CAPÍTULO 24

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Meus dias em Nova York têm sido imprevisíveis mesmo

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Meus dias em Nova York têm sido imprevisíveis mesmo. Quantas coisas, boas e ruins, já me aconteceram desde que vim pra cá, há quase dois meses. De tudo, me apaixonar por Lorenzo foi a mais inesperada. Sei que de alguma forma esse tipo de coisa poderia acontecer comigo, já que estando na faculdade me relacionaria com várias pessoas e a possibilidade de conhecer alguém estava em voga em minha mente. Comentamos várias vezes, eu e Helena, sobre isso. Porém, não pensei que esse alguém seria meu irmão adotivo, menos ainda que seria tão intenso.

Eu nuca havia pensado antes que tipo de homem eu iria querer na minha vida. É claro que sonhei muitas vezes com meu casamento, com um marido que me amasse, que me desse filhos e que pudéssemos ter uma família feliz e tranquila. Estava guardando meu coração para um homem que fosse honesto, calmo, romântico, que amasse o termo família e que fizesse questão de estar inserido nela. Até meus olhos contemplarem a figura de Lorenzo que não se enquadra em nada disso.

Ao ver meu irmão por adoção pela primeira vez depois de adulta, todo conceito que tinha foi desconstruído só com seu olhar penetrante, perturbado e hipnotizante. Aprendi com ele que não podemos escolher quem amar, que não temos controle de nossas emoções quando simplesmente o amor acontece. É o coração quem dita as regras desse jogo perigoso que é se entregar para alguém como eu fiz. Fiquei tão envolvida nisso que nem me dei conta de que estava me relacionando com um homem que nunca poderá ser meu, por já ser de um outro alguém.

O homem não tem escrúpulo, é um adultero, assassino, amargurado, sem esperança, apático a própria família, simplesmente uma pessoa que não se importa de ser assim. Lorenzo jamais mudará, está nos olhos dele a indiferença com os sentimentos das pessoas ao seu redor. Contudo, quando estamos juntos, sinto que temos um algo a mais, que ele é o meu mundo e que sou o mundo dele. Isso me assusta. E é esse medo que tenho dele que me deixa ansiosa, receosa e preocupada; o que acaba refletindo em meu corpo.

Depois de saber que Lorenzo saiu em viagem de lua de mel com Walkiria, senti como se tivesse perdido algo de valioso pra mim. Tentei não dá importância ao que Pietro falou, tão regozijante pela felicidade do irmão, porém não foi possível, já que, assim que cheguei no meu quarto, me deixei ser tomada pelas lágrimas, inundada na minha angústia.

Mas, o que eu poderei fazer se ele decidir reaver esse casamento?

Esse pensamento me aflige a alma. Eu não desejo mal as pessoas, quero que todos possamos encontrar o caminho da felicidade e, apesar de já ter sofrido pelas palavras maldosas de Walkiria, também quero que ela seja feliz. Infelizmente, a felicidade dela agora pode acarretar a minha tristeza e amargura. O que eu deveria pensar nesse caso? Aperto os olhos aflita ao ouvir a batidas na porta do meu quarto.

— Pode entrar! — Anuncio.

— Oi, podemos conversar, irmã? — Pietro põe apenas a cabeça pra dentro do meu quarto, com um sorriso terno no rosto.

VINGANÇA MARINO I - (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora