Capítulo 67

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Por Anahí:

Havia se passado um mês desde a melhor noite da minha vida. Nossas vidas finalmente estavam encaminhadas para assumirmos nosso relacionamento.

Quase todos ao nosso redor já sabiam da minha gravidez e de que Poncho estava de mudança para minha casa, com excessão de nossos filhos e do público.

Escolhemos esperar para contar a Manu e Dani, porque entendíamos que crianças são extremamente sinceras e não sabíamos por quanto tempo o segredo estaria a salvo, sem que eles comentassem com quem quer que fosse, por pura inocência.

Havia muita especulação, porque afinal, tínhamos passado por divórcios recentes, além de automaticamente termos nos aproximado bastante nos últimos meses.

Era muito natural que Poncho estivesse cada vez mais próximo a mim nos palcos e até mesmo quando estávamos nos bastidores. E eu continuava com a minha mania idiota de olhar para ele como se fosse o único homem do mundo. Obviamente as pessoas percebiam, mas nós continuávamos negando.

— Oi mamãe! — Dulce veio até mim, enquanto eu estava sentada no sofá do camarim, esperando o momento certo para entrar no palco.

— Olá tia Dul!  — Respondi com voz de bebê, sentindo-a acariciar minha barriga.

— Como você se sente?

— Estou bem, Maria! — Sorri e revirei os olhos. — Quanto Poncho está te pagando para me vigiar? — Brinquei.

— Não seria uma má ideia cobrar... — Ela também riu. — Ele fica preocupado com você e também frustrado por não poder estar com você o tempo todo. — Justificou.

Fechei os olhos e suspirei esgotada.

— Logo todos saberão, ele precisa ficar tranquilo! Parece que é ele quem vai parir e não eu...

— Até parece que você não o conhece...



A verdade é que não víamos mais graça em viver um tipo de romance escondido, mesmo porque estávamos há anos naquilo.

Eu confesso que ainda conseguia me divertir com toda aquela situação, mas sentia que Poncho estava no seu limite. Principalmente, porque era ele quem tinha mais interações com as redes sociais e quem lidava mais com a impressa em geral.

Tínhamos acabado de fazer uma pequena turnê pelo Brasil e só nos restava a Espanha para encerrar aquele ciclo. E digamos que ao mesmo tempo em que eu tinha uma sensação de quase missão cumprida, o aperto no peito também era inevitável por saber que novamente estávamos nos aproximando do fim.

Tivemos alguns dias de folga e naquela altura do campeonato, Poncho já vivia quase que completamente na minha casa. Apesar de ainda não termos rotulado aquele relacionamento para os nossos filhos, aquele laço parecia ficar cada dia mais estreito. Éramos uma família.

— E as crianças?

— Dormiram... — Poncho sorriu e aproximou-se da cama onde eu já estava deitada. — Mas não antes eu ter que contar a história de como o Capitão América conseguiu segurar o martelo do Thor.

— Ela era digno... —  Sorri e senti Poncho me aconchegar em seus braços.

— E você? Como está se sentindo?

— Me sinto menos enjoada. — Confessei.

— Odeio te ver assim.

— Ta tudo bem, amor! — O confortei, beijando seus lábios.

One Step Closer (Concluída)Where stories live. Discover now