o mal-entendido. Eu tive que ri. Pela raiva que Lorenzo demonstrou, me admira que Lincoln ainda esteja vivo.

Eu sinto falta demais do meu amor. Tenho saudade dos seus beijos, dos toques e de seu corpo no meu. Das palavras safadas que dizia em meus ouvidos quando nos amávamos com toda intensidade do nosso desejo. Até mesmo de suas grosserias sinto falta, pois elas são bem menos doloridas que o seu silêncio.

Precisamos resolver essa situação, eu preciso dar um jeito de restabelecer a normalidade da nossa relação antes que não tenha mais volta. Todavia, o que eu farei? O homem não para dentro de casa, e quando está, se recusa a conversar.

Mas um suspiro pesado sai de minhas narinas, me fazendo perder a noção do tempo.

- Ana Luiza, coma, por favor! Vai adoecer desse jeito. - Hilda me desperta enquanto estamos sentadas a mesa.

-Estou sem fome, dona Hilda! - Uma lágrima pinga em meus pulso e tento escondê-la.

-Vai passar mal assim! - Adverte-me. -Não está sentindo dores no estômago? Seu médico disse que precisa se alimentar corretamente para não haver inflamações causadas pelos líquidos gástricos que se formam, pela falta de alimento. Não estou vendo você comer! - Completa e sorrio culpada. Tenho sentido algumas pontadas no estômago, mas dá pra suportar.

-Eu estou bem, só preciso dormir um pouco. - Digo sem qualquer argumento. Tento me levantar da mesa, mas sou parada por sua mão que pousa suavemente em meu pulso.

- Precisam conversar! - Enfatiza.

- Eu quero, mas Lorenzo não quer!

- Ele está magoado. Vejo meu menino totalmente perdido, tentando lidar com um sentimento que é novidade pra ele. - Chama minha atenção e me aborreço.

VINGANÇA MARINO I - (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora