O livro tratará da obsessão de um homem pela busca do cumprimento de uma promessa feita, quando ainda era uma criança de doze anos, ao assistir a morte precoce de seu pai. O menino cresceu com sede de se vingar de cada um que contribuiu para que seu...
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Sinto os espasmos até agora. Todo meu corpo vibra pelo orgasmo sufocado há dias em minha garganta. Era tudo de que eu precisava, que nós precisávamos para poder nos religarmos outra vez. Não digo propriamente o sexo, não tenho ilusões de que só transa quem ama. Isso é um grande e triste engano. Estou falando a cumplicidade que compartilhávamos, da entrega que tínhamos um para o outro e da declaração de amor silenciosa através do nosso olhar.
Eu estava com saudade desse homem que, em todos os sentidos, marcou a minha vida. Que já fez loucuras pelo meu bem e sei que ainda muito irá fazer. Por mais que não seja um cavalheiro, romântico e delicado, consegue superar todas e quaisquer expectativas quando se está amando. E sei que ele me ama, até mais do que eu mereço.
A cabeça de Lorenzo descansa entre meus seios, enquanto suas mãos acariciam meu corpo com calma e cuidado, como numa adoração. Estamos deitados na suíte de seu avião, seguindo um caminho que não sei onde é, mas também não busquei por saber, pois confio no homem que me guia. Na verdade, nunca mais transferirei para alguém a confiança que deveria ser somente dele. Do homem que, mais uma vez, salvou minha vida me operando.
Que loucura! Tem de ter muita confiança em sua capacidade, para fazer o que ele fez. Isso só me faz entender o quanto sou completa com ele. Meu amigo, irmão e meu amor.
- Está sentindo dor, menina? - Lorenzo ergue a cabeça, me encarando. Seus lindos olhos, agora num tom ainda mais claro devido à luz, me fitam preocupados.
- Só minha intimidade que dói, por conta da pressão que sentiu por sua empolgação. - Respondo um pouco constrangida. Ele gargalha gostoso, parecendo relaxado.
- Diga boceta, meu amor. - Coro com sua desinibição ao falar. - Gosto quando você fala bem depravada para mim. E sim, fodi você com força e muita vontade. Estava cansado de tocar punheta por causa do seu erro.
- Ei... vai jogar na minha cara ainda? - O repreendo.
- Só se isso me permitir fodê-la outra vez. - Responde, alcançando minha boca, beijando-me com toda vontade e desejo.
- Você se masturbou? - Pergunto acanhada ao afastarmos nossas bocas.
- Muito! Vários dias, diversas vezes por dia. No banheiro da academia, do escritório, na sacada de nossa varanda... até quando eu estava torturando. - Franzo a testa confusa. - Eu imaginei você comigo ali e de como poderia ficar poderosa dando na cara de um filho da puta, após arrancar-lhe os olhos. Porra, que tesão do caralho! - Exclama, sugando meus seios com força e noto que é sério o que diz.
- Lorenzo!! - O repreendo e ele abaixa a cabeça, passando a língua entre meus seios e sorri. - Que horror! - Completo. Mas um pensamento me perturba. Quem foi sua vítima da vez? Minha mente me leva a Lincoln e seu silêncio. Penso se algo lhe aconteceu. - Lorenzo... quem você torturou? - Pergunto, temendo por sua reposta. Ele levanta a cabeça, me encarando outra vez.
